terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Aaron Swartz (1986-2013), ativista, combatente da liberdade, “hacker”


12/1/2013, Pastebin
Aaron Swartz Suicide (excerto)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Aaron Swartz – gênio, menino prodígio que, muito jovem ajudou a inventar muito do que o mundo hoje entende como “era online”: co-desenvolveu RSS e Reddit e adiante tornou-se ativista – suicidou-se, aos 26 anos. O corpo foi encontrado na 6ª-feira, 11/1/2013, no Brooklyn, informou Ellen Borakove, porta-voz do Instituto Médico Legal de New York (12/1/2013]


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Declaração da Família de Aaron Swartz

13/1/2013. Remember Aaron Swartz
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Nosso filho bem-amado, amigo, companheiro Aaron Swartz enforcou-se na 6ª-feira em seu apartamento no Brooklyn. Estamos em choque, sem ainda acreditar que já não o temos conosco.

A curiosidade insaciável de Aaron, a criatividade, o brilho; a empatia reflexiva, a capacidade de doar-se sem egoísmo, o amor ilimitado; a recusa a aceitar a injustiça como inevitável. Somos gratos pelo tempo que o tivemos entre nós. Agradecemos a todos que o amaram e o defenderam e a todos que continuam a fazer o trabalho que Aaron sempre fez, por um mundo melhor.

O comprometimento de Aaron com a justiça social foi profundo e definiu-lhe a vida. Aaron foi essencial para derrotar a legislação de censura à Internet; combateu por um sistema político mais democrático, aberto e transparente; e ajudou a criar, construir e preservar um quantidade quase inacreditável de projetos acadêmicos, que ampliaram o objetivo e a acessibilidade do conhecimento humanos para todos. Usou sua inteligência prodigiosa e suas vastíssimas capacidades como programador e tecnólogo, não para obter riqueza pessoal, mas para fazer da Internet e do mundo espaços de vida melhor e mais justa. Seus escritos alcançaram corações e mentes de mais de uma geração, em todos os continentes. Conquistou a amizade de milhares e o apoio de milhões de pessoas.

A morte de Aaron não é simples tragédia pessoal. É efeito de um sistema de justiça criminal contaminado pela intimidação e pela perseguição ilegal, descabida, inadmissível, sem limites.

Decisões tomadas pelos agentes do Gabinete do Procurador Geral dos EUA no Estado de Massachusetts e no MIT empurraram Aaron, de fato, ao suicídio.

O Gabinete do Procurador Geral dos EUA lançou contra Aaron uma carga excepcionalmente violenta de acusações, que implicariam, no caso de condenação, em 30 anos de cárcere, como castigo para um crime alegado, do qual não há vítimas.

No processo quase inimaginavelmente doloroso de esperar por esse julgamento descabido, ao contrário de JSTOR [sigla de Journal Storage] [1] que o apoiou e defendeu., a direção do Massachusetts Institute of Technology, MIT não defendeu Aaron nem os mais solenes princípios de sua própria comunidade acadêmica e científica.

Hoje, todos choramos a perda desse homem extraordinário.

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Nota dos tradutores
[1] JSTOR  é um sistema online de arquivamento de periódicos acadêmicos sediado nos Estados Unidos, fundado em 1995, que reúne bibliotecas de todo mundo. Leia também sobre JSTOR-USP.  

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