Puro fascismo!
26/2/2014, [*] Kevin Barrett, Press TV, Irã
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Thomas Woodrow Wilson (1856 - 1924) |
Desde
os dias do presidente Woodrow Wilson – quer dizer, por quase 100 anos – os EUA
têm estado empenhados numa cruzada à sua própria moda, para “tornar o mundo
seguro para a democracia”.
Guerras
colossais, quentes e frias, combatidas contra kaisers e fuhrers
alemães, contra comunistas russos e contra nacionalistas no Terceiro Mundo. E
em todos os casos o povo norte-americano ouviu que estariam “defendendo a
democracia”.
Os
norte-americanos massacraram 3,5 milhões de vietnamitas, e quase mais outro
milhão de cambojanos, para “defender a democracia” no sudeste da Ásia.
Assassinaram
milhões de iraquianos com guerras e sanções para “defender a democracia” no
Oriente Médio.
André Vltchek |
Segundo
Andre Vltchek e Noam Chomsky em seu livro On Western Terrorism, [1]
o governo dos EUA já assassinou algo entre 55 e 60 milhões de pessoas desde o
fim da IIª Guerra Mundial, em guerras e intervenções por todo o mundo. Se se
acredita no que dizem os propagandistas do império, esse holocausto promovido
pelos norte-americanos teria sido grande defesa da democracia.
Mas
o que se vê hoje, às vésperas da a Iª Guerra Mundial completar o 100º
aniversário, é que os EUA já embarcaram em nova cruzada – dessa vez para tornar
o mundo ainda mais INSEGURO para a democracia.
Na
Ucrânia, na Venezuela e na Tailândia, os EUA estão gastando bilhões de dólares
para derrubar – inconstitucionalissimamente – governos democraticamente
eleitos.
Na
Palestina, os EUA estão tentando derrubar o governo democraticamente eleito do
Hamás desde o dia em que chegou ao poder.
No
Egito, os EUA – por pressão dos sionistas – derrubou recentemente o único
governo jamais eleito democraticamente no país, em 5 mil anos de história
documentada.
Noam Chomsky |
Na
Síria, os EUA insistem que o povo sírio não teve a oportunidade e os meios
democráticos para reeleger democraticamente Assad, e não importa quantos
observadores internacionais estejam presentes para comprovar que as eleições
são livres e limpas.
E
na Turquia, os EUA só fazem minar o governo democraticamente eleito do
primeiro-ministro Erdogan, favorecendo Fethullah Gulen – o fantoche que a CIA
quer “eleger” lá.
Considerando
o longo prazo, os EUA trabalham incansavelmente para destruir a democracia no
Irã, na Rússia e na América Latina.
Por
que, diabos, o governo dos EUA odeia a democracia?
Porque
os banqueiros internacionais que são proprietários do governo dos EUA e
comandam o império norte-americano nem sempre podem comprar votos em quantidade
suficiente para impor o desejo deles a um país inteiro. Assim sendo, a
democracia é ótima – desde que os eleitores elejam o candidato da Nova Ordem
Mundial. Mas se acontece de os eleitores votarem em candidato que não convém
aos oligarcas... Preparem-se, que aí vem golpe!
Os
banqueiros derrubarão qualquer governo que se oponha a eles – mesmo nos EUA. O
“término com detrimento extremo” [orig. termination
with extreme prejudice]
da presidência de John F. Kennedy foi mensagem clara enviada a todos os futuros
presidentes dos EUA.
Mayer Rothschild |
Mayer
Rothschild disse, em frase que ganhou fama, que “Deem-me o controle sobre o
dinheiro do país e pouco me importa quem escreva as leis”. Exagero, é claro. Os
banqueiros da Nova Ordem Mundial gastam muito dinheiro para derrubar governos
democraticamente eleitos por todo o mundo, precisamente porque eles se
importam, sim, E MUITO, com quem escreva e faça cumprir a lei.
Agora,
os banqueiros da Nova Ordem Mundial estão destruindo a Ucrânia em movimento
geoestratégico contra a Rússia, onde Putin impôs rédea curta aos oligarcas
russo-sionistas e meteu uma pedra no caminho do projeto de governança mundial
dos banqueiros. Sim, o presidente Yanukovich da Ucrânia venceu eleições livres
e justas. Mas a democracia nada significa para os faraós psicóticos da grande
finança e seus pistoleiros neoconservadores alugados.
Os
banqueiros (e os governos ocidentais que eles controlam) estão também tentando
derrubar o presidente Nicolas Maduro da Venezuela, que chegou ao poder, pelas
urnas, depois que a CIA assassinou o presidente Hugo Chávez. O presidente
Maduro superou todos os esforços que os banqueiros empreenderam para derrotá-lo
nas eleições do ano passada; agora, é o presidente democraticamente eleito da
Venezuela. Nada disso impediu os banqueiros de tentarem derrubá-lo com um golpe
pseudo populista.
Hugo Chávez |
Na
Tailândia, os banqueiros e seus cleptocratas locais estão tentando derrubar o
governo democraticamente eleito da primeira-ministra Shinawatra. Aparentemente,
os esforços de Shinawatra para garantir educação e assistência à saúde públicas
aos cidadãos, e infraestrutura, e um salário mínimo, ofendeu os oligarcas.
Na
Ucrânia, na Venezuela, na Tailândia, como antes na Síria e no Egito, os
banqueiros está acrescentando violência ao seu joguinho de “revoluções coloridas”,
o plano que conceberam para destruir a democracia. Parece incoerente, porque o
intelectual-pau-mandado da Nova Ordem Mundial, Gene Sharp, chamado “o Maquiavel
da não violência”, pregava que as “revoluções coloridas” originais sempre
seriam levantes pacíficos e democráticos.
George Soros |
Mas
as chamadas “revoluções coloridas” inventadas por Sharp, a começar pela
Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003 e pela Revolução Laranja, na Ucrânia, em
2004, jamais foram genuínas revoluções do povo. Foram tentativas de golpe,
orquestradas pelos banqueiros, e desde o primeiro momento. George Soros
cuidaria de encaminhar o dinheiro dos Rothschild para o bolso de apparatchiks
sedentos de poder, que inundariam seus países-alvos com propaganda e alugariam
paus-mandados para vestirem camisetas de uma ou outra cor, posarem para as
imagens de jornais e televisões e fazerem-se, eles mesmos, de “o espetáculo”,
na esperança de, assim, seduzir jovens tolos (ou arrogantes) ou ingênuos para
que se unam à “revolução” – cujo objetivo real é sempre instalar no poder um fantoche
da Nova Ordem Mundial.
Mas
agora, até a falsidade da não violência já desapareceu. A máscara risonha de Mickey Mouse da Nova Ordem Mundial caiu,
revelando a bocarra sedenta de sangue dos banqueiros satânicos, empenhados em
impor ao mundo uma só grande ditadura orwelliana.
Na
Síria, o “levante pacífico” de março de 2011 tornou-se pretexto para mandar
para lá bandidos e terroristas pesadamente armados, com a missão de
desestabilizar o país. No Egito, o “levante” gerado pelos banqueiros no verão
passada virou desculpa fabricada para um violento golpe de Estado. Na
Tailândia, Venezuela e Ucrânia, os banqueiros pagam torcidas organizadas para
encenar protestos violentos, destruir propriedade pública, combater contra a
polícia e incitar cada vez mais violência – na expectativa de, assim, conseguir
derrubar governos democraticamente eleitos.
Isso é puro fascismo.
O
fascismo é falsamente “das massas”. Sempre há fascistas fantasiados de “revolucionários”,
pagos para usar uniformes de uma ou outra cor, marchar em passo-de-ganso pelas
praças, derrubar governos democraticamente eleitos... e pôr no poder uma
ditadura velada dos mais ricos, na qual se misturam o poder das empresas e o
poder do estado/governo.
Mussolini e Hitler desfilam em Berlim (1937) |
Foi
o que fez Mussolini em 1922. Foi o que fez Hitler em 1933. E é o que os
neoliberais neoconservadores e seus patrocinadores banqueiros estão fazendo
hoje... por todo o mundo. O incêndio do Reichstag de 11/9, que pôs a
única superpotência na direção do total fascismo, foi o tiro que desencadeou a
avalanche.
Objetivo
da jogatina: uma ditadura fascista global, que faria o IIIº Reich parecer
piquenique no parque.
Só
há um meio para derrotar esses monstros. Todas as grandes fortunas, a começar
pelos tesouros de trilhões de dólares das hordas de Rothschilds e amigos, têm
de ser confiscadas e devolvidas aos cofres públicos. Todos os grandes bancos
têm de ser estatizados e suas operações terão de ser tornadas absoluta e
completamente transparentes. Todas as maiores empresas, a começar pelas
empresas proprietárias dos veículos da chamada “grande” imprensa têm de ser
estatizadas, em seguida partidas em várias pequenas empresas regidas por
legislação antitruste.
Essa
revolução – para derrubar a oligarquia global – é a única revolução que
realmente importa.
Nota dos Tradutores
[1] CHOMSKY, Noam; VLTCHEK, André.
On Western Terrorism, Londres: Pluto Press, 2013, 208 p.
___________________________
[*] Dr. Kevin Barrett, é Ph.D., arabista-islamologista e um dos principais
críticos norte-americanos da Guerra ao Terror. Comentou muitas vezes na FoxNews, CNN, PBS e outros canais
de mídia eletrônica; publicou artigos de opinião no New York Times, no Christian
Science Monitor, no Chicago Tribune
e em outras publicações líderes. Lecionou em faculdades e universidades em San
Francisco, Paris e Wisconsin, onde ele concorreu para o Congresso em 2008. É co-fundador da Muslim-Christian-Jewish
Alliance, e autor dos livros Truth Jihad: My Epic Struggle
Against the 9/11 Big Lie (2007)
e Questioning the War on Terror: A Primer for Obama Voters (2009). Seu site é www.truthjihad.com
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