14/12/2010, postado por Jim Romenesko
Columbia j-school staff: WikiLeaks prosecution “will set a dangerous precedent”
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
De: Professores da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia
The White House
1600 Pennsylvania Avenue, NW
Washington, DC 20500
Para: Advogado Geral [orig. Attorney General] Eric Holder
Para: Advogado Geral [orig. Attorney General] Eric Holder
13 de dezembro de 2010
Senhores Presidente e Advogado Geral:
Como membros e funcionários da Escola Superior de Jornalismo da Universidade Columbia, preocupam-nos notícias recentes segundo as quais o Departamento de Justiça estaria considerando formalizar acusações de prática de crimes contra Julian Assange ou outros associados a WikiLeaks.
É responsabilidade de jornalistas avaliar cuidadosamente a publicação sempre que haja documentos secretos envolvidos, inclusive avaliando se algum documento é legitimamente confidencial e se algum dano pode advir de sua publicação.
Mas, embora haja entre nós diferentes opiniões sobre os métodos e decisões de WikiLeaks, todos estamos convencidos de que, ao publicar telegramas diplomáticos, WikiLeaks cumpre atividade jornalística protegida pela Primeira Emenda. Qualquer acusação formal que venha a ser feita contra Wikileaks por receber, guardar em seu poder ou publicar material secreto criará perigoso antecedente contra todos os repórteres de todos os tipos de veículo ou publicação, paralisando qualquer jornalismo potencialmente investigativo, além de outras atividades também protegidas pela Primeira Emenda.
Em termos históricos, a exagerada reação do governo à publicação pela imprensa de material vazado sempre foi mais prejudicial à democracia norte-americana que os próprios vazamentos.
Os EUA e a Primeira Emenda ainda são padrão universal de liberdade de imprensa, encorajando os jornalistas em muitas nações a exporem-se a riscos consideráveis em busca de transparência. Julgar WikiLeaks como organização criminosa causará grave dano à posição dos EUA nos debates pela liberdade de imprensa em todo o mundo e desestimulará os jornalistas que olham para a imprensa dos EUA como fonte de inspiração.
Encarecemos a necessidade de que os senhores adotem posição prudente, de autocontenção, em tudo que tenha a ver com WikiLeaks.
Essa carta manifesta a posição pessoal dos abaixo assinados, não da Universidade Columbia ou da Escola de Jornalismo.
Respeitosamente [assinam],
Emily Bell, Professor of Professional Practice; Director,
Helen Benedict, Professor
Sheila Coronel, Toni Stabile Professor of Professional Practice in Investigative; Director, Toni Stabile Center for Investigative Journalism
June Cross, Associate Professor of Journalism
John Dinges, Godfrey Lowell Cabot Professor of Journalism
Joshua Friedman, Director, Maria Moors Cabot Prize for Journalism in the Americas
Todd Gitlin, Professor; Chair, Ph.D. Program
Ari Goldman, Professor
LynNell Hancock, Professor; Director, Spencer Education Journalism Fellowship
Marguerite Holloway, Assistant Professor; Director, Science and Environmental Journalism
David Klatell, Professor of Professional Practice; Chair, International Studies
Nicolas Lemann, Dean; Henry R. Luce Professor
Dale Maharidge, Associate Professor
Arlene Morgan, Associate Dean, Prizes and Programs
Victor S. Navasky, George T. Delacorte Professor in Magazine Journalism; Director,
Michael Schudson, Professor
Bruce Shapiro, Executive Director, Dart Center for Journalism and Trauma
Alisa Solomon, Associate Professor; Director, Arts Concentration, M.A. Program
Paula Span, Adjunct Professor
Duy Linh Tu, Assistant Professor of Professional Practice; Coordinator, Digital Media Program
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