10/9/2013, [*] Paul Craig
Roberts – Institute for Political
Economy
Traduzido
pelo pessoal da Vila Vudu
Joseph Stiglitz e Linda Bilmes |
Washington
está em guerra há 12 anos. Segundo especialistas como Joseph Stiglitz e Linda
Bilmes, essas guerras já custaram cerca de 6 trilhões de dólares aos
norte-americanos, o suficiente para manter sólidos, por anos, a Seguridade
Social e Medicare.
Erik Shinseki |
E depois de 12 anos de guerra, os EUA só têm a exibir gordos
saldos bancários para a indústria de armamento e uma lista de países destruídos,
com milhões de mortos e deslocados que jamais levantaram um dedo contra os EUA.
O
custo pago pelos soldados e pelos contribuintes norte-americanos é extremo. O
Secretário para Assuntos dos Veteranos, Erik Shinseki, relatou em novembro de
2009, que:
(...)
morreram mais veteranos por suicídio
desde 2001 que o número de soldados que perdemos nos combates no Iraque e no
Afeganistão.
Jim Lacey |
Temos
muitos milhares de soldados amputados e com lesões cerebrais traumáticas. Na
Academia Militar do Corpo de Marines, Jim Lacey calculou um custo de $1,5
bilhão, por membro da al-Qaeda no Afeganistão. Muitos soldados dos EUA e da
coalizão pagaram com a vida por cada membro morto da al-Qaeda. Aquela guerra
jamais fez sentido algum, em nenhum campo.
As
guerras de Washington destruíram a imagem favorável que os EUA construíram ao
longo das décadas da guerra fria. Já ninguém fala da “esperança da humanidade”;
hoje os EUA são vistos como ameaça, país em cujo governo ninguém pode confiar.
As
guerras que deixaram em farrapos a reputação dos EUA são consequência do 11/9.
Norman Podhoretz |
Os neoconservadores que pregam a hegemonia dos EUA sobre o mundo exigiram “um
novo Pearl Harbor” que lhes permitiria lançar suas guerras de conquista. O plano
deles para conquistar o Oriente Médio como ponto de partida está contido no
documento “Projeto para o Novo Século Americano” [orig. Project for the New American
Century] dos conservadores. Foi o que disseram claramente
Norman Podhoretz, editor da revista Commentary, e também muitos
neoconservadores.
O
argumento dos neoconservadores resume-se a declararem que a história escolheu o
“capitalismo democrático”, não Karl Marx, como futuro. Para acompanhar essa
escolha da história, os EUA têm de engordar seus militares e impor a Via
Americana a todo o planeta.
Em
outras palavras, como escreveu Claes Ryn, os neoconservadores norte-americanos
são os “novos jacobinos”, referência à Revolução Francesa de 1789 que tentou
derrubar a Europa aristocrática e substituí-la por “Liberdade, igualdade,
fraternidade”, mas, em vez disso, deu à Europa 25 anos de guerra, morte e
destruição.
Ideologias
são perigosas porque são imunes a fatos. Agora, quando os EUA já não são
governados pela Constituição dos EUA, mas por uma ideologia alucinada que gerou
um estado policial doméstico muito mais fechado que o da Alemanha Oriental
Comunista e um estado de guerra que ataca países soberanos “por causa” de um
monte de mentiras, os EUA têm de tentar sobreviver à ironia de Rússia e China
terem de agir para limitar a capacidade de Washington para impor o mal, a morte
e a destruição pelo mundo inteiro.
Os
dois “estados párias” do século 20, são hoje a esperança da humanidade para o
século 21!
Como
Oliver Stone e Peter Kuznick provam em seu livro The Untold History of the
United States [1] [História Não Contada dos
EUA], o governo dos EUA jamais fez por merecer a boa reputação que teve.
Washington conseguiu com muito sucesso encobrir seus crimes sob muitas camadas
de linguajar moralizante e ocultando-os sob sete chaves de segredo. Só décadas
depois dos eventos é que a verdade surge à tona.
Por
exemplo, dia 19/8/1953, o governo democraticamente eleito no Irã foi derrubado
por golpe instigado pelo governo dos EUA. 60 anos depois do ocorrido, documentos
da CIA afinal liberados para o público detalham a operação secreta da CIA que
derrubou aquele governo democrático e instalou no Irã, impondo-o ao povo
iraniano, como governante, um fantoche de Washington.
Os documentos que acabam de ser abertos à
consulta pública não poderiam ser mais claros:
O
golpe militar que derrubou Mossadeq e seu gabinete da Frente Nacional foi
executado sob direção da CIA, como ato de política externa dos EUA, concebido e
aprovado nos mais altos escalões do governo.
No
século 21, Washington tentou repetir o feito de 1953 e derrubar o governo do
Irã, daquela vez usando uma falsa “revolução verde” paga por Washington.
Fracassou. Então, Washington tentará ação militar.
Se
60 anos é o tempo necessário para que se conheçam os crimes de Washington, o
governo dos EUA só admitirá a verdade sobre o 11/9/2001 no dia 11/9/2061. Hoje,
em 2013, 12º aniversário do 11/9, só faltam 48 anos para que Washington admita a
verdade. Infelizmente os membros do “Movimento Verdade sobre o 11/9” não estarão
vivos para saborear a revanche.
Mas,
do mesmo modo como há décadas já se sabe que Washington derrubou Mossadeq, nós
também já sabemos que a história oficial do 11/9 é um amontoado de sandices.
O ataque ao World Trade Center em 11/9/2001 |
Não
há prova alguma que confirme a história que o governo insiste em repetir. A
Comissão 11/9 nunca passou de grupo conservador operado por um agente
neoconservador da Casa Branca. Os membros da Comissão sentaram-se, ouviram a
história que o governo contou e escreveram o “relatório”. Não se fez nenhuma
investigação, de nenhum tipo. Um dos membros da Comissão renunciou, dizendo que
nada, ali, era confiável. Depois que o relatório foi publicado, ambos, o
presidente e o principal assessor jurídico da Comissão escreveram um livro para
oficial e cabalmente se desassociarem do relatório. A Comissão 11/9 foi “montada
para fracassar”, escreveram.
O
relatório do National
Institute of Science and Technology (NIST)
sobre o colapso estrutural das torres gêmeas não passa de simulação construída
em computador, a partir de dados selecionados para produzir aquele
resultado.
O NIST recusa-se a distribuir sua explicação-fraude para ser avaliada por
especialistas. A razão é óbvia: a explicação-fraude para o colapso estrutural
das torres não sobreviverá a nenhum exame especializado.
Há
muitas Organizações da Verdade sobre o 11/9, cujos membros são arquitetos,
engenheiros, físicos, químicos e nanoquímicos, pilotos militares e civis,
bombeiros e primeiros-socorristas todos altamente qualificados, e as famílias do
11/9. Esses especialistas já recolheram provas que desmascaram os relatórios
oficiais.
Já
está provado conclusivamente que o Prédio 7 do World Trade Center caiu em queda livre,
o que só é possível em ambiente de demolição controlada que remova a resistência
abaixo, de modo que o prédio cai de cima para baixo, e as partes inferiores não
oferecem qualquer resistência que se tem de esperar em estruturas intactas. O
NIST já reconheceu isso. Mas não alterou o relatório.
Em
outras palavras, nos EUA de hoje, as negativas oficiais têm precedência sobre os
cientistas e, até, sobre fatos comprovados.
Nesse
12º aniversário de evento criminoso, não me parece desnecessário relatar a
imensa quantidade de provas que provam que a história oficial é uma mentira.
Você mesmo pode ler. Tudo é acessível online. Leiam o que arquitetos e
engenheiros têm a dizer. Leiam relatos dos cientistas. Ouçam o que dizem os
primeiros socorristas que chegaram às torres do WTC. Pode-se ler o que os
pilotos dizem das manobras associadas ao avião que supostamente teria atingido o
Pentágono, e que com absoluta certeza não foram executadas por pilotos
inexperientes.
Há os vários livros de David
Griffin. Pode-se assistir ao filme produzido pelos arquitetos do grupo “Richard Gage and Architects &
Engineers para a verdade sobre o 11/9”. Pode-se ler o 9/11 Toronto Report, International
Hearings on 9/11.
Na
verdade, ninguém precisa de nenhuma prova construída por especialista para saber
que a história contada pelo governo dos EUA é falsa. Como já disse antes, se um
pequeno grupo de jovens nativos da Arábia Saudita, os supostos sequestradores
dos aviões do 11/9, tivessem feito o que fizeram, sem apoio do governo e de
nenhuma agência de inteligência (não só a CIA e o FBI, mas todas as 16 agências
de inteligência dos EUA, os serviços de inteligência dos aliados de Washington
na OTAN, o Mossad israelense, o Conselho de Segurança Nacional, NORAD, o
Estado-Maior, o Controle do Tráfico Aéreo e a Segurança dos Aeroportos – que
foram burladas quatro vezes em uma hora, na mesma manhã) – a Casa Branca, o
Congresso e a mídia estariam obrigados a investigar muito, até saber como todas
essas agências e todo o Estado de Segurança, pode-se dizer, mundial, teriam
fracassado tão completamente, no mesmo momento. E, nesse caso, movidos por
interesse que todos esses prezam muito: a própria segurança deles.
Em
vez disso, o presidente dos EUA e todos os funcionários de seu governo
resistiram furiosamente a qualquer investigação. Só depois de um ano de
demandas, com a crescente pressão das famílias das vítimas, é que se constituiu
a Comissão 11/9, e para nada investigar.
Ninguém
no governo foi responsabilizado pelo fracasso espantoso. O estado de segurança
nacional deu-se por derrotado por um punhado de muçulmanos esfarrapados, armados
com facas de cozinha, e por um velho doente, fragilizado por doença renal grave,
escondido numa caverna no Afeganistão. Nenhuma cabeça governamental rolou.
A
evidência mais clara, visível, de que 11/9 não é o que o governo diz que seria é
a obcecada resistência do governo, que absolutamente não acolhe nenhuma demanda
para que investigue o evento que é o maior embaraço imposto a uma
“superpotência” na história do mundo. O governo dos EUA não quis nenhuma
investigação, porque a história inventada para encobrir a verdade não resistirá,
se for investigada.
O
governo norte-americano confiou nas megacorporações da empresa-imprensa, em
cujas mãos o corrupto governo Clinton entregou a mídia norte-americana. Ao
apoiar, em vez de investigar, a falsa história que o governo contava, a mídia
abandonou a maioria dos norte-americanos, que são sensíveis à influência “dos
meios”, deixou-os sem qualquer apoio para as próprias dúvidas. A verdade é que o
Ministério da Propaganda dos EUA validou a falsa história que o governo contou.
Fatos
corriqueiros da vida diária dos norte-americanos bastam, para refutar a história
oficial. Seu forno autolimpante, por exemplo. Quantos norte-americanos temos
fornos autolimpantes? 30 milhões? Mais? Você, leitor, tem forno autolimpante?
Sabe
que temperatura alcançam os fornos autolimpantes? O ciclo de autolimpeza opera
por várias horas à temperatura de 482 graus Celsius. O seu forno autolimpante,
por acaso, derrete ao alcançar 482 graus Celsius? Claro que não. O aço de 1/8 de
polegada, fino, do seu forno amolece, e o forno desaba? Não. Nem amolece nem
desaba.
Com
essa informação em mente, leia o seguinte:
Conforme
testes realizados pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), só 2%
de todo o aço do WTC testado fora submetido a temperaturas de, no máximo 250
graus Celsius; cerca de metade da temperatura de seu forno autolimpante. É
possível acreditar que temperaturas assim tão baixas, em áreas tão pequenas da
superfície das torres, amoleceriam grossas colunas de aço denso, que se
curvariam e assim provocariam o colapso do prédio? Se você responder que sim,
então, por favor, me diga por que o seu forno autolimpante não amolece e desaba
cada vez que você o faz autolimpar-se.
Foi
desenvolvido um método que usa observações microscópicas de rachaduras no
revestimento de tinta para determinar se os elementos de aço receberam
temperaturas acima de 250 graus C. Examinaram-se mais de 170 áreas (...). Só
três pontos apresentaram resultados que indicam que o aço e a cobertura de tinta
alcançaram temperaturas superiores a 250 graus C.
A
análise de microestruturas de aço não observou evidências de exposição a
temperaturas superiores a 600 graus por tempo significativo.
Na
Seção 3.6 do mesmo relatório
NIST o NIST afirma:
O NIST crê que essa
amostra de aço das torres do WTC é adequada para os objetivos da investigação.
Vista aérea do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) (clique na imagem para aumentar) |
Como
é possível que tenham escrito tais coisas? Minha explicação é que os cientistas
do NIST, temerosos ante a ameaça contra seus empregos e empregabilidade
futura, e em pânico ante a ordem para produzir relatório falso, deram jeito de
incluir informação que seus chefões políticos não compreenderiam. Ao declarar
inequivocamente as temperaturas reais, os cientistas do NIST espalharam
pistas de que todo o relatório era mentiroso e o relatório havia sido produzido
sob coerção.
O
ponto de fusão do aço é próximo de 1.500 graus Celsius. O aço perde força a
temperaturas inferiores, mas os cientistas do NIST relataram que só
pequena porção do aço chegou a ser submetido a temperaturas moderadas,
inferiores à temperatura sob as quais operam normalmente os nossos fornos
autolimpantes domésticos.
Quem
queira pensar um pouco mais sobre isso, arranje um exemplar do livro The Making of the Atomic
Bomb [A produção da bomba atômica] de Richard Rhodes. Dê uma
olhada no bonde da foto n. 108. A legenda diz:
A
bola de fogo de Hiroshima fez a temperatura de superfície alcançar
instantaneamente, em toda a área até uma milha do hipocentro, bem mais de 1.000
graus F.
O
bonde está convertido num monte de aço? Não. Está estruturalmente intacto; está
preto, porque a tinta queimou.
Cogumelos formados pelas bombas atômicas de Hiroshima (E) e Nagasaki (D) |
Washington
quer que você acredite que aço que sobreviveu intacto à bomba atômica derreteria
em exposição rápida a baixa temperatura, e em incêndios em escritórios isolados.
O que pensar de governo para o qual todos somos perfeitos idiotas?
Por
que apoiar governo que mente cada vez que abre a boca?
Minha
opinião é que o fogo no WTC, limitado, de curta duração e baixa temperatura,
sequer, aqueceu as massivas estruturas de aço ao ponto de elas parecerem mornas
ao tato. Além do mais, nenhuma coluna derreteu ou deformou-se pelo amolecimento.
As colunas foram partidas em pontos específicos por cargas de altíssima
temperatura colocadas nas próprias colunas.
Nesse
12º aniversário do 11/9, pergunte a você mesmo se você deseja acreditar que
temperaturas que não chegaram nem à metade das temperaturas que você opera em
casa, no seu forno autolimpante, teriam sido a causa do desmoronamento de três
torres gigantes de aço, e as reduziram a poeira.
Em
seguida pergunte a você mesmo por que o governo dos EUA supõe que você seria tão
totalmente estúpido, a ponto de acreditar no conto de fadas que o governo dos
EUA contou a você sobre o 11/9.
Nota dos
tradutores
[1] Há também um documentário Oliver Stone’s Untold History Of The United
States (A História Não Contada dos Estados
Unidos). Ver também, em português, entrevista com Oliver Stone sobre o
documentário.
___________________________
[*]
Paul Craig Roberts
(nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do
Creators
Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração
Reagan e foi destacado como um co-fundador da Reaganomics.
Ex-editor e colunista do Wall Street Journal, Business Week
e Scripps Howard News Service. Testemunhou
perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política
econômica.
Durante
o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch,
escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde
Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a
proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como
habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes
de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra
contra o terror, e criticando as
políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto
de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade
de Virginia, pós-graduação na Universidade
da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford
University.
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