A
revista alemã Der Spiegel, alemã
– uma espécie de revista (não)Veja
alemã, que só não é pior que a (não)Veja brasileira, porque NÃO HÁ revista pior que a
(não)Veja brasileira, noticia
hoje (traduzido):
“O
chefe da Segurança Nacional Alemã (BND), Gerhard Schindler apresentou mais uma pista, que ainda não foi
divulgada para a mídia. Disse que a BND interceptou uma conversa telefônica
entre um alto quadro da milícia libanesa Hezbollah, que apoia Assad e fornece
assistência militar ao exército sírio, e a Embaixada do Irã. O quadro do
Hezbollah, disse Schindler, parecia admitir que o gás venenoso foi usado. Disse
que Assad perdeu a paciência e cometeu um grave erro, ao ordenar o ataque com
armas químicas” [“Gas Attack: Germany Offers Clue in Search for Truth in Syria”,
Matthias Gebauer, Der Spiegel]
Imediatamente
se ouviu, pela rede, resposta, na lata:
Amal Saad-Ghorayeb,
Consultora Sênior de Estratégia e Management
(Hoje
perto de Beirute, Líbano, pelo Facebook)
Traduzido
pelo pessoal da Vila
Vudu
Amal Saad-Ghorayeb |
Eu
costumava reclamar da nossa imprensa da resistência, que sempre me parece fraca
e não faz “propaganda contra-hegemônica mais sofisticada”. Mas, então, leio uma
merda como essa (aí em cima) e me pergunto por que me dou o trabalho de pensar
em coisas “contra-hegemônicas”. A empresa-imprensa em geral e os sabujos
ocidentais não merecem mais que simples “vão à merda”, “tomem vergonha nessa
cara suja, seus felásdaputa”.
O
caso, agora, é essa matéria do que dá ânsias de vômito, publicada por ninguém
menos que
Der Spiegel, infame pelo papel que teve ao ajudar a inventar,
produzir e distribuir acusações contra o Hezbullah no caso Hariri. Segundo eles,
a inteligência alemã teve a felicidade de interceptar uma conversa telefônica
entre alguém do Hezbollah e alguém na Embaixada do Irã, conversa na qual o
quadro do Hezb culpou Assad por usar sarin.
Nem
sei por que
Spiegel
de deu o trabalho de parafrasear a “conversa”. Bastaria escrever:
Alô,
é um diplomata iraniano? Sou alto quadro do Hezbollah e resolvi telefonar prô
senhor sobre questão importante que pode levar a uma guerra regional, e, para
isso, porque sou perfeito idiota, estou falando de um celular comum, embora
pudesse usar a rede interna do Hezbollah, que é impenetrável e que foi uma de
nossas armas jamais vencidas durante a guerra de julho. Ah, sim! Como eu ia
dizendo: é, tenho de admitir: Assad usou gás sarin. E por falar dele, há
notícias de lá? É. Vai perder. É. Espero que essa conversa não seja gravada,
porque, se for, vai dar merda.
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