1/3/2015, [*] Chris Hedges e Tariq Ali, Thruthdig
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Chantez, compagnons, dans la nuit la liberté nous écoute.
Cantem, camaradas! Dentro da noite, a liberdade nos ouve.
Ver também: 2/3/2015, “Eurobancos vs. trabalho grego”, redecastorphoto, Michael Hudson em entrevista à rede TRNN.
PRINCETON, N.J. – Tariq Ali é da alta nobreza da esquerda. Seus mais de 20 livros sobre política e história, seus seis romances, suas peças e roteiros e seu jornalismo no jornal Black Dwarf, na New Left Review e outras publicações, fizeram dele um dos mais afiados críticos do capitalismo empresarial-empreendedorista. Lança raios retóricos e críticas afiadíssimas contra os especuladores do petróleo e empresários oligarcas que manipulam a finança global e os imbecis úteis na empresa-imprensa, no sistema político e na academia que os apoiam. A história da parte final do século XX e da primeira parte do século XXI provou que Tariq Ali, intelectual formado em Oxford e ativista há muito tempo incômodo, que certa vez apresentou-se como candidato trotskista ao Parlamento britânico, sempre foi muito surpreendentemente profético.
Ali, nascido no Paquistão, portador de cidadania dupla, britânica e paquistanesa, já era ícone da esquerda durante as convulsões dos anos 1960s. Reza a história que Mick Jagger escreveuStreet Fighting Man (vídeo no fim do parágrafo) depois de assistir a um comício antiguerra em Grosvenor Square dia 17/3/1968, liderado por Ali, Vanessa Redgrave e outros à frente da Embaixada dos EUA em Londres. 8.000 manifestantes atiraram lama, pedras e bombas de fumaça contra a polícia de choque. A polícia montada atacou a multidão. Mais de 200 pessoas foram presas.
Semana passada, quando nos encontramos pouco antes de ele proferir a aula-homenagem a Edward W. Said na Princeton University, Ali elogiou as lutas de rua, e manifestações de protesto e o confronto aberto e sustentado contra o estado que irromperam durante a Guerra do Vietnam. Lamentou o fim do radicalismo que foi nutrido pela contracultura dos anos 1960s, dizendo que foi evento “sem precedentes na história do império” e produziu o “período mais cheio de esperança” nos EUA, “intelectualmente, culturalmente e politicamente”.
Edward W. Said |
Não consigo pensar em exemplo de nenhuma outra guerra imperial na história, e não só na história do império norte-americano, mas também na história dos impérios britânico e francês, durante a qual dezenas de milhares de veteranos de guerra e muitos GIs que ainda estavam no serviço militar ativo, marcharam à frente do Pentágono, dizendo que desejavam que os vietnamitas vencessem a guerra. Aquele foi evento único nos anais do império. E foi o que assustou, atemorizou, fez tremer de pavor todos eles [os que estavam no poder]. Se o coração de nosso apparatus já foi contaminado[pensaram eles], o que, diabos, vamos fazer?! − disse ele.
Esse desafio encontrou expressão até dentro dos muros do Establishment. Sessões e audiências pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado abertamente desafiavam os que insistiam em orquestrar o banho de sangue da Guerra do Vietnã.
O modo como aquelas audiências públicas foram conduzidas educaram segmento enorme da população” – disse Ali falando das audiências públicas conduzidas por liberais como J. William Fulbright.
Mas Ali logo constatou com tristeza: audiências públicas como aquelas nunca mais voltarão acontecer.
Aquele espírito foi, exatamente, o que a elite governante teve de atacar e fazer retroceder, e conseguiram que retrocedesse, com considerável sucesso, ele disse; e o retrocesso foi completado pela implosão da União Soviética.
Então a elite sentou e disse:
Ótimo. Agora podemos fazer o que bem entendermos. Nada mais existe do outro lado do mundo, e o que temos em casa – crianças protestando contra a Nicarágua e os Contras – é coisa pouca. E gradualmente a oposição democrática retrocedeu.
Os EUA bombardeiam Bagdá - março/2003 |
Já no início da Guerra do Iraque, as manifestações de cidadãos, embora grandes, já não passavam de “assunto de 24 horas”.
Antes, havia sido uma tentativa para parar uma guerra. Quando não conseguiram pará-la, a manifestação acabou – disse ele sobre as marchas de oposição à Guerra do Iraque.
Foi um espasmo. As autoridades conseguiram convencer o povo na rua de que eles nada poderiam fazer; que fizesse a rua o que fizesse, os do poder sempre fariam o que bem entendessem. Foi a primeira vez em que muitos se deram conta de que a própria democracia já fora enfraquecida e estava sendo ameaçada.
A volta do sistema político, já trazendo com ele em profusão o dinheiro privado, a reformatação das leis e regulações para remover todos e quaisquer controles democráticos sobre o poder dos empresários e das empresas, a ocupação de toda a empresa-imprensa por um punhado de empresas e empresários para silenciar qualquer oposição, e a ascensão da vigilância total vendida no atacado, e o estado de vigilância “levaram à morte do sistema de partidos” e à emergência do que Ali chamou de “um extremo centro”.
Os trabalhadores estão sendo cruelmente sacrificados no altar do lucro das empresas privadas – cenário que se vê em tonalidades dramáticas, hoje, na Grécia. E não há mecanismo ou instituição restante dentro das estruturas do sistema capitalista que seja capaz de pôr fim ou de mitigar a reconfiguração da economia global que a vai convertendo em neofeudalismo impiedoso, em mundo de patrões e servos.
Esse extremo centro – não importa o partido que o constitua – efetivamente entra em colusão com as empresas privadas gigantes, incorpora os mesmos interesses e põe-se pelo mundo a fazer guerras – disse Ali. – Esse extremo centro estende-se por todo o mundo ocidental. Por isso é que cada vez mais e mais jovens afastam-se, lavando as mãos feito Pilatos, do sistema democrático como existe hoje. Tudo isso é resultado direto de se haver ensinado ao povo, depois do colapso da União Soviética, que “não há alternativa”.
Vai-se tornando cada dia mais volátil a batalha entre desejo popular e as demandas dos empresários oligarcas – que cada dia saqueiam maior número de pessoas pelo mundo, jogando-as na miséria e no desespero. Ali observou que mesmo os líderes que têm compreensão clara da força destrutiva do capitalismo sem controles – como o Primeiro-Ministro grego, Alexis Tsipras, que é homem de esquerda – deixam-se intimidar pelo poder econômico e militar que há à disposição das elites empresariais e grandes empreiteiras.
Yanis Varoufakis (E) e Alexis Tsipras |
Por essa razão, principalmente, é que Tsipras e seu Ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, acederam às demandas dos bancos europeus, em troca de uma prorrogação de quatro meses no atual processo de resgate da Grécia, por US$ 272 bilhões emprestados. Os líderes gregos foram forçados a se comprometer com manter reformas econômicas punitivas e a retroceder de suas promessas de campanha eleitoral, quando o partido de Tsipras, a SYRIZA, falava de cancelar grande parte da dívida da Grécia. A dívida grega chega a 175% do PIB grego. Esse negócio agora acertado, por quatro meses, como disse Ali, é uma tática de adiamento – mas ameaça enfraquecer todo o amplo apoio que a SYRIZA angariou entre os gregos. A Grécia não conseguirá pagar o serviço dessa dívida. Mais dia menos dia, as autoridades gregas e europeias terão de entrar em choque; e o choque, afinal, disparará uma quebradeira terminal e o derretimento financeiro na Grécia. Assim a Grécia se libertará da Eurozona, e disparará levantes populares na Espanha, Portugal e Itália.
O desafio aberto, declarado, disse Ali, e o custo que com certeza custará, é nossa única linha de fuga para nos salvar da tirania das empreiteiras e empresas privadas monstro. Esse custo, de início, será doloroso. Nossos patrões empresários e empreiteiros monstros privados não têm intenção alguma de afrouxar a pegada de suas garras, e a luta será brutal.
Ali relembra o que lhe ensinava o seu valente, falecido e muito querido amigo, Hugo Chávez, presidente socialista da Venezuela, que tampouco conseguiu escapar sempre das forças de intimidação do Establishment:
(...) lembro-me das muitas conversas que tive com Chávez, e que eu dizia: “Mas meu Comandante, por que parar nesse ponto?” – e ele sempre me dizia que não era realista tentar ir adiante, naquele momento. Podemos regular o capital, podemos fazer a vida mais difícil para o capitalismo, podemos usar o dinheiro do petróleo a favor dos pobres, mas não podemos derrubar o sistema.
E, Ali acrescenta:
Os gregos e os espanhóis estão dizendo a mesma coisa.
Movimento dos Indignados (15M) - Espanha |
Não sei o que a SYRIZA pensou – diz Ali. – Se pensou “podemos dividir a elite europeia, podemos fazer vasta campanha de propaganda na Europa e eles serão obrigados a fazer concessões”... Isso seria loucura. A elite europeia, chefiada pelos alemães é dura na queda, não rachará assim tão facilmente. A elite europeia já esmagou os gregos. Os líderes gregos deveriam ter dito ao próprio povo que “Vamos tentar arrancar as melhores condições possíveis – se não conseguirmos, o povo será informado sobre o que aconteceu e sobre o que os gregos teremos de fazer”. Não fizeram assim. Em vez disso, caíram na armadilha dos europeus. Os europeus praticamente não fizeram concessão alguma, que interessasse aos gregos.
O embate entre os gregos e as elites empresariais e bancárias que dominam a Europa, disse Ali, “não é econômico”. [epígrafe]
A União Europeia está pronta para “fazer chover bilhões contra os russos na Ucrânia” – Tariq Ali observa. – Não é absolutamente questão de dinheiro. Eles podem jogar fora quanta merda de dinheiro queiram, como estão preparados para fazer na Ucrânia. Com os gregos, a União Europeia finge que seria questão de dinheiro, mas não é: a questão é política. Temem que se os gregos conseguirem, a febre se dissemine. Em dezembro haverá eleições na Espanha. Se o partido Podemos [o partido da esquerda da Espanha]vencer, o segundo, depois de a SYRIZA ter sido eleita na Grécia e seguindo avante, mesmo que os avanços sejam tímidos, e por via diferente, os espanhóis dirão que os gregos conseguiram. E há também os irlandeses, esperando pacientemente com seus países progressistas e dizendo “Por que não poderíamos fazer o que a SYRIZA fez? Por que não podemos todos nos unir e agir diretamente contra nosso extremo centro?”.
Ali disse que sempre se sentiu:
(...) furioso e chocado por causa das muitas esperanças que a esquerda investiu em Obama. Barack Obama, disse ele, é presidente imperial e age como tal, não importa que tenha pele de mestiço.
Ali também já há muito desacreditou da política de gêneros que já está dando combustível para uma possível candidatura de Hilária Clinton à Casa Branca, para ser a primeira presidenta mulher nos EUA.
Hilária Clinton DonkeyHotey |
Minha resposta é “e que merda de diferença faz que seja mulher ou homem?!”– disse ele. Se ela vai bombardear o mundo e distribuir drones por todos os continentes, que diferença faz o gênero, se a política é a mesma?
Aí está a chave: toda a política foi desvalorizada e rebaixada pelos “valores” do neoliberalismo. As pessoas degradaram as lutas, recolheram-se para lutas de identidade, lutas religiosas. Penso mesmo se será possível ainda criar alguma oposição a tudo isso coisa em escala nacional nos EUA.
Penso se o melhor não será concentrar-se nas grandes cidades e tratar de desenvolver alguns movimentos onde possam fazer diferença, em Los Angeles, New York ou em estados como Vermont. Pode ser mais inteligente concentrar-se em três ou quatro coisas e mostrar o que pode ser feito.
Não consigo ver a velha sistemática, de reproduzir partidos políticos de esquerda cujo modelo é o mesmo dos partidos Republicano e Democrata, nos dar algum resultado avançado. Gente de partido só trabalha com o dinheiro. Às vezes eles já nem veem gente do povo, há anos. É a democracia de cartão de crédito. A esquerda não pode copiar e nunca deveria ter copiado esse modelo.
Os EUA são o osso mais duro de roer, mas se não roermos esse osso, estamos destruídos.
Ali disse que teme que, se os norte-americanos algum dia se tornarem politicamente conscientes e decidirem resistir, o estado das empreiteiras e empresários imporá diretamente as formas mais declaradas de repressão militarizada. A reação do governo dos EUA no caso das bombas na Maratona de Boston em 2013, o impressionou:
(...) o estado norte-americano fechou completamente uma cidade inteira, com o apoio da população.
Bomba na Maratona de Boston - Investigação |
Para Tariq Ali, a declaração virtual de lei marcial em Boston foi como “um ensaio geral”.
Se conseguem fazer em Boston, conseguem fazer em outras cidades – disse.Precisavam testar e testaram em Boston para ver se funcionaria. Essa ideia muito me assustou.
Para Tariq Ali,
(...) quem fabrica ameaça fabrica medo. Criam-se cidadãos sonâmbulos. As autoridades norte-americanas nunca tentaram o que se vê hoje, nessa escala, nem quando combatiam contra a União Soviética e o inimigo comunista, pressuposto o pior, o mais ameaçador, o mais perigoso de todos os tempos. Agora fazem exatamente o que se vê, em escala gigantesca, por causa de meia dúzia de terroristas doidos.
Para ele, grupos como Black Lives Matter, [Vida de negro faz diferença], trazem alguma esperança. Vídeo a seguir:
Assim como os tradicionais partidos de esquerda foram esvaziados por todos os cantos do mundo, assim também os segmentos radicais da população afro-norte-americana – diz Ali. – Foram fisicamente eliminados. Martin Luther King e Malcolm X, alguns dos líderes mais bem dotados, foram assassinados. Os Black Panthers [Panteras Negras] foram destruídos. Áreas nas quais os negros viviam na Costa Oeste foram inundadas com drogas. Foi ataque bem planejado. Mas os jovens que saíram às ruas no movimento Black Lives Matter parecem ter aquele velho espírito. Quando Jesse Jackson foi a Ferguson e tentou lá a sua demagogia, foi rechaçado. Aconteceu o mesmo na Costa Leste, com [Al] Sharpton. Esses líderes negros que se venderam estão sendo vistos, afinal, pelo que são.
A principal preocupação de Ali é que essas organizações, como Black Lives Matter quase sempre só reagem aos eventos e
(...) não se dão conta perfeitamente de que reagir a eventos não é suficiente para agir contra a continuada violência do estado contra os cidadãos; que, para isso, é indispensável que os cidadãos contem com movimentos políticos.
Ele se preocupa com que os norte-americanos conheçam mal a própria história; pouquíssimos algum dia tiveram contato com a literatura da teoria revolucionária, de Karl Marx a Rosa Luxemburg.
Esse analfabetismo político, diz ele, significa que movimentos de oposição raramente são competentes para analisar efetivamente as estruturas e os mecanismo do poder capitalista; sem isso, não podem formular resposta política mais sofisticada.
Por que a classe trabalhadora nos EUA não produziu um Partido Trabalhista nem um Partido Comunista efetivo? – Ali pergunta. Repressão. Se se considera o que aconteceu nos EUA nas primeiras décadas do século XX e na última década do século XIX, vê-se que muitos mercenários privados foram contratados para pôr fim a qualquer organização política democrática. É uma parte da história que raramente é focada. Esse amaldiçoado neoliberalismo degradou também os estudos de história. A história do morticínio entre os trabalhadores norte-americanos que tentavam organizar-se é item que os historiadores norte-americanos realmente odeiam. Até se dedicam a alguns estudos de política, porque nesse campo podem usar seu anticomunismo: ensiná-lo e praticá-lo pelos jornais e televisões. Mas história é problema muito amplo.
Não se consegue entender a emergência da SYRIZA sem compreender a IIª Guerra Mundial, o papel dos partisans, o papel do Partido Comunista que organizou os partisans e como, em dado ponto, 75% da Grécia era controlada por esses partisans comunistas. Então veio o “ocidente” e fez nova guerra, foi obra de Churchill, com o apoio de Truman, para derrotar aquele povo.
Fui simpático ao movimento Occupy, mas àquela conversa de nada exigir, sem demandas, é inútil – diz ele. Deveriam ter pauta de exigências. Que exigissem serviço público de assistência à saúde; fim das empresas que fabricam remédios e do controle das seguradoras sobre os planos de saúde. Que exigissem educação gratuita universal para todos os norte-americanos. A ideia promovida por anarquistas como John Holloway, de que se pode mudar o mundo sem tomar o poder é ideia inútil. Tenho grande, enorme respeito pelos anarquistas que mobilizam e lutam pelos direitos dos imigrantes. Mas critico muito os que constroem teorias de uma política sem política. É indispensável ter um programa político. Os anarquistas espanhóis, verdadeiros anarquistas, tinham verdadeiro programa político. Esse novo anarquismo que temos visto não leva a coisa alguma. E o mais provável é que metade dos grupos hoje atuantes já estejam infiltrados. Hoje já sabemos quantos havia, de gente do FBI, no Partido Comunista e no grupo dissidente trotskista. Eram muitos, muitos. Nas votações, quem votava era gente do FBI.
Ali disse que:
(...) o fracasso dos cidadãos, que não conseguem construir movimentos de massa para desmontar o estado de total vigilância sobre os cidadãos logo depois de tudo que Edward Snowden revelou foi exemplo de o quanto estamos todos mergulhados num mesmo autoengano, numa mesma autoilusão; e de nossa cumplicidade na opressão que se aplica contra nós mesmos. O culto do indivíduo e da autoimagem – que já beira o autismo – produto da propaganda das empresas e do empreendedorismo neoliberal, infecta todos os aspectos da sociedade e da cultura, e leva à paralisia.
Edward Snowden |
Hollywood deu um prêmio Óscar a “Citizenfour”, e aí é o mais longe que vai – diz Ali. Como se fosse importante. E aí está o mais assustador: não brotou nenhum movimento por direitos civis, que unisse os cidadãos contra a vigilância em massa. O neoliberalismo realmente destruiu completamente a solidariedade e a empatia, auxiliado por novas tecnologias. É a cultura do narcisismo mais autista.
Ali previu que a atual onda de especulação global resultará em mais um crash financeiro. Esse novo crash fará nascer movimentos, as pessoas dirão “Basta!” Se esses movimentos derem origem a programas políticos radicais, com visão diferente, socialista, da sociedade, nosso “capitalismo autoritário” poderá ser enfrentado. Mas se não houver essa visão socialista, se a revolta for simplesmente reativa, as coisas ainda piorarão. O epicentro dessa luta, disse ele, será nos EUA.
Se nada acontecer nos EUA, se nada de novo for criado para desafiar o império e seus excessos sistêmicos, será situação muito ruim para todos nós – diz ele. Será a danação para todos, se nada acontecer nos EUA.
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[*] Chris Hedges, repórter laureado com Prêmio Pulitzer, mantém coluna regular em Truthdig às 2as-feiras. Formou-se na Harvard Divinity School e foi durante quase duas décadas correspondente no exterior do The New York Times. Hedges é autor de 12 livros, entre os quais War Is A Force That Gives Us Meaning, What Every Person Should Know About War, e American Fascists: The Christian Right and the War on America o best-seller (New York Times), Days of Destruction, Days of Revolt (2012), do qual é coautor, com o cartunista Joe Sacco. Seu livro mais recente é Empire of Illusion: The End of Literacy and the Triumph of Spectacle.
[*] Tariq Ali (nasceu em Lahore, hoje Paquistão, em 21/10/1943) é escritor e ativista. Escreve periodicamente para o jornal The Guardian e para a New Left Review e London Review of Books. Estudou na Universidade do Punjab. Devido aos seus contatos com movimentos estudantis e temendo por sua segurança, seus pais o enviaram à Inglaterra. Estudou Ciências Políticas e Filosofia em Oxford. Foi o primeiro paquistanês a ser eleito presidente do Diretório Central dos Estudantes daquela universidade inglesa.
Sua notoriedade teve início durante a Guerra do Vietnã, quando manteve debates com personagens centrais, tais como Henry Kissinger. Tornou-se um crítico ferrenho das políticas externas dos Estados Unidos e Israel. Ali é um crítico das políticas econômicas neoliberais e esteve presente nas edições de 2003 e 2005 do Fórum Social Mundial, tendo sido um dos dezenove signatários do Manifesto de Porto Alegre.
Publicou mais de uma dezena de livros sobre História e Política Internacional, além de várias novelas ficcionais. Seu livro mais recente é Bush na Babilônia: a Recolonização do Iraque, publicado no Brasil pela Editora Record, além de Confronto de fundamentalismo, Redenção e Mulher de Pedra.
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