quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

MUBARAK JÁ NÃO MANDA NADA - “HERR” SULEIMAN É O NOVO “DONO”

Laerte Braga

Laerte Braga

Hosni Mubarak é um patético presidente que faz de conta que resiste às manifestações populares. Não reina e nem governa. O papel de ditador agora cabe a Omar Suleiman, vice-presidente. É ligado a CIA, a MOSSAD e foi responsável pelo massacre de centenas de palestinos fugindo do horror sionista em Gaza ao longo dos últimos anos.

Na fuga, muitos palestinos morreram pelas mãos de policiais egípcios ou sufocados em túneis precários construídos para chegar ao território do Egito, fugindo das atrocidades sionistas do governo de Israel. Suleiman deu a ordem e comandou ao lado de generais do seu país.

Suleiman lembra os piores carrascos nazistas tamanha a sua frieza e absoluta falta de princípios. É um ser amoral. Não tem nem respeito pelo seu país, como por seu povo.

Há uma realidade no Egito que precisa ser vista de maneira clara. Vai desde a declaração dos professores da Faculdade de Direito da Universidade do Cairo que não reconhecem o governo Mubarak como legítimo à luz da Constituição até considerações econômicas que mostram que os grandes estão tentando salvar seus investimentos à custa do povo egípcio.

É mostrada em seus mínimos detalhes por Michel Chossudovsky. “A agenda oculta por trás da decisão de Mubarak de não renunciar”. A decisão foi tomada em estreita colaboração com o conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Se os executivos do conglomerado terrorista tivessem ordenado, o egípcio teria renunciado.

Há uma crise social, denuncia Chossudovsky que leva a um “vácuo decisório ao nível do governo”. Isso gerou numa “saída maciça de capital dinheiro, mais concretamente significa é que as reservas oficiais de divisas estrangeiras estão sendo confiscadas pelas principais instituições financeiras.”

“A pilhagem da riqueza monetária do país é uma parte integral da agenda macroeconômica. O governo recém formado por instruções de Washington (gabinete ministerial) não tomou passos concretos para restringir o fluxo maciço de saída de dinheiro. Uma crise social prolongada significa que grandes quantias de dinheiro serão apropriadas”.

O Banco Central do Egito tinha, antes do movimento contra Mubarak perto de 36 bilhões de dólares em reservas de divisas estrangeiras, “bem como vinte e um bilhões adicionais em depósitos junto a instituições financeiras internacionais, as quais diz-se constituírem reservas não oficiais”. O fato foi trazido ao público pela agência REUTERS, em 30 de janeiro.

A dívida externa do país aumentou em mais de 50% nos últimos cinco anos e chegou a 34 bilhões de dólares em 2009. Vale dizer que essas reservas do Banco Central são baseadas “em empréstimos”.    

O esquema de dominação imposto pelo Banco Mundial, FMI, impede o Egito de dispor de qualquer regulamentação sobre o capital especulativo aplicado no país. Os grandes investidores, todos ligados ao conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, colocam e tiram o dinheiro da maneira que melhor lhes aprouver.  A fuga de capitais começou no dia seguinte ao discurso de Mubarak.

“Numa ironia amarga, por um lado o Egito deposita vinte e um bilhões de dólares em 2009 em bancos comerciais como reservas não oficiais, enquanto estes bancos comerciais adquirem vinte e cinco bilhões de dólares de dívida em libras egípcias, com um rendimento da ordem de 10%. O que isto sugere é que o Egito está a financiar o seu próprio endividamento”. Para pagar, pega mais dinheiro emprestado e a juros mais altos.

O desemprego, a fome, toda a gama de problemas sociais decorre do caráter ditatorial do governo, submisso a essas forças do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A (chantagem, extorsão, tortura, assassinatos, etc.) e, na outra ponta, enquanto fala em democracia o conglomerado salva suas “ações” no controle do país.

A reabertura dos bancos no domingo, cinco de fevereiro, levou a uma corrida a essas instituições e isso esgotou as reservas do Banco Central. Os preços dos alimentos são dolarizados, por aí se avalia o que significa todo o processo para o conglomerado terrorista que controla o país agora através de Suleiman.
 
Samir Radwan, o novo ministro da Fazenda já garantiu ao conglomerado – conhecido também por CONSENSO DE WASHINGTON – que vai honrar os compromissos. Se o povo vai morrer de fome, o desemprego vai aumentar, a saúde e a educação vão para o brejo, isso é o de menos na avaliação desse tipo de gente. Guardam profunda semelhança com os tucanos brasileiros.

Quando o vice-presidente dos EUA, Joe Biden diz que o “exército egípcio está dando uma demonstração de equilíbrio”, na verdade está dizendo que os generais já estão no bolso de Washington (comprar generais é um esporte favorito do conglomerado) e nada vai mudar, mesmo que pareça mudar.

No Brasil a mídia privada já festeja antecipadamente a operação de compra de aviões norte-americanos para “reequipar” a Força Aérea Brasileira. O governo Dilma está prestes a fechar o negócio, os generais de fancaria de uma força armada controlada pelo exterior e do exterior sorriem com os futuros novos brinquedinhos.

A decisão de Washington de manter Mubarak – fingindo que governa – serviu e serve aos interesses de investidores institucionais, comerciantes de divisas e especuladores.

Os originais do artigo de Michel Chossudovsky estão em:



O número de mortos já ultrapassa a casa dos 500 e cerca de três mil feridos.

A postura do presidente do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. Barack Obama é uma para fora e outra para dentro, característica dos governos dos EUA.

Tem o apoio fechado das principais colônias norte-americanas na Europa. O chanceler italiano já disse que “Mubarak não vai cair”.

David Cameron, primeiro-ministro designado por Washington para a Grã Bretanha já alertou que a Europa não quer saber de imigrantes. “São sujos e porcos”. Não se refere só a muçulmanos, mas a negros, asiáticos, africanos e latinos.

É mais ou menos uma ordem aos egípcios que se “não têm pão comam brioche”. E um alerta para o resto do mundo.

O chanceler brasileiro Antônio Patriota, porta-voz do governo Dilma Serra endossou as declarações de Washington e quer uma transição pacífica e dentro da ordem. Essa ordem é a de Washington.

Dia 23 de fevereiro Antônio Lampreia Láfer Patriota, sob a batuta de Marco Aurélio Garcia, beija a mão da secretária de Estado Hillary Clinton e abre as portas para Obama chegar ao Brasil e tomar posse da nova colônia.

Vem com a corte completa e com toda a certeza vai subir a rampa do Planalto.

A sessão de rapapés com Dilma Serra vai acabar terminando nas páginas de CARAS.

Já o povo egípcio... Os brasileiros... Os latinos... Os africanos... Os asiáticos... Cameron já disse que não os querem, ele e toda a Europa. Só a força de trabalho escravo com que sustentam suas guerras para acendrar um patriotismo nazista e evitar reconhecer a realidade. A luta de classes.

Há uma revolução em curso no Egito e os próximos passos do povo vão depender do terrorismo do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Não é um processo que possa ser detido, pode apenas mudar de conduta. E qualquer reação ao terror norte-americano é legítima.

Segundo Suleiman, repetindo Pelé, o “povo egípcio não está preparado para a democracia”.

Mas eles estão preparados para a barbárie. É uma luta de todos os povos oprimidos do mundo. Não é só dos egípcios, ou dos palestinos.

É contra um imenso e poderoso conglomerado – EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A – cujos tentáculos se estendem para todos os cantos do mundo.

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