SÁBADO, 24 DE JULHO DE 2010
Cloaca Máxima
A invasão e ocupação do Iraque, Afeganistão e Palestina estão servindo para desmascarar os ditadores que sempre governaram aquela região.
Reis ou presidentes são na verdade senhores feudais com o hábito de transformar a brutalidade em ciência e o assassínio de inocentes em sua razão de ser.
Tudo em nome de uma pátria que eles não titubeiam em vender ou abandonar assim que ouvem o primeiro disparo.
Talvez agora as coisas comecem a mudar de fato, pois o povo está aprendendo que só pode contar consigo. Fato, aliás, que os palestinos aprenderam depois de décadas de sofrimento e humilhação.
Por isso eles incomodam tanto e por isso são tão temidos pelos governantes árabes e seus protetores israelenses e americanos.
Vítima da cloaca máxima denominada ONU, cuja existência serviu apenas para a criação do Estado de Israel, o povo palestino continua só em sua luta para recuperar a dignidade, sua e da humanidade.
Essa humanidade omissa e passiva que não consegue enxergar dois passos à frente.
O que querem os palestinos? Justiça, apenas justiça.
E disso a ONU não pode se omitir já que ela foi a responsável pela partilha da Palestina em dois Estados.
Apesar de serem os habitantes milenares da região com um número infinitamente superior aos europeus que ali desembarcaram, coube aos palestinos pela Resolução 181 da ONU apenas 47% do país. Mas eles jamais conseguiram isso nem mesmo quando aceitaram os Acordos de Oslo, que lhes ofereciam apenas 22%.
Mais tarde os palestinos foram acusados de intransigentes porque se recusaram a aceitar o Plano Barak, que lhes oferecia apenas 17% do território.
Mapa da Palestina: antes e depois da divisão
(Clique na figura para aumentar)
E agora, o governo israelo-estadunidense quer que eles aceitem apenas 7% do território a que têm direito.
Israel oferece essa excrescência e depois os acusa de não quererem negociar.
E o que a cloaca máxima denominada ONU diz disso tudo?
Só dando descarga para ouvir.