domingo, 23 de setembro de 2012

Direita “pit-bull”: as raízes de “Occupy Wall Street”


20/9/2012, Maureen Tkacik, OpEdNews
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

“La extensión universal del scenario em que habrá de desarrollarse la revolución y la intensidad de sus efectos, harán que les entre por la cabeza la dialéctica hasta a essos mimados advenedizos del Sacro Imperio prusiano-alemán”.
MARX, K. El Capital, Crítica de la Economía Política, México, Ed. Fondo de Cultura Económica, 1978, 2ª edição, 13ª reimpressão (trad. de Wenceslao Roces), vol.1, Posfácio. [1]

Maureen Tkacik
Se há traço que une os movimentos Occupy Wall Street e Tea Party, desde o primeiro instante, é a furiosa aversão a qualquer identificação entre eles.

Os partidários do Tea Party começaram a afiar as facas antes até de a Ocupação começar. Duas semanas antes do lançamento de Occupy, ano passado, o blogueiro Bob Ellis, do Tea Party, publicou um postado intitulado “Socialistas planejam ataque raivoso à Liberdade, no Dia da Constituição” – em que denuncia preventivamente planos “infantilóides” de “crianças mimadas”, para “fazer barulho” e “zombar do American way of life” e do bem-amado movimento que “brotou há apenas pouco mais de dois anos, bem debaixo do nariz de um presidente marxista e de um Congresso marxista”.

Na realidade, é claro, movimento algum brota “do nada”. E é interessante constatar que, nesse caso, os dois movimentos podem ter brotado, isso sim, de um mesmo homem.

55 anos daquele outono, ancestrais diretos do movimento Tea Party reuniram-se em Indianapolis, para lançar as primeiras ideias sobre reunir cidadãos contra o “dedicado, consciente agente da conspiração comunista” que, então, ocupava a Casa Branca: Dwight Eisenhower. Mas quando seu bem amado líder anticomunista Barry Goldwater foi enterrado nas eleições presidenciais de 1964, o Partido Republicano, discretamente, renunciou às “organizações extremistas” que tanto haviam desgastado sua imagem pública.

Karl Hess
Na mesma época, o até então mais extremista dos extremistas de direita e muito prestigiado autor dos discursos de Goldwater, Karl Hess, passou a viver num barco, abandonou completamente a política e passou a dedicar a própria vida a protestar pacificamente contra a concentração de poder econômico e político nas mãos de uma nova aristocracia – que chamou de “os 1%”.

Isso mesmo. O primeiro sujeito que convocou às armas o exército dos 99% é o mesmo homem que pouco antes escrevera discurso em que se ouviu que “não há crime em extremismo que defenda a liberdade”. Goldwater referiu-se então a Hess, carinhosamente, como “meu Shakespeare”.

Hess também trabalhara como agitador anti-sindical profissional e foi informante de Joe McCarthy e J. Edgar Hoover; escrevia regularmente para Counterattack jornal de direita extremista com sede em Wall Street; e foi o contrabandista de armas amador que contrabandeou napalm para uns golpistas, patrocinados pela empresa Bacardi, que tentaram depor Fulgencio Batista e assumir o governo em Cuba. Hess também foi editor-fundador da National Review e redator-fantasma em tempo integral a serviço de H.L. Hunt, conhecido oligarca texano do petróleo e financiador da John Birch Society [2].

Mas, de repente, alguma coisa mudou. Hess já não conseguia conciliar a retórica individualista dura da extrema direita norte-americana e o que ele via, cada vez mais claramente, como a realidade subalterna da mesma extrema direita. Então, desistiu da retórica. Comprou, primeiro, uma motocicleta. Depois, uma casa-barco. Parou de pagar impostos; matriculou-se numa escola de comércio, para aprender a barganhar na negociação de compra de comida, roupas e maconha; escreveu para jornais alternativos e para as revistas Playboy  [3] e Ramparts, essa, conhecida campeã das lutas anticorrupção e pró-ética da New Left; fundou uma comunidade agrícola naturista de semiautossuficiência em Washington, D.C., e, finalmente, refinou e sofisticou a desconfiança que sempre houvera nele contra estados-grandes e governos-grandes, convertendo-a em oposição mais teórico-argumentada contra qualquer tipo de granditude, em geral.

Instituições-grandes são inerentemente inimigas da democracia, Hess explicou em seu manifesto-agenda de 1975, Dear America, porque foram criadas por e para as pequenas elites minoritárias, as quais já são acionistas majoritárias do poder e já detêm o controle de facto sobre o chamado “poder econômico e político da nação”:

1,6% da população adulta é dona de 82% das ações com direito a voto; portanto, aqueles poucos são donos, de fato, de todo o comércio e indústria nos EUA. Em sentido muito real, aquele 1% da população dispõe os restantes 99% do outro lado de um muro de interesses só seus e muito reais. Esse minúsculo 1% acumula riqueza sempre, cada vez mais, nunca menos, com o passar do tempo. A chave para essa acumulação é assegurar que sempre haja restrições à capacidade dos restantes 99% para acumularem poder e privilégios.

Não há como saber se Dear America converteu alguém dos 99%, por mais que essa fosse sua intenção não declarada. Mais que qualquer outra peça que Hess tenha produzido depois de sua conversão ideológica, Dear America, que é dedicado “aos americanos de bom-senso normal”, falava diretamente ao seu antigo público das reuniões da John Birch Society e outros furiosos anticomunistas linha-dura, mas sempre mais furiosos, sobretudo, isso sim, contra o invencível poder dos Rockefellers e do Grupo Bilderberg e dos sionistas e do Federal Reserve.

Ao redefinir os neossubversivos e neoinimigos, concentrando-os naquele “minúsculo 1% que, com o passar do tempo acumula sempre mais riqueza, nunca menos”, Hess converteu as teorias de conspiração em fenômeno matemático.

Verdade é que o prognóstico que se lê em Dear America acertou em cheio. Em 1975, quando o livro foi escrito, o 1% mais rico da população abocanhava meros 8,5% de toda a riqueza anual dos EUA; de lá até hoje, já abocanha três vezes isso. E o 1% estava, então, há três décadas de distância do ponto a que chegou hoje, em termos de manipulação retórica. Aí está, sem dúvida, parte do motivo pelo qual centenas de revistas e jornais dedicaram muitas páginas, páginas e páginas, de atenção a Hess e seu emergente ramo de anarquismo – veículos que vão do New York Times Magazine a Mother Earth News – durante todos esses anos, virtualmente sem uma única referência à crítica à crescente concentração de riqueza, que fizera de Hess o mais perfeito proscrito, marginal irrecuperável perfeito, da política eleitoral dita “grande”, nos EUA.

Mas Hess, mais que “homem à frente do seu tempo”, era também, claramente, “homem do seu tempo”. Talvez Hess tenha encarnado, mais que qualquer outro norte-americano, o espírito dos “99%”. Não há notícia de outro que, tendo sido quem Hess foi, passasse, depois de deixar de ser quem fora, e para pagar as contas, a aceitar qualquer trabalho – assistente de xerife de cidade do interior, editor de revista de pesca, correspondente da [revista] Newsweek.

Foi homem indiscutivelmente indiferente à riqueza pessoal. De fato, apesar de ter parado de pagar impostos e de o Fisco norte-americano ter passado a confiscar 100% do que ele recebia pela venda de seu “trabalho-conhecimento” no final dos anos 60s, Hess escreveu Dear America exclusivamente – como disse ao Washington Post em entrevista, naquela época, “porque sou respondão”.

Fez tal quantidade de serviços sujos, enquanto viveu “a serviço dos super-ricos”, que a denúncia que faz contra o (mesmo) sistema provoca abalos excepcionais, apesar de Hess jamais ter revelado os detalhes mais terrivelmente escabrosos nem os nomes dos envolvidos. (Com raras exceções. Uma dessas exceções é um parágrafo em que descreveu a vida da direita norte-americana como “infindável repetição” de festa da redação de National Review, na qual uma das “recém-contratadas secretárias cara-nova, apanhada de olhos postos em Bill Buckley por mais tempo do que se recomenda, diz afinal, em voz inebriada: “Bill, você tem o perfil de um jovem Cesar”.”).

Inicia um capítulo sobre Marx, com desculpas por ter, antes, escrito um livro em que condenava Marx “baseado em releases que o FBI me passava, com frases que eles me diziam que Marx dissera, não por conhecimento ou leitura diretos”.

O que Hess escreve perturba também quando defende sindicatos organizados, causa contra a qual ele muito aplicou suas muitas e variadas competências – como agitador pago para infiltrar-se em sindicatos, provocador profissional, propagandista, boicotador, etc. – e passa a extrair inspiração da simples evidência de que os sindicatos sobrevivem:

Trabalho e criatividade, portanto, parecem ser as coisas que realmente constroem e são atributos, não dos ricos reinantes, mas de toda a população em geral, dos trabalhadores, muito mais que dos proprietários. Você sabe que é verdade. Os sentidos lhe dizem que é assim. Mesmo assim, propagandistas pagos pelos ricos aparecem, como eu fiz e outros ainda fazem, e dizem e repetem e repetem que sem os ricos você morre de fome; que sem os ricos as fábricas fecham; que sem os ricos as fazendas não produzem; que sem os ricos seríamos forçados a voltar a uma existência animal e primitiva. É possível imaginar os EUA sem seus trabalhadores inacreditavelmente criativos e habilidosos, sem as máquinas que eles desenham, constroem e operam, sem a rica história que os operários têm de independência defendida; é possível supor que essa terra retrocederia, só porque os Rockefellers, os DuPonts, os Morgans e os Mellons fossem expropriados de sua imensa riqueza?

Na minha experiência, é muito raro encontrar homens na posição de Hess que admitam ter sido “propagandistas mentirosos a favor dos ricos” ainda que só para si mesmos; que o admitam para o grande público, é muito mais raro. Mas, talvez porque jamais tenha delatado nomes de seus companheiros propagandistas mentirosos pagos e nunca tenha lavado roupa suja em público, Hess jamais enfrentou a violência do revide que cabe esperar, no caso de apostasia equivalente, hoje.

De todas suas incursões para fora da reserva de praxe, foi entre os experts no bem trajar que Hess gerou os maiores incômodos, segundo Jerome Tuccille, seu velho amigo, cujas divertidas memórias das aventuras de guerra, de quando Hess estava construindo sua grande frente de coalizão entre anarquistas e capitalistas, It Usually Begins With Ayn Rand [Em geral, a coisa começa com Ayn Rand], estão recheadas com vívidas descrições de Hess em trajes de “Marechal de Campo da Revolução”:

Lá estava ele, o revolucionário de ar mais “operário-pobre” dos 50 estados: guarda-roupa recém saído das araras de Abercrombie & Fitch [a “Autêntica Roupa dos Americanos desde 1892”, como diz a publicidade]. Botas de combate atadas até a canela com cadarços grossos; calças jeans presas à cintura com a maior, mais monumental, mais reluzente fivela de cinto que o mundo jamais vira; camisa jeans com três botões abertos, para deixar ver os pelos do peito; jaqueta forrada com pele de ovelha, para resguardar-se do gélido inverno de outubro; e, la piece de resistance, um surrado boné de campanha à moda Fidel Castro, com um botton anarquista, vermelho e preto, espetado na aba. Roupa proletária equivalente a uma semana de salário proletário.

“Era difícil não gostar dele” – relembra Tuccille. – “Havia nele uma sinceridade, uma doçura; e jamais foi nem amargo nem ressentido contra a direita. A direita só lhe inspirava pena.” Permaneceu sempre amigo próximo de Barry Goldwater e de grandes nomes da direita extremista, como James Kilpatrick; e, num dos períodos mais feios da história política dos EUA, parece ter conseguido não fazer inimigos poderosos (além do Fisco dos EUA).

“Direitistas em geral, quando são muito fortemente ideológicos, e os liberais [à moda dos liberais brasileiros do Instituto Milênio (NTs)] quase sempre reprimem alguma parte fundamental da própria humanidade. Hess apenas deixou de reprimi-la. Imediatamente se sentiu muito mais feliz. Posso garantir que nosso relacionamento melhorou muito depois da conversão” – relembra o filho, Karl Hess Jr. – “Não há dúvida alguma de que a capacidade para ser humano, do meu pai, aumentou consideravelmente depois que se mudou para a esquerda”.

Mas quanto mais redescobria a própria humanidade, mais Hess desconfiava de governos e da política corrupcionista que detém o controle dos governos. “Ouvi praticamente todos os políticos do planeta admitirem que, no final das contas, a única função de um partido político nos EUA é ganhar o poder” – Hess escreveu em Dear America. “O nome do jogo, dizem eles, é vencer eleições. Só vencer. Vencer ou vencer”.

Hess com certeza não se supreenderia ao ouvir o filho da velha bête noir de seus tempos de pré-conversão, George Romney, contra cuja facção os Goldwateristas “progressivistas” combateram justas amargas ao longo dos anos 50s e 60s, apresentar-se, hoje, estupidamente, como impiedoso super-homem Randiano [4], no esforço para ordenhar mais milhões, dos doadores ricos.

Hess perdeu qualquer desejo por essas coisas. Convertido ao institucional estritamente local, passou o resto da vida dedicado a experimentos de modalidades de sobrevivencialismo sustentável. Construiu uma casa totalmente alimentada com energia solar em West Virginia com a segunda esposa, Therese; escreveu um livro para crianças e falou em convenções do Partido Libertarista [orig. Libertarian Party  [5]] e em colégios secundários locais. Até pouco antes de problemas cardíacos lhe imporem limitações graves, trabalhou na campanha eleitoral de Ron Paul, em 1988, com a plataforma dos Libertaristas.

“Creio que se Karl estivesse vivo, teria grande respeito pelo movimento Occupy” – disse Tuccille, que trabalha com finanças e não tem dúvidas de que seu velho amigo também teria grande respeito pelo movimento Tea Party. Tucille lembrou que Ron Paul – diferente nisso da maioria dos Republicanos – andou fazendo comentários simpáticos aos Occupy, em entrevista recente a Brian Williams:

Defendo o mercado. Mas concordo que o 1% é rico porque recebem os lucros do sistema inflacional, do sistema dos contratos do Estado, do sistema de gastos militares, do sistema do resgate a bancos quebrados. Identifico-me com eles [do movimento Occupy]... Por isso não gosto de lembrar que Cain [sócio de Mitt Romney] disse que aquele pessoal devia sair da praça e procurar emprego. Por que culpar as vítimas?

Ayn Rand
Só porque a consciência política de um homem começa em Ayn Rand, em outras palavras, não significa que tenha de ficar nisso.

Karl Hess morreu em 1994, antes de que a primeira Revolução Republicana catapultasse os think tanks libertaristas para a “liga principal” da elite de Washington. Seu filho, Karl Jr., então bolsista do Cato Institute, acabou por organizar uma biografia do pai – Mostly on the Edge [Quase sempre no fio da navalha], reunindo anotações, rascunhos, esboços que encontrou nos arquivos do pai, acrescentando entrevistas que o filho fez e lembranças pessoais. Os dois prefácios foram escritos pelo fundador do Institute for Policy Studies (IPS), Marcus Raskin, e Charles Murray, autor de The Bell Curve, e os dois prefaciadores tratam da fé absoluta que havia em Hess quanto à própria irrelevância histórica. Relembrando um conferencista do IPS que, dizendo falar pelas “forças da história”, ofendera Hess, Raskin elogia seu velho amigo por sempre lembrar que “os que tentaram fazer história com esquemas grandiosos sempre o fizeram montados às costas de outros.” Murray não fez diferente:

Karl Hess mudou a cabeça de muita gente que faz política nos EUA. Mas Karl, ele mesmo, seria o primeiro a dizer que não faz diferença alguma se influenciou ou não outros pensadores e autores. A história tomará o rumo que tomar por razões que nada jamais terão a ver com figuras históricas ou grandes filósofos políticos, nem, muito menos, com jornalistas e editorialistas que vivem de inventar editoriais, colunas ou jornais políticos.

O livro Dear America está há muito tempo esgotado. Ainda se consegue uma cópia da brochura, de folhas enroladas, em sebos, por $40 dólares. Mas a lista de agradecimentos (mais de 100), nas páginas iniciais da biografia de Hess escrita por seu filho, em que a família agradece as contribuições para pagar as contas de hospital e médicos de Hess, daria a qualquer leitor bem informado a ideia de que o biografado foi mais um desses bem-relacionados direitistas profissionais e alto conspirador da Guerra Fria. Lá estão Barry Goldwater, Charles Koch, Ed Crane e Tom Palmer do Cato Institute; o ex-diretor da CIA, Bill Casey; a Editora Paladin de The Hit Man [6], e Victor Niederhoffer, gerente de fundo de investimentos e veterano Objetivista tão fanático, que deu à filha o nome “Galt” – homenagem ao personagem John Galt, do livro A Revolta de Atlas, de Ayn Rand  [7].” Muitos desses nomes aparecem também na lista de grandes doadores do Tea Party ou de think tanks associados. E, sim, nos anos 90, o filho de Hess foi bolsista-Cato.

O caro leitor não sabe – ou, pelo menos, Hess-pai não esperaria que o caro leitor soubesse – o quanto Hess-pai tentou e tentou, sem jamais conseguir, alertar os EUA contra o perigo de deixar aumentar e aumentar a concentração da riqueza; contra o perigo que são os que trabalham na propaganda a favor do 1% e de seu discurso político; e contra a absoluta insustentabilidade desses excessos, considerada a lógica, a intuição ou a regra histórica. Mas Hess acreditava suficientemente na humanidade para crer que muita gente pode chegar a entender as coisas pela própria cabeça, com independência. Quanto aos demais, como Raskin escreveu:

Acho que, na maior parte das vezes, Hess cruzava os dedos, com esperança, porque conheceu a perversidade e as distorções, de quando, no século 20, sonhos traídos e ideologias de exploração, andaram por esse mundo.

Cruzemos os dedos, pois, pelos 99%.




Notas dos tradutores

[1] Epígrafe acrescentada pelos tradutores.

[2] Todas as publicações citadas e a John Birch Society são conhecidas organizações da extrema direita norte-americana.

[3] Pode-se ler o que Hess escreveu para a Playboy, em março de 1969 em: The Death of Politics, em inglês.

[4] Sobre Ayn Rand e seu “super homem”, ver na redecastorphoto A Nascente [Romney, Ryan e o Instituto Milênio], 28/8/2012, Uri Avnery, em português. 

[5] Libertarian Party. Não há tradução possível para o português do Brasil; tentamos esse “libertarista”, à espera de melhor solução. O Partido “Libertarian” é o 3º maior partido dos EUA e o que mais tem crescido. Defende mercados minimamente regulados, estado mínimo, fortes liberdades civis (com apoio a casamentos de pessoas de mesmo sexo e outros direitos de LGBT), a legalização da maconha, a separação entre estado e igreja, fim de qualquer limite à imigração, relações diplomáticas sem qualquer tipo de intervencionismo e total neutralidade, liberdade de comércio e viagem para todos os países e democracia direta. O Partido Libertarista prega a saída dos EUA de organizações como OMC, ONU e OTAN. Para muitos, é partido “mais à direita” que o Partido Democrata e “mais à esquerda” que o Partido Republicano. Os Libertarian são furiosamente anticomunistas. Em 2012, o candidato do Partido Libertarista à presidência dos EUA é Gary Johnson. 

[6] Hit Man: A Technical Manual for Independent Contractors [Disfarce perigoso: Manual Técnico para Agentes Mercenários e Assassinos de Aluguel] é livro escrito por Rex Feral [pseudônimo] e publicado pela empresa editora Paladin Press em 1983. O editor, Peder Lund, disse, em entrevista pela televisão, que o livro nasceu como romance policial escrito por uma dona de casa na Flórida, depois editado para adaptar-se ao leitor-padrão dos livros de sua editora. É um manual que ensina os passos iniciais para fazer carreira como assassino de aluguel. Todas as cópias foram confiscadas na editora e destruídas, depois que investigação policial comprovou que o livro fora usado no planejamento de um triplo assassinato, em 1993; mas o livro permanece à venda online e é encontrado em sebos.

[7] Sobre isso ver (também como na nota 4) na redecastorphoto A Nascente [Romney, Ryan e o Instituto Milênio], 28/8/2012, Uri Avnery, em português. 

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