sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Declaração do Hezbollah sobre explosões na Síria e no Iraque: “Os crimes dos apóstatas [takfiris] são inadmissíveis”


18/1/2013, Al-Manar TV, Beirute, Editoria local
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido numa escadaria da Vila Vudu: Parecia impossível, mas... se os EUA não forem IMEDITAMENTE contidos, a tal de al-Qaeda vai acabááááá cô tal de “ocidente”, OTAN, Hollande, Pentágono & tudo. Verdade é que a al-Qaeda já arrastou tooooooodo mundo prá lá, para o campo deles e para a guerra DELES (exatamente como a al-Qaeda disse que faria e fez). [Pano Rápido]

Bandeira do Hezlollah
O Hezbollah denunciou os atos terroristas e as explosões que atingiram várias cidades na Síria e no Iraque, e culpou os países da região que apoiam os terroristas ativos nos dois países.

Em declaração distribuída pelo Serviço de Relações Públicas e Imprensa do Hezbollah, o Partido diz: “os crimes dos takfiris [1] [apóstatas] na região alcançaram níveis sem precedentes, e as explosões resultantes de atos terroristas que fazem vítimas entre civis só fazem aumentar.”

Nesse contexto, o Hezbollah conclama “as forças ativas” a “empreenderem esforços para compor uma frente contra o projeto sionista-EUA que visa a fragmentar a região.”

Na declaração, o Hezbollah observa que “esse projeto sionista-EUA está utilizando os terroristas Takfiris para provocar divisões sectárias nos diferentes estados-nacionais, semeando a guerra entre grupos e pessoas em cada país”.

Hassan Nasrallah
Hezbollah
“Os cadáveres estraçalhados de inocentes – peregrinos, estudantes, crianças – são prova absolutamente inescapável de que há conspiradores locais e estrangeiros trabalhando contra os povos locais. São também prova extra de que a operação em curso não visa apenas a destruir a Região e os povos e estados que assumem posição de resistência: visa também a destruir qualquer possibilidade de futuro e de esperança de um mundo melhor para nossos povos. Por isso matam tantos jovens: porque, além do presente, querem exterminar também a geração futura”.

“A mão do terror, que atacou na Síria, em Aleppo e Idlib, deixando centenas de mártires, além de muitos feridos entre os estudantes e civis em geral, deixa em tudo a marca da falsidade, da mentira e do ódio que move essas gangues de assassinos, e de seus crimes”.

O Hezbollah culpou, além das gangues de terroristas armados, “os vários países ocidentais que os apoiam e promovem o caos, e são também responsáveis por aqueles crimes. Aqueles países do ocidente apóiam criminosos, aos quais oferecem ajuda financeira e meios militares”.



Notas dos tradutores (à espera de informação mais qualificada)

[1] Sobre takfir [“apóstatas”], a palavra parece designar o ato pelo qual um muçulmano declara outro muçulmano “traidor da fé”. Parece ser acusação gravíssima, impossível, sob as regras da Xaria, se não houver evidências absolutamente demonstradas. 
Sobre o grupo Takfir wal-Hijra (Arabic تكفير والهجرة; ing. “Excomunhão e Êxodo” ou “excomunhão e emigração” ou “anátema e exílio”): modo como se designava popularmente o grupo radical extremista islamista Jama'at al-Muslimin fundado por Shukri Mustafa, surgido no Egito nos anos 1960, como um dos braços da Fraternidade Muçulmana. O grupo foi duramente atacado por forças de segurança do Egito, depois do assassinato de um intelectual islâmico e ex-ministro do governo, em 1977 (...). Atualmente, há informações de que o grupo Takfir wal-Hijra estaria reorganizado, com membros e apoiadores em vários países, aliado à al-Qaeda. 

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