Camaradas, Camarás, Companheiros e
Compas de todos os credos e incredulidades.
Olorum, a origem de tudo, criou o
mundo.
Muito tempo depois, os filhos de
Obá, Xangô e tantos outros orixás foram trazidos da África para o Brasil. E os
orixás vieram com eles.
Aqui encontraram novas moradas:
Abaeté, Itapoã, Itaparica... Florestas, rios, montanhas...
Aqui encontraram novos filhos:
Manoel Cabelinho, Mestre Didi, Neusa da Matamba, Mestre
João...
Um dia, um paulista foi para a
Bahia. E encontrou os orixás, e os filhos dos orixás, e por eles foi encantado.
E ouviu histórias, e quis contá-las. E assim nasceram os contos que formam este
livro.
Quero avisar de que já se encontra
nas livrarias do Brasil a segunda edição de FILHOS DE OLORUM - CONTOS E CANTOS
DE CANDOMBLÉ.
Escrevi esse livro quando morei na
capital baiana. Trata do que aprendi com grandes mestres da cultura
afro-brasileira: dos mundialmente afamados à gente das ruas e periferias, das
matas e dos morros, das praias e do campo. Registrei seus conhecimentos sobre os
deuses e através dos orixás moldei os personagens fotografados por minha
percepção literária. Falo ali de homens, mulheres, velhos e crianças, através de
seus arquétipos e seus significados.
A primeira edição de FILHOS DE
OLORUM aconteceu em 1980. Algumas histórias foram publicadas na África de língua
portuguesa e outras, versadas ao inglês por publicações dos Estados Unidos onde
uma crítica de literatura, Sky Morrison, as considerou hipnóticas. Aqui no
Brasil, o primeiro comentário foi o do escritor Ignácio de Loyola Brandão quando
o livro ainda era inédito: “Um livro de contos que resultou num quase romance.
De leitura difícil, mas fascinante”.
Edson Braga, pioneiro diretor de
grandes sucessos da teledramaturgia em novelas (“A Viagem”, “Mulheres de Areia”
– TV Tupi) e adaptações de obras literárias (Maquiavel, Dostoievski, Machado de
Assis, etc. – TV Cultura) projetou reunir os contos de FILHOS DE OLORUM num
seriado. Infelizmente Edson Braga não pode concluir o que afirmava que seria a
chave de ouro de sua carreira. Ao transpor antecipadamente os umbrais da
existência física, deixou-me a tarefa que venho tentando concluir, embora sem a
mesma experiência e brilhantismo. E assim FILHOS DE OLORUM vem se tornando o
primeiro roteiro de seriado sobre a cultura afro-brasileira, sob o título
desenvolvido pelo Edison: “ORIXÁS” .
Como autor, qualquer meu
comentário é suspeito, por isso transcrevo o dos editores, na orelha desta
primorosa edição da Pallas Editora e Distribuidora, do Rio de Janeiro:
“Filhos
de Olorum – contos e cantos de candomblé é um livro para ser lido muitas
vezes... Cada conto de Filhos de Olorum pode ser lido como uma bela
narrativa mítica e como uma análise social. E cada leitura desvenda mais um
mistério, proporciona mais uma descoberta, dá margem a mais uma
reflexão”.
Caso queiram conferir a exatidão
dessas opiniões, além das livrarias podem comprar diretamente na PALLAS
EDITORA
Agradeceria comentários, críticas e sugestões .
Muito axé e abraço
grande!
Raul Longo
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