4/9/2013, Al-Manar TV, Líbano - Entrevista com o BG
Hossein Salami
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Brigadeiro General Hossein Salami durante entrevista nos estúdios da Press-TV do Irã |
“Estamos
no limiar de mudança estratégica radical, no destino dessa região e, mais em
geral, para o futuro do mundo islâmico” – disse o brigadeiro-general Hossein
Salami, vice-comandante do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica [orig. Islamic
Revolution Guards Corps (IRGC)].
“O
que estamos testemunhando hoje é o efeito de repetidas derrotas que os EUA e
seus aliados ocidentais e regionais vêm sofrendo ao longo dos últimos 30 anos.”
– Salami observou que os EUA, o regime israelense e seus aliados regionais não
conseguiram alcançar seus objetivos de longo prazo no Oriente Médio e agora já
consumiram todas as estratégias que tinham.
“Aquelas
derrotas forçaram os EUA a situação em que se vêm hoje, de ter de tentar invadir
o centro de gravidade da frente de resistência islâmica e anti-Israel, que é a
Síria” – continuou o general.
Salami
alertou que fazer guerra contra a Síria será “jogo muito perigoso”. Disse que
não há solução militar possível para o conflito sírio, e que Israel melhor faria
se reconsiderasse suas estratégias de segurança.
Falando
do Oriente Médio como o “mundo de dominós políticos”, o comandante iraniano
disse que “Se alguma potência mundial fala de guerra limitada, erra muito
gravemente e comete o maior dos seus muitos erros históricos”.
O Irã não descarta defender a Síria de um ataque ocidental |
Salami
disse que acabou o tempo para os experimentos de tentativa e erro, para os EUA.
E que se os EUA atacarem a Síria, as forças dos EUA entrarão num “poço sem fundo
de tempo e espaço”.
“Quem
pode assegurar que um ataque militar à Síria fique confinado às fronteiras
regionais sírias?” – perguntou. – “Quem pode garantir que se intervierem na
Síria, conforme os parâmetros estratégicos dos EUA, a volta do chicote não
alcance a própria segurança nacional dos EUA? Que planos traçados em papel
conseguem conter incêndio que alguém inicie num paiol de pólvora?”.
“A
Síria é país que, como principal pilar da resistência, vem sofrendo assaltos de
segurança, políticos e militares. Mas a resistência do povo, do exército e do
governo sírios não cedeu ao longo de três anos e é motivo de orgulho para todos
os povos árabes” – disse Salami.
Elogiando
a Síria, como um dos países que faz frente a Israel já há mais de 50 anos,
Salami alertou os EUA e seus aliados contra ação militar em Damasco.
“Se
os EUA não tivessem cometidos tantos erros no passado, talvez não fosse tão
imperioso alertá-los, mas o comportamento e as ações dos EUA nessa região são
uma longa história de erros. Por isso é preciso alertá-los, antes de que cometam
mais um erro” – disse o comandante iraniano.
Sobre
o fato de a Síria ter decidido defender-se, Salami respondeu: “A história mostra
que todos os assaltantes e agressores que agridam povo que se defende com honra,
encontram também o seu próprio cemitério”.
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