6/2/2014, [*] Paul Craig Roberts – Institute for Political Economy
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Barack Obama, um maníaco? |
Os
maníacos por controlar o mundo, em Washington, pensam que só é democrático o
que Washington decida e imponha contra outros países soberanos. Nenhum outro
país da Terra será jamais capaz de tomar uma, sequer uma, decisão democrática.
O
mundo assiste há eras a essa arrogância dos EUA, com Washington derrubando um
governo democrático após outro e impondo em cada país um fantoche
norte-americano. É o que Washington fez no Irã em 1953, quando a CIA, como a
própria agência já admite e Ervand Abrahamian demonstra em seu livro The
Coup [O Golpe] (The New Press, 2013)
derrubou o governo eleito de Mossadeq; e como Washington fez também mais
recentemente, quando derrubou o governo eleito de Honduras, e como fez inúmeras
outras vezes em todos esses golpes.
Atualmente,
Washington trabalha em tempo integral e faz horas extras para derrubar o
governo da Síria, do Irã (outra vez!) e da Ucrânia.
Washington
também já pôs em sua alça de mira a democracia da Venezuela, da Bolívia, do
Equador e do Brasil; e, nos seus sonhos mais enlouquecidos, Washington sonha
com derrubar também governos de Rússia e China.
Dia
22/1/2014, Bouthaina Shaaban conselheira de Comunicações do governo sírio,
perguntou a Wolf Blitzer, propagandista alugado a Washington e ao lobby
israelense, em plena televisão norte-americana, por que o governo dos EUA,
falando pela boca do secretário de Estado John Kerry, imagina que teria o
direito de decidir quem deve governar a Síria, em lugar do povo sírio.
[Pesquisas mostram que os índices de aprovação do presidente al-Assad são
superiores aos de todos os governantes ocidentais]. Nem o viscoso-escorregadio
Blitzer foi suficientemente viscoso-escorradio para responder “porque nós somos
o povo excepcional, indispensável”. Mas é o que Washington pensa. Entrevista a
seguir (em inglês):
Não
demorará, e Washington retomará o trabalho de desestabilizar o governo do Irã,
um hábito, suponho. Mas, no presente momento, Washington está dedicada a
desestabilizar a Ucrânia.
A
Ucrânia tem um governo democraticamente eleito, mas Washington não gosta dele,
porque não foi escolhido por Washington. A Ucrânia ou a parte ocidental do país
está cheia de ONGs mantidas por Washington cujo objetivo é entregar a Ucrânia
às garras da União Europeia, para que os bancos da União Europeia e dos EUA
possam saquear o país como saquearam, por exemplo, a Letônia; e para
simultaneamente enfraquecer a Rússia, roubando parte da Rússia tradicional e
convertendo-a em área reservada para bases militares de EUA-OTAN contra a
Rússia.
Vladimir Putin , atleta |
Talvez
Putin, atleta, esteja distraído pelos Jogos Olímpicos na Rússia. É isso, ou é
uma espécie de charada que ainda não deciframos, mas... Por que a Rússia não
pôs em alerta máximo os seus mísseis nucleares e ocupou com soldados o oeste da
Ucrânia, para impedir que todo o dinheiro da Ucrânia seja roubado por
Washington? Em todos os países há cidadãos que trocariam por dinheiro o próprio
país; e o oeste da Ucrânia pulula de traidores desse tipo. [No Brasil temos os MILICANALHAS e os demotucanos! redecastorphoto]
Como
temos visto há décadas, árabes e muçulmanos são capazes de vender o próprio
povo em troca do dinheiro ocidental. Os ucranianos ocidentais também estão
interessados no mesmo negócio. As ONGs financiadas por Washington existem para
entregar a Ucrânia às garras de Washington; ali os ucranianos converter-se-ão
em servos dos EUA, e essa parte essencial da Rússia será transformada em palco
para exibição da violência militar dos EUA.
De
todos os “protestos” violentos aos quais o mundo tem assistido, os “protestos”
na Ucrânia são os mais completamente orquestrados.
Dia
6/2, o blog Zero Hedge, um dos sites inteligentes e bem
informados da Internet, postou
uma gravação “vazada” em que fala a desprezível Victoria Nuland, uma
das secretárias-assistentes de Estado do governo Obama. Nuland e Geoffrey Pyatt,
enviado dos EUA à Ucrânia, discutem sobre quem Washington coroará próximo chefe
de governo da Ucrânia.
Victoria Nuland: F*da-se a União Europeia |
Nuland
está furiosa, porque a União Europeia não se uniu a Washington no plano para
impor sanções ao governo ucraniano para completar a tomada da Ucrânia por
Washington. Nuland fala como se fosse Deus, como se tivesse direito divino para
escolher quem governa a Ucrânia – que ela já está escolhendo.
A
União Europeia, por corrompida que já esteja pelo dinheiro de Washington, mesmo
assim ainda consegue entender que ter enriquecido com o dinheiro de Washington
não lhe garante qualquer proteção contra os mísseis nucleares russos. A
resposta de Nuland à União Europeia que hesita em arriscar a própria existência
em benefício da hegemonia dos EUA é:
“Foda-se a
União Europeia”.
São
os votos de Washington aos seus aliados mais cativos e a todos os povos do
mundo.
[*] Paul Craig
Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano,
colunista do Creators Syndicate. Serviu como
secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como
um co-fundador da Reaganomics. Ex-editor e colunista do Wall Street
Journal, Business Week e Scripps
Howard News Service. Testemunhou perante
comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica.
Durante o século XXI,
Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch,
escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde
Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a
proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como
habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes
de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra
contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os
palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia
e tem Ph.D. da Universidade de Virginia,
pós-graduação na Universidade da
Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.
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