20/12/2013, Mohamed Salami, Al-Manar TV - (vídeo leg. em ing. 1h 17 ')
Excerto do discurso traduzido
pelo pessoal da Vila Vudu
O
secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que o Partido
combate na Síria uma guerra pela existência do Líbano, da Síria e da Palestina,
não guerra por privilégios privados.
Na cerimônia
em memória do mártir comandante Hassan Lakkis, no complexo de Sayyed Shohadaa,
Sayyed Nasrallah disse que facções takfiri sírias ameaçam agora todos os
que se opõem a eles e enfrentam também lutas internas.
A guerra não ameaça minorias, mas todos os
sírios e os libaneses de todas as seitas – Sayyed Nasrallah acrescentou. – A maioria dos soldados do Exército Sírio é
sunita. Essa não é guerra sectária.
O Hezbollah está sendo falsamente acusado de
todos os problemas libaneses, por causa da participação na guerra síria – disse Sua
Eminência. – O Hezbollah manterá sua
participação na guerra síria, apesar de todas as essas acusações.
O
secretário-geral do Hezbollah conclamou o Movimento 14 de Março a parar de
apostar no fim da guerra do Hezbollah na Síria.
O Hezbollah não tem qualquer objeção em revelar
o número de seus mártires na Síria, e os que tentam atingir o Hezbollah com
campanha de propaganda antagonista desrespeitam os mártires e suas famílias. Nossos
mártires nos honram. Nossos mártires são nossa dignidade” – repetiu
Sayyed Nasrallah. O Hezbollah não comprometerá a resistência e a
participação na guerra síria, pensando em obter poder no Líbano. Nossa guerra
na Síria trava-se em seu próprio contexto estratégico e não visa a obter ganhos
locais.
Sayyed
Nasrallah alertou contra as tentativas de algumas potências regionais, de
atacar a segurança e a estabilidade libanesas, porque aquelas tentativas
fracassarão. Todos os libaneses devem estar conscientes, para enfrentarem esse
perigo takfiri.
Hassan Lakkis |
Os assassinos
do mártir Lakkis serão punidos
O
secretário-geral do Hezbollah disse que:
(...) o Partido punirá, mais cedo ou mais tarde,
os assassinos do mártir Lakkis, um dos que sacrificaram a vida pela
resistência. Os assassinos não estarão seguros, estejam onde estiverem. Não
revelaremos as realizações do mártir, porque estão diretamente relacionados aos
segredos da resistência.
Sayyed
Nasrallah acrescentou que:
(...) todas as evidências que o Hezbollah já
reuniu apontam para o envolvimento do inimigo israelense naquele crime. O
Hezbollah entende que esse assassinato vem no contexto da batalha básica que se
trava contra o inimigo israelense.
Sayyed
Nasrallah disse que:
(...) o mártir Hassan Lakkis era homem de mente
inovadora e brilhante.
Disse que era
seu amigo, há muito tempo:
Durante a guerra, o mártir Lakkis estava sempre
no campo de batalha, onde foi comandante responsável e criativo. O máritr
Hassan Lakkis, que era trabalhador incansável, sempre disposto ao sacrifício e
homem de boas maneiras, teve imensa participação nas conquistas da resistência.
“Não
aconselho ninguém a formar qualquer governo de
fato”
Sobre as
questões políticas do Líbano, Sayyed Nasrallah conclamou à formação de um
governo de unidade nacional, que será responsável por todos os libaneses.
Sobre as
notícias que falam da formação de um governo “de fato”, Sayyed Nasrallah
alertou:
Não aconselho ninguém a formar qualquer governo
“de fato”.
O líder do
Hezbollah entende que as eleições presidenciais serão grande oportunidade para
que o povo libanês prove que é povo soberano, quando eleger livremente um novo presidente,
na hora aprazada.
Nesse caso, dia 25 de maio não será só o Dia da
Libertação e da Resistência, mas também dia da independência e da soberania
verdadeiras.
Todos os partidos políticos devem trabalhar
para preencher o vácuo que se vê na posição do presidente, e o Hezbollah tem
seu candidato forte, disse Sua Eminência.
“Devemos
considerar a Declaração de Trípoli como anúncio de guerra?”
Para o
secretário-geral do Hezbollah, a mudança de tom na Declaração de Trípoli é
grave escalada na retórica política libanesa. Disse que entende que haja duas
interpretações possíveis para aquela declaração.
A primeira, é que visa a cortar todas as vias
de diálogo com o Hezbollah e iniciar uma guerra contra nós, e isso é clara
conclamação para nos matar e nos excluir.
A segunda é que o Movimento 14 de Março quer
enfraquecer o Hezbollah, mas está obrigado a respeitar seu próprio público que
se comunica conosco, mesmo depois de eles nos terem acusado – observou
Sua Eminência.
Pediu que o
Movimento 14 de Março explique aquela declaração, que a esclareça, porque
(...) o Hezbollah não visa a fazer guerra contra o
14 de Março, mas, exclusivamente, contra a entidade sionista.
Sayyed
Nasrallah falou ao Movimento 14 de Março, dizendo que:
(...) o Hezbollah não tem planos de guerra, e não
aceitará ser envolvido em guerra alguma.
Sayyed
Nasrallah conclamou os partidos a usar retórica política moderada.
Sobre os
ataques terroristas contra o exército libanês, Sayyed Nasrallah disse que:
(...) são mais perigosos que as outras explosões
que atingiram o país, e que o Hezbollah não fez qualquer declaração oficial
sobre os ataques, para não ser acusado de os estar explorando.
Sayyed
Nasrallah conclamou todos os partidos a proteger o exército libanês que protege
o Estado, a segurança e a estabilidade no Líbano.
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