segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Multidões nas ruas, na festa de 34 anos da Revolução Islâmica


10/2/2013, Al-Manar TV, Líbano (ed. em francês)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Milhões comparecem à manifestação na entrada da Praça Azadi em Teerã
Milhões de iranianos começaram a reunir-se nesse domingo pela manhã em Teerã e em outras cidades do país, para participar das comemorações que marcaram o 34º aniversário da Revolução Islâmica.

Na capital Teerã e em outras cidades do país, enormes concentrações populares mostraram, mais uma vez, que o povo iraniano mantém-se coeso em torno dos princípios da Revolução Islâmica. Os líderes renovaram o compromisso com o desejo do povo e saudaram os sucessos científicos e tecnológicos que a República Islâmica obteve ao longo dos últimos anos.

Vista aérea da entrada da Praça Azadi
Aiatolá Khamenei
A multidão convergiu para a Praça Azadi de oito pontos diferentes, carregando bandeiras, imagens do fundador da República Islâmica, aiatolá Sayed Rouhollah Khomeiny e de seu sucessor, o aiatolá Sayed Ali Khamenei, além de bandeiras da Palestina, do Hamás e do Hezbollah. Ouviam-se slogans de “Morte aos EUA” e “Morte a Israel” – inimigos jurados do regime islâmico. Houve manifestações em todo o país, principalmente nas grandes cidades de Machhad, Ispahan, Shiraz e Kerman.

Sob o slogan “A epopeia da unidade e da participação popular”, os participantes condenaram as pressões políticas e o embargo econômico impostos contra a República Islâmica pelas forças da arrogância mundial, desde o início da Revolução Islâmica.

No comunicado final, lançado depois das grandes manifestações populares, o governo do Irã reiterou o direito de o país usufruir dos benefícios da energia nuclear usada para finalidades pacíficas e o direito de o Irã ter reconhecidos seus direitos, como condição inarredável a ser alcançada antes do início de quaisquer negociações. O documento exige também o fim de quaisquer intromissões políticas descabidas e injustas no programa nuclear pacífico do país.

Bandeiras e faixas atiradas sobre a Praça Azadi pouco antes do início das comemorações
“O povo iraniano está decidido, mais que nunca, a defender sua unidade. Qualquer tentativa de desestabilizar o Irã é traição ao povo, à revolução e ao governo democrático islâmico do Irã” – lê-se no comunicado final. “O Irã perseverará na resistência contra os projetos dos inimigos e mantém-se unido em torno da fala ilustrada do Líder Supremo da Revolução”.

Aiatolá Khomeiny
Dia 11/2/1979, dez dias depois do retorno triunfal, do exílio na França, do aiatolá Khomeiny, os revolucionários derrubaram o regime imperial e pró-ocidente do Xá Mohammad Reza Pahlavi e ocuparam os vários centros do poder, sem qualquer interferência do Exército, para assim implantar no Irã uma República Islâmica.

As manifestações desse domingo acontecem quando as grandes potências da arrogância mundial tentam impedir que a República Islâmica dê prosseguimento ao seu programa nuclear para finalidades pacíficas. Pesquisa recentemente divulgada pelo Instituto Gallup dos EUA mostrou que a grande maioria da população iraniana defende o programa nacional nuclear.

Ahmadinejad: “Washington que mude de tom, se quer diálogo bilateral”

Ahmadinejad discursa para os manifestantes
Em discurso em Teerã, o presidente iraniano denunciou as sanções norte-americanas contra seu país e disse que a proposta dos norte-americanos, que começam a solicitar diálogo bilateral com o Irã sobre a questão nuclear é “mudança de atitude muito necessária, mas não suficiente”.

Falando diretamente aos governantes dos EUA, Ahmadinejad disse:

Vocês já fizeram de tudo para tentar impedir-nos de prosseguir em nossas pesquisas para dar utilização pacífica às nossas capacidades nucleares e fracassaram sempre. Não há dúvida de que a melhor solução é a cooperação e o entendimento. Baixem as armas que mantêm apontadas contra o Irã, e eu mesmo aceitarei negociar com vocês. Mas terá de ser diálogo respeitoso, com justiça e equilíbrio, não sob pressão.

Ahmadinejad conclamou os iranianos a manterem-se “unidos sob o comando do Líder Supremo”, ao qual compete a última palavra sobre atividades nucleares e a diplomacia iraniana, e advertiu os EUA:

A nação iraniana não renunciará a um iota (não recuará um milímetro) de seus direitos legítimos na questão nuclear.

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