Eliminando sanções e o US $ do comércio
bilateral
10/1/2014, Jonathan Saul e
Parisa Hafezi, Reuters (16h25)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Entreouvido
na tendinha da Maria Larga na Vila Vudu: A Reuters, como se sabe, faz
jornalismo com lado. Não é o melhor lado do mundo, longe disso! Mas, pelo
menos, é jornalismo melhor que o opinionismo tosco, nada jornalístico, do canal
GloboNews e dos “entrevistados” do wacka [pano rápido].
Vladimir Putin da Rússia e Hassan Rouhani do Irã, em encontro durante a Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai [ing. Shanghai Cooperation Organization (SCO)], em Bishkek, dia 13/9/2013. |
LONDRES/ANCARA
(Reuters) – Irã e Rússia estão negociando uma troca de petróleo por produtos no
valor equivalente a US $1,5 bilhão/mês, que permitirá que o Irã aumente consideravelmente
as exportações de petróleo, mas mina as sanções ocidentais que ajudaram a
persuadir Teerã em novembro a aceitar um acordo preliminar para suspender seu
programa nuclear.
Fontes
russas e iranianas próximas da mesa de negociações disseram que estão sendo
discutidos detalhes finais de um acordo pelo qual Moscou passará a comprar
cerca de 500 mil/barris dia de petróleo iraniano, em troca de equipamentos e
outros produtos russos.
Veem-se avanços significativos no momento, e
há fortes chances de sucesso, Estamos
discutindo os detalhes e a data de assinatura do acordo depende desses detalhes,
disse uma fonte russa.
O Kremlin
não quis comentar.
Nosso desejo é assinar o acordo o mais
rapidamente possível. Nossos funcionários estão discutindo a questão com os
russos e esperamos que tudo esteja assinado logo, independente de qualquer
acordo (nuclear) que possamos alcançar em Genebra, disse
alto funcionário iraniano que pediu para não ser identificado.
Ainda não
se sabe com clareza se o acordo será implementado antes que algum acordo
nuclear, delineado em Genebra em novembro entre o Irã e seis potências
mundiais, esteja finalizado.
Tampouco é
claro como Moscou justificará a assinatura de um acordo que pode ameaçar o
sucesso das negociações nucleares, aliviando a pressão econômica sobre Teerã.
Depende de se os russos aceitarem implementar
esse novo acordo antes que haja decisão final nas questões nucleares. Sem dúvida,
seria sinal muito negativo.
Pode muito bem ser que eles queiram ter isso
preparado para entrar em vigor no dia seguinte depois de algum acordo nuclear
ser completado, e eles querem estar preparados para uma barganha, disse Gary
Samore, ex-czar da não proliferação nuclear a serviço do presidente Obama e
hoje professor e presidente do grupo pró-sanções “Unidos Contra o Irã Nuclear”
[orig. United Against Nuclear Iran].
A Rússia é
um dos países envolvidos nas conversações nucleares, mas, diferente dos EUA e
da União Europeia, não impôs sanções ao Irã.
As
conversações nucleares técnicas entre Irã e União Europeia representando seis
potências mundiais,começaram ontem, 5ª-feira (9/1/2014).
O acordo de
novembro visava a deter os avanços nucleares do Irã por seis meses, ganhando
tempo para um acordo final em maio.
As sanções
de EUA e União Europeia reduziram a menos da metade as exportações de petróleo
do Irã ao longo dos últimos 18 meses, para cerca de 1 milhão de barris/dia.
A compra,
pelos russos, de 500 mil barris/dia do cru iraniano fará subir em cerca de 50%
as exportações de petróleo iraniano, e dará forte estímulo à economia do Irã.
Aos preços atuais do petróleo, próximos e $100 o barril, o Irã poderá contar
com $1,5 bilhão a mais, por mês.
O Irã tinha de conseguir aumentar as
exportações: essa é a razão por trás do atual negócio. Os dois lados devem
trabalhar nessa direção. A Rússia poderá garantir aumento no comércio com seu
vizinho, e o Irã poderá superar suas dificuldades de exportação, disse um
funcionário iraniano.
Não há
ainda detalhes sobre os equipamentos e bens a serem fornecidos pela Rússia.
Dado que a
Rússia é grande exportadora de petróleo, o óleo iraniano será provavelmente
exportado do Irã para conta russa, com os russos, em troca, fornecendo bens e
equipamentos russos.
Muito óleo
iraniano vai para a Ásia.
O maior
comprador do óleo iraniano é a China, que importou cerca de 420 mil barris/dia
em 2013. Diferente de outros compradores do petróleo iraniano, a China não reduziu
muito as compras, apesar dos esforços dos EUA para persuadir os chineses a
fazê-lo.
Outros
grandes compradores asiáticos do óleo iraniano, como Japão, Coreia do Sul e
Índia, cortaram drasticamente suas importações sob pressão de Washington. A
Turquia e a África do Sul também reduziram ou eliminaram suas importações.
Castor:
ResponderExcluirVai por mim, esses caras estão enfiando os pés pelas mãos.
Nunca brinque de tapa na cara com um russo, é fria!
Aliás, não é só com russo, com qualquer eslavo (pode ser polaco como eu, tcheco, ucraniano etc.).
A porrada de volta é insanamente superior ao peteleco recebido.
Não me surpreenderia se alguns turbantes voassem em acontecendo alguma merda em Sochi.
hehe.
Castor:
ResponderExcluirVai por mim, esses caras estão enfiando os pés pelas mãos.
Nunca brinque de tapa na cara com um russo, é fria!
Aliás, não é só com russo, com qualquer eslavo (pode ser polaco como eu, tcheco, ucraniano etc.).
A porrada de volta é insanamente superior ao peteleco recebido.
Não me surpreenderia se alguns turbantes voassem em acontecendo alguma merda em Sochi.
hehe.
Bom, esse petróleo vai direto para a China, alguns produtos virão de lá, as armas de Moscou.
ResponderExcluirBelo arranjo!
Alguém aí ouviu dizer sobre a "queda na balança comercial do Brasil"?
Sim, houve queda, esqueceram de dizer que, não se usa dólares entre Brasil/China/Russia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!
Nada como conversar fora dos esquemas Kkkkkkkkkkkk!
hehe.