segunda-feira, 12 de julho de 2010

Irã: preparativos

Os preparativos continuam no grande teatro do Médio Oriente.

Não sabemos quando a peça terá lugar, mas, como vimos em outras ocasiões, um confronto decisivo entre o Irã dum lado e EUA e Israel do outro parece coisa inevitável.

Palavras de Barack Obama na entrevista ao Canal 2 da televisão israelita, após a reunião com Netanyahu:
Eu acho que as relações entre os EUA e Israel são suficientemente apertadas para que nenhum dos dois tente surpreender o outro [...] Em vez disso, tentamos ser coordenados nas questões que têm a ver com os dois Países e acho que o primeiro-ministro Netanyahu está empenhado nesta atitude

Numa de suas primeiras apresentações ao público através da televisão israelense, Obama insistiu em que "é inaceitável que o Irã tenha armas nucleares" e disse que "faremos tudo o que está ao nosso alcance para impedi-lo".

Porque o Irã não pode deter uma arma nuclear enquanto Israel está na posse de 200 ogivas nucleares é coisa que o Prémio Nobel da Paz não esclarece; todavia acrescenta que:
Todas as evidências sugerem que eles [o Irã, NDT] estejam a desenvolver uma bomba nuclear. Acabamos de aprovar sanções mais duras contra este País. [...] Temos a intenção de aumentar o preço permanentemente para que paguem o programa nuclear. Será que isso funciona? Não sei, mas deixamos a porta aberta para uma solução diplomática, embora eu não tenha descartado nenhuma alternativa."

Entretanto, eis que surge do nada um ex-agente secreto do Irã, que agora passou para a CIA, que não tem dúvida: o Irã atacará Israel, os Países do Golfo Pérsico e até a Europa.

"Kahlili" (nome fictício), numa das suas primeiras aparições públicas para apresentar a própria última fadiga, o livro "Tempo de Traição: a incrível vida de um agente da CIA na Guarda Revolucionária do Irã", afirmou o seguinte:
Este é um regime messiânico. Não deve haver nenhuma dúvida sobre isso: cometerão o atentado suicida mais terríveis da história da humanidade. Eles vão atacar Israel, as capitais europeias e a região do Golfo Pérsico, ao mesmo tempo.

Ao mesmo tempo? Nada mais, nada menos?

E pensar, como sublinha o deputado russo Victor Ilyukin, que estamos a falar dum País, o Irã, que ao longo de séculos de coexistência com outras nações nunca lançou uma guerra contra qualquer um dos seus vizinhos.

Pode dizer-se o mesmo de Israel ou dos Estados Unidos?

Ipse dixit.

segunda-feira, 12 de Julho de 2010 - extraído do Informação Incorreta