quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Mas... Tome é vergonha na cara, “Der Spiegel”!

A revista alemã Der Spiegel, alemã – uma espécie de revista (não)Veja alemã, que só não é pior que a (não)Veja brasileira, porque NÃO HÁ revista pior que a (não)Veja brasileira, noticia hoje (traduzido):

“O chefe da Segurança Nacional Alemã (BND), Gerhard Schindler apresentou mais uma pista, que ainda não foi divulgada para a mídia. Disse que a BND interceptou uma conversa telefônica entre um alto quadro da milícia libanesa Hezbollah, que apoia Assad e fornece assistência militar ao exército sírio, e a Embaixada do Irã. O quadro do Hezbollah, disse Schindler, parecia admitir que o gás venenoso foi usado. Disse que Assad perdeu a paciência e cometeu um grave erro, ao ordenar o ataque com armas químicas” [“Gas Attack: Germany Offers Clue in Search for Truth in Syria”, Matthias Gebauer, Der Spiegel]

Imediatamente se ouviu, pela rede, resposta, na lata:


Amal Saad-Ghorayeb, Consultora Sênior de Estratégia e Management 
(Hoje perto de Beirute, Líbano, pelo Facebook)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Amal Saad-Ghorayeb
Eu costumava reclamar da nossa imprensa da resistência, que sempre me parece fraca e não faz “propaganda contra-hegemônica mais sofisticada”. Mas, então, leio uma merda como essa (aí em cima) e me pergunto por que me dou o trabalho de pensar em coisas “contra-hegemônicas”. A empresa-imprensa em geral e os sabujos ocidentais não merecem mais que simples “vão à merda”, “tomem vergonha nessa cara suja, seus felásdaputa”.

O caso, agora, é essa matéria do que dá ânsias de vômito, publicada por ninguém menos que Der Spiegel, infame pelo papel que teve ao ajudar a inventar, produzir e distribuir acusações contra o Hezbullah no caso Hariri. Segundo eles, a inteligência alemã teve a felicidade de interceptar uma conversa telefônica entre alguém do Hezbollah e alguém na Embaixada do Irã, conversa na qual o quadro do Hezb culpou Assad por usar sarin.

Nem sei por que Spiegel de deu o trabalho de parafrasear a “conversa”. Bastaria escrever:

Alô, é um diplomata iraniano? Sou alto quadro do Hezbollah e resolvi telefonar prô senhor sobre questão importante que pode levar a uma guerra regional, e, para isso, porque sou perfeito idiota, estou falando de um celular comum, embora pudesse usar a rede interna do Hezbollah, que é impenetrável e que foi uma de nossas armas jamais vencidas durante a guerra de julho. Ah, sim! Como eu ia dizendo: é, tenho de admitir: Assad usou gás sarin. E por falar dele, há notícias de lá? É. Vai perder. É. Espero que essa conversa não seja gravada, porque, se for, vai dar merda.

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