Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A CIA criou uma “WikiLeaks Task Force” (WTF), à qual, como o nome indica, examinará o modo como os telegramas publicados por WikiLeaks afetaram as operações de inteligência dos EUA.
A CIA até agora foi pouco atingida pelos vazamentos já divulgados, em parte por sempre se recusar a partilhar informações com outras agências.
Embora o Relatório da Comissão 11/9 tenha citado a falta de comunicação entre as agências governamentais como um dos principais problemas que teriam levado aos ataques do 11/9, a CIA continuou a operar sob o critério “saber só o necessário”, para salvaguardar suas informações, preservando-as só para os próprios funcionários.
Embora essa abordagem tenha sido duramente criticada por praticamente todos os níveis de governo, a serventia desse método pode estar sendo explicitada agora, depois que milhares de documentos vazaram pelo SIRNET, sistema de comunicação do Pentágono que é acessível a diferentes canais do governo, de onde foram encaminhados para o website da organização WikiLeaks.
Apesar de a CIA já ter sofrido invasões em sua rede de segurança no passado, por exemplo nos casos muito divulgados que envolveram Aldrich Ames e Robert Hanssen, em itens de restrições de internet e computadores, a CIA opera com sistema muito mais seguro. Por exemplo, os computadores da CIA não são equipados para receber drives externos, o que impede que a informação seja baixada para equipamentos externos. Além disso, há alarmes que disparam sempre que alguém baixa determinada quantidade de dados.
À luz da quebra de segurança no caso WikiLeaks, funcionários da CIA têm-se mostrado cada vez mais relutantes até a prosseguir o trabalho de converter alguns de seus arquivos mais antigos, do papel, para meio digital. “A vulnerabilidade é grande demais. Ninguém jamais poderia ter transportado a quantidade de papel necessária para fazer o que WikiLeaks fez”, disse um alto oficial da CIA ao Washington Post.
O motivo pelo qual a investigação só pareceu necessária agora, e não antes, quando WikiLeaks divulgou documentos sobre as guerras do Iraque e o Afeganistão, é que a CIA estima que os telegramas do Departamento de Estado causarão maior e mais grave impacto sobre as operações de inteligência.
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