sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Exército de Israel ataca palestinos desarmados


Baby Siqueira Abrão
3/2/2012 - Baby Siqueira Abrão – 
Correspondente no Oriente Médio
Direto de Nabi Saleh/Palestina ocupada

Hoje é sexta-feira, e como acontece toda sexta-feira, os moradores das vilas palestinas fizeram passeatas até o Muro do Apartheid e da Anexação para protestar contra ele, as colônias e a ocupação. E, também como acontece toda sexta-feira, a violência do exército israelense feriu dezenas de pessoas, algumas gravemente.

Amessi sendo carregada para o hospital
Uma jovem francesa, Amessi, recebeu um tiro de bala de metal recoberto por borracha na nuca (veja as fotos no anexo) e foi levada, sangrando muito, para um hospital. Seu quadro é estável. Peter Lerner, major do exército israelense, chegou a postar no Twitter que a jovem fora vítima de pedras atiradas pelos palestinos. Mentira. Testemunhas afirmaram que ela foi baleada durante a repressão à manifestação na vila. Outras 12 pessoas ficaram feridas em Nabi Saleh, fora as vítimas da inalação das bombas e dos cânisters de gás tóxico atirados pelos soldados de Israel.

Ativista ferida é ajudada por companheiro
Além de Amessi, outro ativista estrangeiro teve ferimentos graves ao ser atingido por um cânister na cintura.

Os ativistas que participaram da manifestação em Nabi Saleh e a Coordenação do Comitê de Lutas Populares informaram que Nariman Tamimi tentou filmar a jovem ferida, mas foi atacada pelos soldados.

Em 9 de dezembro de 2011, Mustafá Tamimi, 28 anos, morador de Nabi Saleh, foi assassinado por um soldado israelense que atirou um cânister em seu rosto.

Em março de 2009, Tristan Anderson, cidadão estadunidense, recebeu um cânister na cabeça, que o deixou preso a uma cadeira de rodas. Submetido a uma cirurgia de emergência num hospital de Tel Aviv, Anderson perdeu parte do lobo frontal e de fragmentos de ossos.

Em 17 de abril de 2009, Bassem Abu Rahmah, 30, de Bil'in, também foi vítima fatal de um cânister, atirado contra seu peito.

Nos três casos foram utilizadas armas de alta pressão e velocidade, a pouca distância das vítimas.

Atirar em manifestantes é violação da lei internacional que dispõe sobre o uso de munição considerada “não letal” -- mas que mata, sim.

ESCREVA DIRETAMENTE PARA A EMBAIXADA DE ISRAEL NO BRASIL, OU VIA FACEBOOK PROTESTANDO CONTRA A VIOLÊNCIA DO EXÉRCITO NAS VILAS PALESTINAS, EM ESPECIAL EM NABI SALEH.

Um comentário:

  1. A REDE GLOBO QUE SE PREOCUPA COM OS DIREITOS HUMANOS EM CUBA,NUNCA FAZ UM NOTICIÁRIO PROTESTANDO CONTRA AS ATITUDES DESUMANAS DOS ISRAELENSES.O CAPITAL DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO É 100% NACIONAL????TENHO LÁ MINHAS DESCONFIANÇAS!

    ResponderExcluir

Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.