segunda-feira, 8 de julho de 2013

Espionagem norte-americana contra empresas (alemãs)

Onde a coisa pega: a “terceirização” ajudando o ladrão!

3/7/2013, Deutche Welle, Alemanha
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Comentário de internauta, na mesma página: Basicamente, quanto mais os EUA caçam Snowden, mais aumentam as desconfianças de que o governo dos EUA perdeu o controle das ações hostis contra aliados e empresas nos países aliados. Os EUA parecem profundamente preocupados com o que mais possa ser revelado, por mais vazadores.

Os EUA aprenderam com Israel roubar dados (ou terras palestinas) 
O escândalo da espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA preocupa empresas alemãs. Há suspeitas de que as agências estatais norte-americanas tenham roubado segredos industriais.

A confiança entre Washington e Berlin foi abalada pelo escândalo em torno das suspeitas de que o governo dos EUA, através de suas agências de segurança mantenha escutas clandestinas em prédios do governo alemão e da União Europeia. Reagindo com fúria contra a aparentemente total vigilância de comunicações por telefone e e-mail, políticos alemães exigiram imediatas explicações de Washington. Afinal, a União Europeia e a Alemanha veem-se como parceiras dos EUA.

Hans Michelbach
Embora o ultraje talvez seja exagerado, há perguntas legítimas ainda sem resposta. Por exemplo:

Por que a Agência Nacional de Segurança dos EUA recolhe tal quantidade descomunal de dados? E para que finalidades os dados estão sendo usados?

Cavalo de Tróia

O presidente do Sindicato Social Cristão [orig. Christian Social Union] de pequenas empresas, Hans Michelbach, vê graves motivos de alarme na espionagem norte-americana contra instituições da União Europeia.

A União Europeia não apóia terroristas, mas, sim, é forte concorrente na economia global – diz Michelbach.

Ele teme que não só instituições europeias, mas também as empresas europeias e alemãs estejam sendo espionadas, o que daria aos EUA “vantagens desonestas”.

Ilse Aigner
A ministra da proteção ao consumidor da Alemanha, Ilse Aigner, alerta que a luta conjunta contra o terrorismo pode já ter sido convertida num “cavalo de Tróia” que “dá cobertura a espionagem contra empresas”.

Empresas alemãs também manifestaram surpresa e preocupação quanto à extensão da espionagem norte-americana.

No passado já houve especulações de que conversas e atividades da Internet estivessem sendo gravadas por agências estrangeiras de inteligência, mas, se for correto o que dizem os jornais, as dimensões são alarmantes, disse Volker Wagner, presidente do Grupo de Trabalho para a Segurança Econômica.

A ocasião faz o ladrão

Outros grupos econômicos e industriais também reagiram de modo semelhante. Querem saber que tipo de dados são gravados e como são usados. Até agora, a comunidade empresarial e comercial europeia apenas suspeita que as agências de inteligência dos EUA estejam roubando segredos industriais. Regra geral, tecnologias e produtos roubados só aparecem na mão de concorrentes em países estrangeiros anos depois de terem sido roubados.

Mas, segundo Wagner, a quantidade de dados recolhidos é um incentivo ao abuso.

É preciso não esquecer que os serviços de segurança dos EUA empregam freelancers, empresas e consultores contratados, todos ‘terceirizados’. Todos esses são empresas privadas. Estima-se que só em Washington cerca de 1,5 milhões de empresas privadas terceirizadas trabalhem para os serviços norte-americanos de segurança, disse Wagner.

Rösler disse que a espionagem norte-americana agride qualquer possibilidade de acordos comerciais confiáveis.

Rainer Glatz
Não se sabe até que ponto essas empresas e consultores privados a serviço do Estado respeitam a lei. Rainer Glatz, da Federação Alemã de Engenharia, diz que é indispensável formalizar um tratado internacional que regule claramente a proteção de dados e a propriedade intelectual. Glatz entende que o setor privado tem de ser mais proativo e deixar de confiar no Estado para proteger segredos empresariais. As empresas reunidas na Federação Alemã de Engenharia já estão implementados medidas de proteção de seus dados (firewalls, dentre outras) privados.

Além disso, temos de treinar empregados dos departamentos de vendas e técnicos em geral, para que cuidem de proteger segredos empresariais – disse Glatz à DW.

Tratados comerciais entre EUA e União Europeia estão em risco

A Associação Alemã de Pequenas Empresas de Tecnologia da Informação tem abordagem diferente. O grupo sugeriu a criação de consórcios de empresas europeias, para contrabalançar o poder econômico dos EUA.

Philipp Rösler
Mas as economias dos EUA e de países europeus devem integrar-se cada vez mais, no futuro. A União Europeia e os EUA contam com implementar um tratado de livre comércio. O ministro da Economia da Alemanha, Philipp Rösler, disse que embora Berlim tenha interesse em construir essa parceria com os EUA, o escândalo da espionagem teve impacto negativo naquele projeto.

Os EUA agora têm de, bem rapidamente, explicar as acusações e garantir transparência – disse Rösler.


A espionagem industrial causa à Alemanha bilhões de euros de prejuízos. A Corporate Trust, empresa de consultoria de segurança nos negócios, estima que, em 2012, os prejuízos tenham alcançado 4,2 bilhões de euros ($5,4 bilhões) in 2012.

4 comentários:

  1. Não sei porque os ingênuos estão preocupados. Alemanha tem 227 bases militares, o que corresponde a 25% do total. Estenderam o tapete vermelho lá atrás, querem reclamar do que agora? Perderam a soberania faz muito tempo e agora fingem preocupação. Querem o que? Achavam que estavam lá por compadrio? Para tomar o chá das 5? Ou um chopp?

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    Respostas
    1. Prezada Regina
      É exatamente por essa razão que você mencionou que a Merkel está quietinha. Quem está reclamando são os "bagrinhos" de lá...
      Abraço
      Castor

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  2. Bagrinhos tão ingênuos que querem fazer o mundo crer que acreditam em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.....

    []s

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