23/1/2014, [*] Jim Sciutto , CNN
Traduzido, editado e
comentado pelo pessoal da Vila Vudu
Matéria
aqui editada, para resgatar o pouco que dela se aproveita – a fala do
ministro Zarif do Irã – e livrá-la do fedor “jornalístico” à moda CNN, em tudo semelhante ao fedor “jornalístico” do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão).
Não concordamos com “desmantelar” nada, não estamos “desmantelando” nada,
não “desmantelaremos” coisa alguma – isso, precisamente, é o que diz o Ministro
de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ao jornalista Jim Sciutto
da CNN
Lê-se
a matéria completa no “link” acima, mas da matéria nada se aproveita: é
toda construída para que o público conheça a “opinião” do jornalista
entrevistador, muito mais que do entrevistado. Assista vídeo a seguir (em inglês) com fragmentos da fala do ministro Zarif.
Matéria
aqui editada, para resgatar o pouco que dela se aproveita – a fala do
ministro Zarif do Irã – e livrá-la do fedor “jornalístico” à moda CNN, em tudo semelhante ao fedor “jornalístico” do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão).
Não concordamos com “desmantelar” nada, não estamos “desmantelando” nada,
não “desmantelaremos” coisa alguma – isso, precisamente, é o que diz o Ministro
de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ao jornalista Jim Sciutto
da CNN
<
Além dos
fragmentos da fala de Zarif, ouvem-se toneladas de bobajol de opiniões dos
jornalistas. [1] E a quem
interessa opinião de jornalista da CNN, mais do que aos próprios jornalistas da
CNN?! O que se aproveita da matéria está em negrito a seguir:
A versão da
Casa Branca, simultaneamente desqualifica as concessões e exagera os
compromissos do Irã, disse Zarif em Davos, Suíça, onde está para
participar do Fórum Econômico Mundial.
A Casa
Branca tenta pintar o acordo como se não passasse de um “desmantelamento” do
programa nuclear iraniano. Usam sempre a mesma palavra, repetidas e repetidas
vezes. Por que não leem o texto do acordo? Se os senhores encontrarem lá uma
única palavra que, mesmo remotamente, sugira “desmantelamento” ou que possa ser
definida como “desmantelamento” de alguma coisa, naquele texto inteiro, volto
aqui e peço desculpas pelo que lhe estou dizendo.
Comentando
o que Kerry dissera antes, na 4ª-feira (22/1/2014) em Montreux, que “de nenhum
modo” al-Assad será parte de um governo de transição buscado nas conversações
de Genebra-2, o ministro Zarif perguntou:
Por que
jamais conversamos sobre isso? E, mais: por que os sírios não são consultados
sobre como farão eleições limpas, livres e justas? Por que há quem tente fixar
sua própria agenda e impô-la ao povo sírio?
Sciutto
pergunta então a Zarif sobre a visita que fez, semana passada, ao túmulo do
líder do Hezbollah, Imad Mugniyah, no Líbano, onde depositou uma coroa de
flores.
Zarif
respondeu que sua visita tem de ser vista no mesmo contexto da delegação dos
EUA que foi ao recente funeral de Ariel Sharon.
É decisão
baseada nas percepções nacionais e em crenças nacionais. Mugniyah é figura
reverenciada pela resistência à ocupação israelense e sempre chamou de
“massacres” o ataque comandado por Sharon a palestinos e libaneses nos campos
de Sabra e Shatila. Os iranianos entendemos que os massacres de Sabra e Shatila
foram crimes contra a humanidade.
Nota dos
tradutores
[1]
No Brasil, a revista (não)Veja, em 25/11/2013, não satisfeita com desmantelar o
que mais a interesse desmantelar, detona logo tudo: “Netanyahu defende
desmantelamento da capacidade nuclear dos aiatolás” em: “Israel
enviará equipe aos EUA para discutir acordo com Irã”. E em setembro,
antes de serem ambos desmantelados, O Globo e Netanyahu pontificavam: “Irã
deve desmantelar seu programa nuclear militar”.
______________________
[*] Jim Sciutto
é correspondente-chefe de segurança nacional da rede CNN que o entrevista. Sciutto
é, praticamente, um Wacka da GloboNews, só que da CNN e com salário muuuuuuuuito
maior que o do tal de Wacka.
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