5/2/2013, Cora Currier*, ProPublica [versão orig. 11/1/2013,
atualizada e corrigida]
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Drone U.S. Air Force MQ-1 Predator (foto USAF)
|
É
possível que você já tenha ouvido falar das “kill lists” – listas de
nomes de pessoas a serem assassinadas. Certamente você já ouviu falar dos drones. Mas os detalhes da campanha
que os EUA movem contra militantes no Paquistão, no Iêmen e na Somália – peça
chave da abordagem que o governo Obama optou por dar à segurança nacional –
permanecem envoltos em segredo. Aqui oferecemos um guia do que já sabemos e do
que ainda não sabemos.
Onde
se trava a guerra “dos
drones”? Quem faz
essa guerra?
Os aviões-robôs comandados à
distância, os drones, são a arma
de eleição do governo Obama para matar militantes fora do Iraque e do
Afeganistão. Os drones não são a única arma – também há notícias de ataques
aéreos tradicionais e outros. Mas segundo uma das estimativas
disponíveis, em mais
de 95% dos
assassinatos predefinidos executados depois de 11/9/2001, os alvos foram mortos
por drones. Uma das vantagens
dos drones é que os soldados norte-americanos fogem da
linha de fogo.
O primeiro ataque noticiado contra
a Al-Qaeda aconteceu
no Iêmen em 2002. A CIA aumentou muito o número de
ataques secretos
com drones no Paquistão, durante o governo George W. Bush em
2008.E sob o governo Obama o uso foi
drasticamente ampliado também no Paquistão e no Iêmen,
em 2011.
Mas a CIA não é a única agência a
atacar com drones. O exército
também já
admitiu “ação direta” no Iêmen e na Somália. Ataques
nesses países são executados sempre
secretamente por grupos do Comando Conjunto de
Operações Especiais [orig. Joint
Special Operations Command, JSOC]. A partir do 11/9, esse JSOC foi aumentado
e é hoje
dez vezes maior, e assumiu funções de coleta de
inteligência, além das funções de combate. (Por
exemplo, uma das equipes do
JSOC atuou na operação
que assassinou Osama Bin Laden).
Ataques de drones provocam a morte de civis e indignação no Paquistão |
A guerra de drones é lutada por controle remoto, a partir de
bases instaladas em território dos EUA e numa
rede de bases secretas espalhadas por todo o mundo. O Washington Post conseguiu obter alguma
informação sobre isso, examinando contratos de construção
nos quais havia itens não explicados – por exemplo na construção da base dos
EUA, numa minúscula nação africana, o Djibouti, da qual partem muitos dos
ataques contra Iêmen e Somália. Antes disso, no mesmo ano, a revista
Wired mapeou os atos de
guerra dos EUA contra o grupo militante
al-Shabaab da Somália, e a crescente presença militar dos EUA em toda a África.
O número de ataques no
Paquistão caiu em anos recentes, de um máximo de 100 em 2010, para
cerca de 46, ano passado. Mas o número de ataques contra o Iêmen cresceu,
chegando a mais de 40 ano passado. E só nos primeiros dez dias de 2013, já houve
sete
ataques no Paquistão.
O
JARGÃO DA GUERRA DOS DRONES
AUMF [Authorization for Use of
Military Force / Autorização para
Uso de Força Militar] é Lei do
Congresso dos EUA, aprovada
poucos dias depois dos ataques de 11/9, que dá ao presidente autoridade para
“usar toda a força necessária e apropriada” contra qualquer pessoa ou grupo
envolvido naqueles ataques ou que tenha dado abrigo a alguém neles envolvido.
Ambos, Bush e Obama exigiram para si amplos poderes para deter e matar suspeitos
de terrorismos, baseados nessa AUMF.
AQAP [Al-Qaeda in the Arabian
Península / Al-Qaeda na Península
Arábica] é o grupo afiliado à al-Qaeda que tem base no Iêmen, responsabilizado
pelo atentado a
bomba contra um avião no Dia de Natal de 2009. Ao longo do ano passado, os EUA aumentaram o
número de ataques com
drones contra a AQAP, nos
quais foram assassinados líderes do grupo e outras pessoas que não foram
identificadas como militantes.
DISPOSITION
MATRIX
[Matriz de alvos a serem dispostos (mortos)] É um sistema para rastrear
suspeitos de práticas de atos de terrorismo, e para classificá-los, com registro
de onde possam ser assassinados (ou capturados). O jornal Washington
Post noticiou esse outono que o sistema “Disposition
Matrix” é uma tentativa de codificar, em listas nas quais os alvos são dispostos
conforme sua importância relativa, para serem assassinados. Essas listas são as
chamadas “kill lists” [listas para matar] dos esquadrões oficiais da
morte dos EUA.
GLOMAR A expressão designa a
resposta a um tipo de pedido de informação sobre programa secreto, cuja
existência não possa ser nem confirmada nem negada. A palavra foi usada pela primeira
vez em 1968, quando a CIA disse a jornalistas que não podia “nem
confirmar nem negar” a existência [de um navio chamado] “Glomar Explorer”. Hoje,
a CIA
tem respondido a quem procure informação sobre seu programa de drones com “respostas GLOMAR”.
JSOC [Joint Special Operations Command /
Comando Conjunto de Operações Especiais] é segmento militar altamente secreto. É
o grupo que executou o assassinato de Bin Laden e, hoje conduz o programa
dos drones militares no Iêmen e na Somália. Trabalham
também na coleta de inteligência.
PERSONALITY
STRIKE
[Ataque “personalidade”] Designa o ataque a um indivíduo identificado como líder
terrorista.
SIGNATURE
STRIKE
[Ataque “assinatura”] Designa o ataque contra algum suspeito de ter atividade
política militante, mesmo que sua identidade seja desconhecida. Esses ataques
baseiam-se na análise de um “padrão de vida” – informação que a inteligência
reúna sobre comportamentos que façam pensar que um indivíduo seja militante
político. Esse tipo de ataque, que Bush inaugurou
no Paquistão, já é autorizado hoje também no
Iêmen.
TADS [Terror Attack Disruption Strikes / (aprox.) Ataques para interromper ação
terrorista], expressão usada às vezes em referência a ataques nos quais não se
conhece a identidade do alvo a ser assassinado. Funcionários do governo Obama têm
dito que os
critérios para os
TADS são diferentes dos
critérios para os Ataques “assinatura”, mas nem uns nem outros foram jamais
claramente explicados.
Como
se definem as vítimas a serem assassinadas?
Vários artigos baseados,
na maior
parte, em comentários feitos por funcionários não identificados permitem
conhecer, pelo menos, um quadro parcial de como os EUA selecionam seus alvos
para assassinatos políticos predefinidos. Dois relatórios recentemente
publicados – de pesquisadores da Faculdade de Direito da Universidade
Columbia e do Conselho
de Relações Exteriores – também
oferecem considerações detalhadas sobre o que se sabe de todo esse processo.
Sabe-se que a CIA
e os militares mantiveram, por muito tempo, “listas
de matar” que se sobrepunham.Segundo relatos de noticiários da
primavera passada, as listas dos militares atropelou as demais nas reuniões
comandadas pelo Pentágono, cabendo à Casa Branca a decisão final. Missões
particularmente ‘sensíveis’ têm de ser autorizadas pessoalmente pelo presidente
Obama.
Esse ano, o processo mudou, ao que se sabe, para concentrar a análise dos indivíduos-alvos e os critérios gerais para os assassinatos premeditados, na Casa Branca. Segundo o Washington Post, as análises são feitas agora em reuniões regulares entre as várias agências, no Centro Nacional para Contraterrorismo. Enviam-se recomendações para um seminário permanente de oficiais do Conselho de Segurança Nacional. E as decisões finais são levadas pelo Conselheiro para Contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, diretamente ao presidente. Vários estudos têm mostrado o importante e controverso papel de Brennan na modelagem de toda a trajetória do programa de assassinatos premeditados. Essa semana, Obama nomeou Brennan para dirigir a CIA.
Esse ano, o processo mudou, ao que se sabe, para concentrar a análise dos indivíduos-alvos e os critérios gerais para os assassinatos premeditados, na Casa Branca. Segundo o Washington Post, as análises são feitas agora em reuniões regulares entre as várias agências, no Centro Nacional para Contraterrorismo. Enviam-se recomendações para um seminário permanente de oficiais do Conselho de Segurança Nacional. E as decisões finais são levadas pelo Conselheiro para Contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, diretamente ao presidente. Vários estudos têm mostrado o importante e controverso papel de Brennan na modelagem de toda a trajetória do programa de assassinatos premeditados. Essa semana, Obama nomeou Brennan para dirigir a CIA.
John Brennan |
Pelo menos alguns ataques da CIA
não tem de esperar pelo sinal
verde da Casa Branca. O diretor da CIA tem autonomia, ao
que se sabe, para autorizar assassinatos
premeditados no Paquistão. Numa entrevista
em 2011, John Rizzo, ex-advogado chefe da CIA, disse
que os advogados da agência analisavam detalhadamente cada “alvo”.
Segundo o Washington
Post, o
recente esforço do governo Obama para impor limites mais bem definidos às listas
para matar e aos “assassinatos assinatura” não inclui a campanha da CIA no
Paquistão. A CIA ganhou mais, no mínimo, um ano, para prosseguir na campanha de
assassinatos premeditados no Paquistão segundo, exclusivamente, os próprios
protocolos.
Os
EUA assassinam pessoas cujos nomes nem sabem?!
Sim. Por mais que funcionários do
governo apresentem os ataques de
drones como limitados a
“líderes
de alto nível da al-Qaeda que planejem ataques”contra os EUA, muitas vezes o que
se vê são ataques contra “possíveis” militantes cujas identidades os EUA
absolutamente não conhecem. Os chamados “Ataques ‘assinatura’” começaram
com Bush, no
início de 2008; com Obama foram muito expandidos. Não se sabe exatamente quantos
dos ataques são “ataques ‘assinatura’”.
Em mais de uma ocasião, os
“ataques ‘assinaturas’” perpetrados pela CIA, sobretudo no Paquistão, causaram tensões com a Casa Branca e o Departamento de
Estado. Um funcionário contou ao New York Times sobre piada que circularia, segundo a qual,
para a CIA, “três sujeitos fazendo polichinelos” são campo de treinamento de
terroristas.
Micah Zenko |
No Iêmen e na Somália, discute-se
se os militantes que os EUA tomam por alvos estão, de fato, tramando contra os
EUA ou se, diferente disso, estariam tramando contra o próprio país deles. Micah
Zenko, membro do Conselho de Relações Exteriores que muito criticou o programa
dos drones, disse em entrevista à rede ProPublica que os EUA, de fato, estão
mantendo uma “força aérea contraguerrilhas” para servir aos países aliados. Não
raras vezes, os ataques foram organizados a partir de inteligência local que,
adiante, se comprovou errada ou insuficiente. O Los Angeles Times examinou recentemente o caso do iemenita que
foi assassinado por um
drone norte-americano e a
complexa rede de laços e contatos políticos que cercou o caso.
Quantos
já foram mortos em ataques de
drones?
Ninguém conhece o número exato,
mas há estimativas que falam de cerca de 3 mil mortos.
Vários
grupos rastreiam os ataques de drones e estimam o número de vítimas:
– O New America Foundation cobre o Paquistão.
– O London Bureau of Investigative
Journalism cobre Iêmen, Somália, e Paquistão, e oferece estatísticas sobre ataques com drones também no Afeganistão.
Quantos
dos mortos eram civis?
Impossível saber. Os números
variam muito, para mais e para menos. A New
America Foundation, por exemplo, estima que entre 261 e 305 civis foram mortos no Paquistão;o Bureau of Investigative Journalism fala de 475 a 891 mortos. Todas essas estimativas são sempre
superiores ao número de mortos que o governo divulga. (Há discrepâncias até entre os que oferecem as menores estimativas). Algumas análises mostram que o
número de civis mortos diminuiu em anos recentes. (...) E o Washington Post noticiou mês passado que o
governo do Iêmen frequentemente oculta ou tenta ocultar o papel dos drones dos EUA em eventos nos quais morram civis).
Cerimônia fúnebre por civis mortos por drones no Paquistão |
Os números são imprecisos também
porque os EUA com frequência contabilizam qualquer homem em idade de prestar serviço
militar, que morra em ataque de
drones, como “militante terrorista”. Um funcionário do governo
Obama disse à nossa rede ProPublica que “Se um grupo de homens em
idade de combater está em local onde sabemos que estão construindo explosivos ou
planejando ataques, assumimos que todos os ali reunidos participam do mesmo
esforço”. Não se tem notícia de resultados
de investigação, nem se há qualquer investigação, depois de consumado o ataque.
A Faculdade de Direito da
Universidade Columbia elaborou análise em profundidade de tudo que se sabe sobre
esforços dos EUA para mitigar e calcular o número de baixas entre civis. Concluiu que o caráter clandestino da guerra
dos drones dificulta, quando não impede completamente
as práticas de prestação pública de contas que se adotam nas ações militares
tradicionais. Outro estudo de Stanford e da New York University, comprovou
“ansiedade e trauma psicológico” entre habitantes de vilas paquistanesas.
Esse outono, a ONU anunciou uma investigação sobre o impacto nas populações civis –
especialmente sobre acusações de “ataques duplos” [orig. double-tap], casos em que ocorre um
segundo ataque, que toma por alvos os que venham à cena do primeiro ataque para
socorrer feridos.
Por
que matar primeiro? Por que não se cogita de capturar suspeitos?
Funcionários do governo Obama têm dito em declarações que os militantes são tomados
como alvos de execução quando representem ameaça iminente ao EUA e a captura não seja exequível. Mas as execuções em ataques
de drones são muito mais frequentes que eventos de
prisão de suspeitos; e os relatórios dos ataques pouco ou nada esclarecem sobre
“ameaça iminente” ou “exequibilidade” de prisões. Casos que envolvam captura secreta
de prisioneiros, em conflitos em área remotas, durante o governo Obama mostram as
dificuldades políticas e diplomáticas que se criam para que se decida como e
onde um suspeito possa ser detido ou preso.
Esse outono, o Washington Post
descreveu algo denominado “disposition matrix
[Matriz de alvos a serem dispostos (mortos)] – processo que oferece planos de
contingência para o que fazer com terroristas, conforme o local onde
estejam. The Atlantic mapeou o modo como se tomam decisões, no caso de o
“suspeito” ser cidadão norte-americano, baseado em alguns exemplos conhecidos.
Mas, evidentemente, os detalhes dessa “matriz de alvos a serem mortos
[dispostos]”, bem como as “listas de matar” a que dão origem, não são
conhecidos.
Qual
o fundamento que dá amparo legal a esses esquadrões da morte oficiais?
Funcionários do governo Obama têm
feito várias declarações e discursos nos quais muito falam da fundamentação legal
em que se baseariam os assassinatos predefinidos, mas jamais citam qualquer caso
específico. De fato, ninguém reconhece oficialmente a existência da guerra de drones. Os programas de drones para assassinatos premeditados pode incluir
indivíduos associados à al-Qaeda ou “forças associadas”, também fora do
Afeganistão e, até, cidadãos norte-americanos.
“O devido processo legal, disse o
Procurador Geral dos EUA Eric Holder, em discurso em março passado, “toma em
consideração as realidades do combate”. Em que consiste esse “devido processo
legal”, não se sabe. E, como já noticiamos, o governo dos EUA frequentemente se fecha
para comentários de qualquer tipo e para questões específicas – como o número de
civis mortos ou os motivos específicos pelos quais um ou
outro indivíduo tenha sido considerado “alvo preferencial” para assassinato
premeditado, ou por que a captura foi considerada “não exequível” (como se vê
em memorando
do Departamento de Justiça, não secreto, ao qual teve acesso a rede NBC). (...)
Quando
terminará a guerra dos drones?
O governo dos EUA, dizem alguns noticiários, já teria considerado a desescalada da guerra
dos drones, mas, segundo outras fontes, estaria trabalhando para formalizar o
programa de assassinatos premeditados, que seria convertido em programa de longa
duração. Os EUA avaliam que a Al-Qaeda na Península Arábica conte hoje com “uns
poucos milhares” de membros; mas há oficiais que também dizem que os EUA “não podem capturar ou assassinar
todos os terroristas que se declarem “ligados” à al-Qaeda”.
Jeh Johnson, que acaba de deixar o
posto de conselheiro geral do Pentágono, fez uma palestra, mês passado, sob o título de “The Conflict Against Al Qaeda and its
Affiliates: How Will It End?” [O conflito contra a al-Qaeda e seus
afiliados: como acabará?]. Mas não marcou data.
John Brennan disse que a CIA deve voltar a
concentrar-se no trabalho de coletar inteligência. Mas o papel principal de
Brennan no comando da guerra dos
drones a partir da Casa
Branca já levantou o debate sobre o quanto sua indicação para dirigir a
CIA servirá para ocultar ainda mais o envolvimento da agência, se vier a ser
confirmado no posto.
E
quanto a volta do chicote dos
drones – e o
antiamericanismo – em todo o mundo?
Disso, sim, há muito, em todo o
mundo. Os drones são cada vez mais profundamente impopulares nos países onde são empregados, e continuam a
provocar protestos frequentes. Apesar disso, Brennan disse em agosto passado que os EUA veem “poucos sinais de que a ação
dos drones esteja gerando sentimentos antiamericanos,
ou facilitando o recrutamento de terroristas”.
O general Stanley McChrystal, que
comandou os militares no Afeganistão, contrariou recentemente essa ideia: “O ressentimento criado por os EUA usarmos os veículos não tripulados
como arma de ataque (...) é muito maior do que supõem os americanos médios.
Os drones são visceralmente odiados, até por gente que
jamais viu um drone ou conheceu os efeitos da ação de um
deles”. O New York Times noticiou recentemente que
militantes paquistaneses haviam deflagrado campanha brutal contra locais
acusados de espionagem a favor dos EUA.
Quanto a governos estrangeiros, a
maioria dos principais aliados dos EUA mantêm silêncio sepulcral sobre os drones. Relatório da ONU, de 2010, já levantara
preocupações sobre o precedente que se criava, de guerra clandestina, sem leis e sem qualquer limite. O presidente do Iêmen, Abdu Hadi, apoia a
campanha dos drones norte-americanos; e o governo do Paquistão mantém uma
inconfortável combinação de protestos para efeito público com aceitação oficial muda.
________________________
Cora Currier* fez parte da equipe editorial da
revista The New Yorker. Atualmente escreve no
The Europeu, no guia Let’s Go e em outras publicações.
Durante a eleição presidencial de 2008, cobriu o voto da
juventude dos EUA. Trabalhou como pesquisadora para diversos livros sobre
história e política. É formada na Universidade de Harvard com uma licenciatura
em Estudos Sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.