\o/\o/\o/ Jornalismo “indispensável” \o/\o/\o/
(para de-to-nar Putin, o “perigo vermelho”)
7/2/2014, Da Russophile
(Moscou)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
(clique nas imagens para aumentar)
Entreouvido
no Quiosque da Buzanfa na Vila Vudu: Leiam aí e me digam: não é tudo IGUALZINHO ao que faz no Brasil o
“jornalismo” canalha da imprensa-empresa privada do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão),
e também contra a Copa do Mundo no Brasil?! (Mas... ATENÇÃO: O PT não ter ainda, depois de DEZ ANOS no poder federal, NENHUM
PENSAMENTO-AÇÃO APROVEITÁVEL CONTRA A IMPRENSA-EMPRESA PRIVADA NO BRASIL e
que não tenhamos construído veículos e discursos CONTRA essa canalha
“jornalística” ativa no Brasil há séculos ... isso... isso... ISSO, SIM, É PROBLEMA! Pêqêmêpê! Até
quando?!)
Iceberg Skating Palace |
Bolshoy Ice Dome |
Adler Arena |
Quase todos
os jornalistas ocidentais estão empenhadíssimos em desqualificar os feitos dos
russos e em ampliar os fracassos dos russos, desde o dia em que Putin foi
eleito e pôs o ‘jornalismo’ ocidental em modo-síndrome de piração coletiva.
Putin os aterroriza!\o/\o/\o/ Putin os
atormenta até em seus pesadelos, como confessou
recentemente Shaun Walter, do The
Guardian. \o/\o/\o/ Assim sendo, não surpreende a detonação
preventiva dirigida contra os Jogos Olímpicos de Sochi.
Mas, dessa
vez, o que mais chama a atenção é a baixa qualidade do trabalho: é horrível, o
trabalho do pessoal “jornalístico” que os russos chamam, com sarcasmo, de
“jornalistas democráticos” que trabalham na Rússia [“horrível”,
só porque os russos nunca viram o servicinho que fazem por aqui, no Brasil, os
tais “jornalistas democráticos”! E os “jornalistas éticos”, entaum?!
Tesconjuro!].
O primeiro
ataque tinha a ver com uma suposta corrupção em tudo que tivesse a ver com os
Jogos Olímpicos de Sochi. Em 2010,
a edição russa da revista Esquire estimava que os 48 km de estradas em torno de Sochi teriam
consumido nada menos que $8 bilhões de dinheiro dos contribuintes, soma
suficiente para pavimentar todas as estradas com caviar beluga de primeira! [A
jornalista] Julia Ioffe encarregou-se
de transmitir esses cálculos ginasianos para toda a anglosfera [de onde o Grupo GAFE – Globo-Abril-FSP-Estadão –
COPIA TUUUDO]. Problema? Esses doidos “de jornal & televisão”
cuidadosamente omitiram que a tal
estrada incluía 50 pontes e 27 km de túneis em terreno de
montanha… o que converte o custo, de estratosférico, para perfeitamente
razoável. Mas... o que foi planejado para ser metáfora da corrupção de Sochi
acabou por aparecer como metáfora do mais desatinado e infundado ataque contra
Sochi.
Adler Railway Station (parte dos infames US $8 bilhões da"estrada") |
Foguete Soyuz (comunicações) |
Gorki Gorod parte do Krasnaya Polyana (hotéis e comércio) |
Os jornais
e televisões de todo o mundo não se cansam de comparações com os $8 bilhões
gastos durante os Jogos Olímpicos de 2010 no Canadá. Convenientemente, ninguém
“noticia” que Whistler já era resort
de ski de fama mundial, enquanto, em
Sochi, toda a infraestrutura teve de ser construída do zero e em prazo
relativamente curto.
Os custos
reais relacionados aos Jogos Olímpicos de Sochi chegam a US$ 7 bilhões,
dos quais a metade saiu do orçamento do estado. Não implica que ninguém tenha
roubado – claro que houve roubo, porque a corrupção é problema real na Rússia,
e é especialmente endêmico na indústria da construção [como em todo o planeta e também nos EUA e
particularmante no Estado de São Paulo, Brasil].
Navalny
criou um website inteiro sobre isso e coordenou campanha contra
Sochi com Buzzfeed e o New
York Times – que o jornal O Estado de S.Paulo, Brasil, COPIOU
integral e imediatamente.
Mas o que
mais chama a atenção é que, diferente dos níveis faraônicos de assalto aos
cofres públicos que se deveriam esperar pelo tom apocalíptico-moralista das
matérias “jornalísticas”, na maioria dos casos os gastos equivalem a algo entre
50%-100% dos custos “comparáveis” de projetos ocidentais (e selecionados só os
casos mais notáveis já conhecidos).
Não que
seja “bom”, é claro. Mas absolutamente não é caso jamais visto na experiência ocidental. Em todos os casos, houve alguns casos
criminosos que se converteram em processos judiciais, o que implica que a impunidade
não é garantida. (A “vítima” mais famosa, Akhmed Bilalov, fugiu do país reclamando
que havia sido envenenado – exatamente o que se poderia esperar dos
barões-ladrões do fim da ex-União Soviética).
Hospedarias |
Rampa para salto de esqui |
Paisagem |
A maior
parte dos $50 bilhões investidos em Sochi
– cerca de 80%, aproximadamente – foram aplicados em projetos de infraestrutura
para fazer de Sochi uma estação de ski padrão mundial que garantirá empregos
para as agitadas populações do norte do Cáucaso, e como início de uma cultura
de esportes de inverno na Rússia, que tente, pelo menos, fixar por aqui uma
parte das patrióticas elites russas que passam o inverno
em Courchevel.
O segundo
principal alvo de ataques é a “perseguição”, na Rússia, aos gays. Tem a
ver, presumivelmente, com as novas leis russas que proíbem, para crianças,
propaganda de práticas homossexuais – e nem faz qualquer diferença que até 2003
tenha havido leis semelhantes, por exemplo, na Grã-Bretanha (“Section 28”) e que a sodomia ainda
fosse considerada crime em vários estados dos EUA, com certeza, até o mesmo
ano.
Lembro
essas coisas menos porque sejam importantes em si, mas para mostrar que os
padrões morais que o “ocidente” considera tão essencial e fundamentalmente
importantes só foram alcançados (ou abandonados?) na última década. Além do
mais, grande parte do mundo rejeita muito mais furiosamente muitas dessas
posições, que a Rússia. Por tudo isso, a campanha nessa direção acaba ganhando
ares de tão absurda, arrogante presunção, que não há quem não suspeite de que,
sim, há motivo bem sórdido, por trás dela. E quem pressuponha a “correção” e a
“moralidade” ocidentais como parâmetro a seguir, que se informe, para começar,
sobre Snowden e sobre a Síria.
Em terceiro
lugar, e de longe a mais repulsiva, há a trolagem
ocidental sobre “o terrorismo” em Sochi. Depois de vários ataques terroristas
muito bem-sucedidos na Rússia, não faltaram “especialistas” para proclamar que
ali estariam exemplos de que “a autocracia de Putin não está funcionando para
os russos comuns” (Kathryn
Stoner-Weiss); que os russos “não podem confiar na
proteção de seu governo (David
Satter), etc.. Por extensão, o Comitê Olímpico
Internacional é selvagemente irresponsável por “por em perigo a segurança do
público e dos atletas”, admitindo que se realizem jogos olímpicos na Rússia (Sally
Jenkins).
Aleksei A. Navalny, o Detrator (No Brasil há muitos, além da imprensa-empresa, é claro, vide Black Bloc, naovaitercopa e Banco Itaú p. ex.) |
De fato,
segundo o maior banco de dados sobre terrorismo no
mundo, o número de mortos em
ataques terroristas na Rússia caiu vertiginosamente na última década, e o
movimento jihadista foi reduzido a uma sombra do que foi; hoje, explodir
um ônibus num subúrbio de Volvogrado já é considerado grande façanha entre os jihadistas.
Não quero desafiar a sorte e descartar completamente o risco, mas com o “anel
de aço” instalado, monitoramento de todas as telecomunicações e cooperação com
agências de inteligência de todo o mundo, como se vê na segurança montada para
Sochi, é baixa a probabilidade de qualquer ataque terrorista.
Uma vez que
os fatos não ajudaram, a “crítica” foi assumindo ares cada vez mais alucinados,
distantes cada vez mais da realidade, mais ou menos como o supercomputador HAL,
que se põe a balbuciar tolices infantilóides quando é desligado. Milhares de
pessoas evacuadas, as casas delas destruídas e suas terras roubadas... e todos
cuidam de não noticiar que cada família deslocada recebeu US $100
mil por pessoa. Parece até que Sochi foi erguida sobre os esqueletos
dos Circassianos. OK. Se Sochi é um cemitério, o que dizer do continente
norte-americano? Um mundo da morte?
A ideia de
que Sochi seria “resort
subtropical inadequado” porque não tem neve...
Ora bolas! Avisem lá, então, o pessoal da Bay
Area da California, que esquia em Tahoe até o final de abril, e onde as
temperaturas de fevereiro são significativamente superiores às da região de
Sochi. Seja como for, as condições estão excelentes,
agora, em Sochi, para esportes de inverno.
O recorde
de fundo do poço foi atingido por Steve Rosenberg, da BBC, que fotografou duas
privadas sanitárias lado a lado, e distribuiu sua peça para toda a
imprensa-empresa privada (epa!) da anglosfera; o New
York Times adorou e repetiu. (E no Brasil, o
Grupo GAFE [Globo-Abril-FSP-Estadão], que vive de macaquear o subjornalismo
universal, não
perderia essa chance de fazer papel ridículo: a des-notícia
das “privadas” ganhou manchete na revista Exame, da Editora Abril).
Foto das privadas de Steve Rosemberg (BBC) |
Problema,
só, que a
foto foi tomada durante as construções. Mas, ora... por que negar a jornalistas
de esgoto, a oportunidade de, de fato, se autofotografarem, pensando que
fotografavam algum “fato”?!
Nada disso
é para dizer que os Jogos Olímpicos de Sochi são algum monumento às virtudes do
esporte e à fraternidade universal. Não são. Nada é. Desde a origem, na sábia
Grécia, a questão sempre foi dinheiro, competição, vitória e prestígio. Putin,
ele mesmo, disse claramente que um de seus objetivos era exibir ao
mundo uma nova Rússia. Não há leis que proíbam que governos ocidentais movam
campanha “de mídia” contra Sochi, que se recusem a enviar presidentes para as
cerimônias de abertura – são atitudes mesquinhas, medíocres, que falam mais mal
dos próprios autores, que de qualquer outro assunto. Que não apareçam. Não
farão falta alguma.
Nota da redecastorphoto: Todas as inserções feitas
durante a tradução lá no Quiosque da Buzanfa estão em VERMELHO. As fotos podem ser visualizadas em tamanho maior; basta clicar sobre cada imagem.
E o que me diz da choradeira circassiana por causa de uma guerra do século XIX?? Achas que nesse caso também tem dedo ocidental nisso??
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