segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Líbia, Síria e agora Ucrânia – Revolução Colorida à força

27/1/2014, [*] Moon of Alabama
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Roupas usadas pelos "Black bloc"  e recomendadas por organização
financiada pela CIA. (Clique na imagem para aumentar)
As mesmas forças que instigaram manifestações em 2011 na Síria agora instigam as mesmas manifestações na Ucrânia. Isso, pelo menos, o que se conclui do fato de que os mesmos impressos e desenhos são usados para treinar manifestantes “decididos”, dispostos a enfrentar tudo e todos.

Que outra explicação haveria para os dois panfletos que se veem na imagem aqui incluída, um escrito em árabe, o outro em letras cirílicas?

As manifestações e a ocupação de prédios do governo, ações nos dois casos ilegais, são igualmente brutais; como são ilegais e brutais os ataques criminosos contra policiais e outras forças do estado. Na Síria, a parte “muscular” da violência ficou a cargo de jihadistas pagos por interessados estrangeiros; na Ucrânia, foram usadas gangues de neonazistas.

As manifestações e os ataques contra o estado ucraniano são planejados e andam juntos. Nada há de “pacífico” nas manifestações de rua em Kiev.

As manifestações de rua são só fachada, espécie de ação de Relações Públicas, para encobrir o ataque contra o estado ucraniano. E políticos e agentes da empresa-imprensa imediatamente se puseram a manifestar “preocupações” e a ver “grave ameaça” nas respostas absolutamente legais e normais que o estado ucraniano deu àquelas manifestações nada pacíficas. Lixo e mais lixo: tudo está sendo feito para mascarar o apoio ocidental aos manifestantes nacionalistas neonazistas e para gerar cada vez mais violência.

Neonazistas ucranianos paramentados conforme recomendado pela CIA aos "Black bloc"
O objetivo é “mudança de regime”: mudar regimes de governos legítimos, por regimes de governos de alguns pequenos grupos. No caso de o regime legítimo resistir, o “plano B” é destruir o estado e toda a sociedade. Sobre isso, ninguém manifesta “preocupação” alguma, nem ninguém vê aí qualquer “grave ameaça”.

Vários veículos da imprensa-empresa alemã repetiram hoje essa mesma conversa sobre “manifestações pacíficas”, e nem uma palavra sobre os policiais que, em Kiev, estão sendo agredidos com coquetéis Molotov.

O que está acontecendo é absolutamente claro, e a imprensa-empresa faz o mesmo jogo dos políticos, dos militares e dos serviços secretos que estão agindo por trás dessas “revoluções”.

As velhas “revoluções coloridas” já se tornaram óbvias demais, e o modelo perdeu a serventia. O conceito então foi expandido: passou a usar amplamente a força, com mercenários armados e apoio externo para esses mercenários, com armas, munição, treinamento e outros meios.

Depois da Líbia, onde forças gadaffistas ainda resistem, a Síria foi destruída e, agora, o alvo é a Ucrânia. Provavelmente há listas de outros países a serem atacados por esses mesmos meios e planos. O que está realmente por trás das manifestações do parque-Gezi na Turquia? E por trás dos protestos em Bangkok? Há potências estrangeiras também por trás desses protestos? Ou não passam de macaqueação, por grupos locais, do que aprendem pela televisão e jornais? E onde entra o Egito, nisso tudo?

E qual a melhor defesa legítima que um governo pode construir para resistir?

E como devem os governos reagir contra esse tipo de ataque-intervenção?
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[*] “Moon of Alabama” é título popular de “Alabama Song” (também conhecida como“Whisky Bar” ou “Moon over Alabama”) dentre outras formas. Essa canção aparece na peça Hauspostille  (1927) de Bertolt Brecht, com música de Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês. Foi regravada por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e The Doors (1967). No Brasil, produzimos versão SENSACIONAL, na voz de Cida Moreira, gravada em “Cida Moreira canta Brecht”, que incorporamos às nossas traduções desse blog Moon of Alabama, à guisa de homenagem. Pode ser ouvida a seguir:


6 comentários:

  1. no sé mucho de lo de Bangkok pero en Egipto y Turquía no es macaqueacao

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    1. Es siempre lo mismo: "cambio de regimen"! En turquia no lo quierem más Erdogan. En Egipto quierem los milicos. Hoy esta maniobra es totalmente previsible...

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  2. Serviços de inteligência estadunidenses como a CIA,NSA e empresas como as Stratfor, empresa que mistura jornalismo, análise política e métodos de espionagem para vender “análise de inteligência” a clientes que incluem corporações como a Lockheed Martin, Raytheon, Coca-Cola e Dow Chemical etc..sempre estão por trás destes eventos.

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    1. A Strafor e o besteirol dela foram amplamente desmascarados pelos Anonymous dos EUA antes de serem presos ou processados. Os serviços de inteligência privada dos EUA vendem muita, mas muita PORCARIA e "encheção de linguiça" para arrancar milhões (até bilhões) de US$ do Pentágono e do Depto. de Estado e até dos milicos... Geralmente as empresas (como a Strafor) que prestam esses serviços fazem generosa rachuncha com os contratantes... Afinal, ninguém é de ferro!

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  3. Agora , apenas uma ressalva : A emissora da família marinho , a globoçal , e todo o pessoal da ditadura militar , também foram financiados por gente ligada a CIA do estados unidos da diretoria do hospício mundial .

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    1. O verdadeiro comandante do golpe MILICANALHA de 1964 no Brasil foi o General Vernon Walters, adido da Embaixada dos EUA. O Comandante Civil foi o Embaixador Lincoln Gordon dos EUA. Existiam vários órgãos financiadores do Golpe (a USAID é um deles, o IBAD é outro, etc.). Esse pessoal da Globo após ROUBAR o Canal 5VHF da OVC (Organizações Victor Costa) com documentos falsificados (está sub-júdice até hoje, mas você conhece a venalidade do nosso judiciário) aliou-se aos MILICANALHAS e ao grupo americano TIME-LIFE tornando-se donos da mídia eletrônica do Brasil.

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