quinta-feira, 18 de abril de 2013

Pepe Escobar: : “David-Bowiemania para enterrar o thatcherismo”


17/4/2013, Pepe Escobar, Asia Times Online – The Roving eye
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Ela virá, ela partirá
Ela meterá crenças na tua cabeça
Mas ela não apostará em ti a vida dela
A vida jamais será o ponto de vista dela
David Bowie, Lady Grinning Soul [1]

Quando muda o tom da música
As paredes da cidade tremem
Platão, A República

Serviço religioso no funeral de Margaret Thatcher
LONDRES – “Há uma dança nova em folha, mas não sei o nome / que o pessoal das casas ruins dança e dança sem parar / É grande e cheia de tensão e medo / Eles lá dançam e dançam sem parar / Mas a gente aqui, não dança aquilo”. [2] Tensão e medo. Ah, sim, é a caaaaaaaaara da Europa 2013. E não há dúvidas de que o pessoal das casas ruins repete e repete aquela dança. Não há dúvidas. Ziggy [3] toca o passo Maggie [Margaret Tatcher].

Pepe Escobar
Esse “Olhar Errante” [4] aterrisou em Londres há alguns dias, a cidade mergulhada na histeria do thatcherismo. A rua Fleet Digital [5] está excitadíssima: o funeral da baronesa Thatcher será “transmitido para milhões”. A BBC – colhida em mais um escândalo, dessa vez por causa de visita “clandestina” de seus jornalistas à Coreia do Norte, acompanhando um grupo de alunos da London School of Economics, cuja segurança a emissora pôs em risco [6] – é a única que transmite o ‘evento’ sem comerciais e dá cobertura ininterrupta por televisão, essa relíquia do passado, televisão com câmeras em tripés. Não é páreo para os helicópteros de Rupert Murdoch, o grande arapongador de telefonemas. Nem para a cripto-glamurosa estenógrafa do Pentágono-Departamento de Estado, Christiane Amanpour, que transmite o ‘evento’ pela CNN, de New York.

A família real não está gostando nada, nada, nada desse negócio todo. Tudo, aí, é excessivo, exagerado, sem noção. O Big Ben e o Grande Sino de Westminster não tocarão. A última vez que aconteceu foi durante o funeral de Winston Churchill, em 1965. O funeral de hoje, ao contrário de boatos que circularam, será pago com dinheiro público, nada de privatização. E o primeiro-ministro David “das Arábias” Cameron não está arrancando do cadáver o que esperava arrancar: só 16% dos britânicos creem que ele seja herdeiro de Thatcher. Até Tony Blair, inventador da Guerra no Iraque, ganha de Cameron: teve reles 17% de preferências. Não há “Homem das Estrelas” à nossa espera no céu. Não quer saber de vir nos encontrar. Nem, que fosse, para abrir a cabeça da gente. [7]

“Todo o povo gordo-magro, e todo o povo baixo-alto, e todo o povo nin-guém, e todo o povo-al-guém”, [8] todos ansiando por se apertarem dentro da Catedral St. Paul. Só 50 lugares para repórteres, esse “Olhar Errante” decidiu assistir à coisa cá da zona vermelha, também conhecida como ruas-de-Londres-saturadas-de-policiais-e-de-televisões, as quais, depois de Boston, estão sob nuvem ainda mais densa de paranoia.

Por toda a cidade, “sob a lua, a séria luz da lua”, [9] paira uma rede orwelliana de censura, círculos concêntricos de silêncio na imprensa-empresa: propaganda trovejante. O antídoto, em preparação para o funeral: funeral-pantomima – e o que mais poderia ser?

“Mais um fim-de-semana/de luzes e caras noturnas/fast food, nostalgia que anda”. [10] Na Trafalgar Square, noite de sábado miserável. Mais de 3.000 pessoas de todos os cantos do Reino Unido. Ding Dong, A bruxa morreu – cantavam e celebravam. Como fizeram com dedicação os torcedores de futebol em Liverpool. [11]
 
Policiais aos milhares. A imprensa-empresa, em virtual blecaute. Georgie Sutcliffe, atriz e séria candidata a Rainha do Soho, bate à porta de um satélite e pergunta “Com quem você está?” Alguém gagueja “Sky”, como um Murdoch apanhado em ato de sabotagem. Afinal, a classe governante britânica tem de ser protegida, custe o que custar.

“Atenção, aí, roqueiros/logo-logo vocês ficam mais velhos”[12] E o que há por aí para um roqueiro mais velho fazer? Esse Olho Errante, ex-morador de Londres, ex-compositor, dá de cara com seu filho errante – nascido nos primeiros anos do Thatcherismo – e o destino tinha mesmo de ser o venerável [museu] Victoria and Albert, um dos mais espetaculares museus do mundo. Exposição sobre David Bowie. [13] Cuidado. Agora, é Ziggy contra Maggie. “Somos os transviados [14] e estamos chegando à cidade. Bip-bip”. [15]

“Seus circuitos caíram, há algum defeito” [16]

Margaret Thatcher permaneceu no poder de 4/5/1979 a 28/11/1990. A memória dos pubs londrinos conta que, depois de sair do Somerville College em Oxford, lá ia ela, meio perdidona, tipo T.S. Eliot-tédio (“medi a minha vida em colherinhas de café”) [17], com um super-gasto, lido e relido livro de Ayn Rand debaixo do braço... quando foi descoberta por um superstar de Chicago caçador de talentos, que atendia pelo nome de Milton Friedman. Ele apaixonou-se pelos tornozelos dela – e o resto é história (neoliberal), com uma nota de rodapé crucialmente importante: a estrada dela até o n. 10 de Downing Street foi pavimentada por milhões de libras, cortesia do empresário-maridão Denis (Tatcher).

Ela talvez não seja a senhorinha-de-bolsa-dos-seus-sonhos da mitologia britânica de rua. Ela levava impressa na carne toda a cosmologia profundo-essencial de atendente de lojinha – cortesia da lojinha de doces do Papai, em Grantham, Lincolnshire, praticamente ausente do mapa. Mas, acima de tudo, foi a dona-de-casa frugal, responsável por criar uma nação inteira de donas-de-casa. Ok. Pelo menos, criou algumas: eram 13,4 milhões ao final da década, contra os 10,2 milhões do início da década.

Se você tivesse cargo em algum conselho distrital você conseguia – pela primeira vez em todos os tempos – comprar casa própria com desconto imenso; e, no mesmo dia, você já era capturado e entrava diretamente no inferno da hipoteca. Foi esse boom imobiliário –boom de endividamento, na verdade – que, com a liberalização financeira, super turbinou o boom de consumo do início dos anos 2000s. E, então, tudo voou pelos ares. Os Sex Pistols, apenas quatro anos depois de Ziggy played guitar [18] já haviam profetizado, em 1976, o que viria: “Anarquia no Reino Unido”: “seu sonho de futuro é um plano de compras. Achei que era o Reino Unido/ou outra prefeitura qualquer de fim de linha”. [19]

E até antes disso, em 1974, os “Diamond Dogs” de Bowie reconvertidos de Spiders from Mars já haviam visto tudo: “No ano do abutre, estação da cadela/ gingando pela calçada, escapar para a trincheira/só mais uma canção futura, coisinha brega solitária (E virá sofrimento), tente e acorde amanhã” [20]. Conversa de pré-jogo de colapso social inevitável.

Durante os anos 1980s de Thatcher (estação da cadela da Rainha?), a renda média por domicílio aumentou 26%. Mas para os 10% mais pobres, só aumentou 4,6%. Os 10% mais ricos saíram-se muito melhor. A pobreza infantil quase duplicou – alcançou 3,3 milhões. Thatcher privatizou até o leite para as escolas infantis. O número de aposentados pobres explodiu para 4,1 milhões. O gasto público correspondia a 44,6% do PIB em 1979. Em 1990, já caíra para 39,1%. Hoje voltou a subir: está em 46,2%. “Oh, não se apóie em mim, cara,/porque você não tem dinheiro para comprar o ingresso”. [21]

O principal legado disso tudo é desindustrialização; incluindo as manufaturas, a indústria na Grã-Bretanha correspondia a 40% do PIB nacional em 1979; caiu para 34% em 1990. Agora está abaixo de minguados 22%. E pensar que esses tonéis e tonéis de neoliberalismo e conservadorismo social extremista, mais umas doses da vodka extra de “tradicionais valores morais”, terminaram por gerar massas de desempregados. Oh, coisinhas mais lindinhas/Não sabem que estão enlouquecendo seus papais&mamães?”  [22].

O major Maggie: controle em campo

David Bowie é byroniano, baudelairiano, oscar-wildeano, homem de teatro, amante de máscaras, mestre do artifício, supremo dandy. É tudo que possa ser entalhado – não cabe em palavras comuns ou programação comum – como se vê na exposição do museu V&A. Comparado a Thatcher, ele é, mesmo, uma Aranha Marciana. [23]

O corte – rápido, assimétrico, corte-salto na trama do tempo – é a essência da criatividade de Bowie, seu legado eterno. Como experimento pós-Dada, que William Burroughs resume brilhantemente, como “uma nova dimensão para dentro da escritura, que permite que o escrito converta imagens em variações cinemáticas”, [*] técnicas de corte perfeitamente adequadas, como o próprio Bowie admitiu, à sua consciência fragmentada (como milhões de consciências em todo o mundo).

Assim, lá estava eu no museu, a procura de alguma coisa em que Ziggy realmente tivesse passado a perna em Maggie. Lá está.

Tinha de ser o vídeo de “Boys Keep Swinging”, [24] gravado em Lodger (1979), o último álbum da Trilogia de Berlim, de Bowie e Eno, que foi lançada exatamente quando Maggie chegava ao poder. Aqui Bowie é Valquíria gelada, Lauren Bacall, Bette Davis, Katharine Hepburn, Marlene Dietrich e, afinal, A Rainha das Drags, a Cadela Rainha. Como a inimitável Camille Paglia escreveu no ensaio que se lê no catálogo da exposição, é Bowie penetrando “a alma masculina sem calor e a monstruosa gana de poder das grandes stars mulheres”. Ziggy encarnou Maggie – e ela nem sabe!

Há também Bowie como Pierrot – personagem da commedia dell’arte do século 17 – no sempre hipnótico vídeo de “Do pó ao pó” (dos funerais anglicanos clássicos). [25] 

E lá está a “Lady Grinning Soul”: mistura de Circe, Calypso, Carmen, Judith (versão Klimt) e Lulu. Maggie pode não ter sido femme fatale. Mas, atracada com a sociedade, “ela fará de você um morto-vivo”. [26]

Não é para Jovens Americanos (consegui um quarto e acabei com você) [27] – nem para americanos mais velhos. Vastas porções dos EUA – onde a Dama de Ferro é cultuada como uma espécie de Estátua da Liberdade britânica, farol de “liberdade e democracia” – já foram, agora, tomadas por filhos de Thatcher que cruelmente aplicam a velha luta de classes contra o Estado, até o setor privado, as famílias.

O afável Barry, presidente dos EUA, também conhecido como O-O-bama com licença-lista para matar, cantou odes à Dama de Ferro, como se falasse de Dame Judi Dench ou de alguma franqueada de James Bond. O resto do mundo, como sempre, sabe mais e melhor que ele. Foi apoiadora entusiasmada do apartheid; chamou Nelson Mandela de “terrorista”; odiava “culturas estranhas”; [28] apoiou o Khmer Rouge no Camboja; e era amiga tão íntima do assassino serial chileno Augusto Pinochet, que o hospedava sempre que ele viajava arrastando com ele toda aquela mala pesadíssima. Por toda a América Latina, sua “Fama, qual seu nome?” [29] pode ser apenas estimada. [30] E a cereja do bolo azedo foi o filho, maluco por golpes militares em terras longínquas. [31]

Um mapa do caminho do thatcherismo (e seus efeitos colaterais) tem de incluir “Minha Adorável Lavanderia” (orig. My Beautiful Launderette), de Stephen Frears (1985), Riff-Raff, de Ken Loach (1991), e as infinitas reprises do super turbinado à cocaína The Tube, pelo Channel 4. Na pop music, se as Spice Girls adiante se converteram em imagem escarrada e cuspida do thatcherismo, a aversão vai mais bem manifesta por Elvis Costello em “Armadilha no fundão sujo”. [32] The Cure tocou em Buenos Aires, 6ª-feira passada. Robert Smith colou um adesivo na guitarra: “Ding-dong a bruxa morreu”. [33] A aversão é perene. E empacotando todo esse espírito do tempo, em narrativa, nada bate Dinheiro, de Martin Amis (1985). [34]

“Mas o filme é tédio triste/porque escrevi dez vezes ou mais/e estou escrevendo mais uma vez./E peço que vocês se concentrem” [35] nessa coluna de Will Hutton, ex-editor do Observer. [36] O pós-thatcherismo está ali, inteiro: as sementes do desespero corrente – provocado por uma monstruosa bolha 3D de crédito, banking e propriedade – foram plantadas em 1979. Ganância financeira subiu; investimento/inovação despencaram.

O que resta de “flexibilização do mercado de trabalho”, desigualdade – exacerbada pelo Big Bang de 1986, que consolidou a City de Londres como o centro de um boom financeiro global – chama-se hoje Tristeza e Melancolia.[37] Pior, realmente, que em 1990. “Talvez você esteja sorrindo, dentro dessa escuridão toda/Mas eu só tenho culpa, a dar, por sonhar”. [38]

Raiva? Ira? Não. De fato, não. “Espero há tanto tempo, tanto tempo, esperando assim/Olhar para trás em fúria/movido pela noite”. [39] Não havia praticamente ira alguma, por exemplo, em 1997: todos olhavam para trás na esperança de ver reeditado o charme da Swingin’ London, por um Tony Blair eleito por uma avalanche de votos; mas ele também perdeu logo o rumo, e depois se afundaria no mesmo legado triste, enganador, de mais um belicista doido. “Pensei que você morreu sozinho, há muito tempoI Oh não, eu não, nunca perdi o controle.Você está cara a cara /Com o homem que vendeu o mundo. [40]

É hora de deixar a cápsula se tiver coragem [41]

Europa 2013, só tensão e medo. Todos os jovens/trazem as notícias. [42] Os direitos civis derretem, derretem. A luta de classes, marca registrada do thatcherismo – Dividir para Governar as tribos desunidas – acabou por fragmentar o tecido social britânico além do ponto onde ainda haveria remendo possível. Quem sabe? Pode ser um irmão esquisito, “de volta para casa com seus Beatles e seusStones/nunca entendemos aquele negócio de revolução/que saco, tantas pontas. Mas do outro lado da cerca, o cara ainda encontra aquelas crianças nas quais se cospe/e elas tentando mudar o mundo delas/elas sabem muito bem que estão atravessando. [43]

Em fabuloso golpe de Relações Públicas – um single lançado sem mais nem menos, em janeiro passado, quando completou 66 anos, depois de 10 anos de silêncio – Bowie tentou responder à pergunta “Onde estamos agora?” [44] Olha para trás, para os seus dias de Berlim nos anos 1970s – que geraram a fabulosa trilogia de Low, Heroes e Lodger. Só ela, no que tenha a ver com modelar a visão do tempo do Ocidente, essa trilogia foi tão influente quanto a derrubada do Muro de Berlim. “Às vezes você fica tão só/às vezes você não chega a lugar algum/Vivi pelo mundo todo/Vivi em todos os lugares”. [45]

Muito estranhamente, cada dia mais estranhamente, Bowie permaneceu em silêncio durante todos os anos da Guerra Global ao Terror. Mas “os rapazes continuam agitando, os caras sempre dão um jeito” [46] – ainda que o terror, incluindo guerras clandestinas e de drones, já sejam a nova normalidade.

Como encontrar a saída? Seja como for, nesse vale de lágrimas desiguais, “Oh, não, amor!/você não está só/não importa o quê ou quem você tenha sido/não importa quando ou onde tenha sido visto/Todas as facas parecem lacerar seu cérebro/Conheço isso, vou ajudá-lo a suportar a dor/você não está só”. [47]

Facas laceram agora gerações de cérebros Facebook/Google – de órfãos da verdadeira “primavera árabe” a legiões de europeus condenados ao subemprego perpétuo. Não há, nem de longe, qualquer sinal de que “podemos ganhar deles/outra vez, outra vez, para sempre”. Afinal de contas “Somos nada e nada nos ajudará.” Mas a velha ordem não se dará por satisfeita. “Porque podemos ser heróis/por um dia”. [48]



Notas de rodapé


[2] Orig. There's a brand new dance but I don't know its name/that people from bad homes do again and again/It's big and it's bland full of tension and fear/They do it over there but we don't do it here, de “Fashion”, David Bowie, 1980, do álbum Scary Monsters (and Super Creeps). Ouve-se a seguir: [NTs].

[4] Orig. The Roving Eye. É o título da coluna de Pepe Escobar no e-diário Asia Times Online [NTs].

[5] Orig. Digital Fleet Street. Rua de Londres onde, até os anos 1980, estavam instaladas as sedes dos grandes jornais e agências de notícias. Embora hoje poucos sobrevivam nesse endereço, a expressão “rua Fleet” ainda é usada como metonímia, para designar toda a imprensa-empresa britânica. “Fleet Digital”, como o autor usa, incorpora a ideia de imprensa-empresa que já se mudou para a internet, sem, afinal, mudar coisa alguma [NTs].

[6] 16/4/2013, The Guardian, Josh Halliday em: Panorama North Korea briefing for LSE students held in a pub

[7]  Paráfrase dos versos de David Bowie, em Starman [NTs]  
[8] Orig. And all the fat-skinny people, and all the tall-short people/and all the no-bo-dy people, and all the somebody people. Ouve-se emFive Years”, David Bowie.  
[9] Orig. under the moonlight, the serious moonlight. Ouve-se em Let’s dance, David Bowie. [NTs]

[10] Orig. One more weekend/ of lights and evening faces/ fast food, living nostalgia, David Bowie em DJ.  [NTs].

[11] A sguir:

[12] Orig. Look out you rock'n rollers/pretty soon you're gonna get older. Changes, David Bowie.  

[14] Para não perder a chance: Goon Squad [aprox. “os transviados”], Elvis Costello. l [NTs]

[15]  Orig. We are the goon squad and we're coming to town. Beep-Beep. Fashion, David Bowie.  
[16] Orig. Your circuit's dead, there's something wrong,David Bowie, Ouve-se emSpace Oddity 
[17] Orig.I have measured my life with coffee spoons. “The Love Song of J. Alfred Prufrock”, TS Elliot (ed. 1917). Ouve-se, declamado pelo autor (em inglês) a seguir:

Traduzido ao português em: A CANÇÃO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK [NTs]

[18] Em Ziggy Stardust

[19] Orig. I thought it was the UK/ or just another country/another council tenancy. Ouve-se em Anarchy in the UK. [NTs]

[20] Orig. In the year of the scavenger, the season of the bitch/ sashay on the boardwalk, scurry to the ditch/ just another future song, lonely little kitsch/ (There’s gonna be sorrow), try and wake up tomorrow. Ouve-se em: Changes”.  
[21] Orig. Oh don't lean on me, man,/ Cause you can't afford the ticket . Ouve-se em Suffragette City, David Bowie.  
[22] Orig. Oh you pretty things/Don't you know you're driving your/Mamas and papas insane? David Bowie, “Oh! You Pretty Things”. Ouve-se a seguir:

[23] Orig. Spiders from Mars. Banda de David Bowie, no início dos anos 1970s. [NTS].  

[*] Infelizmente para todos, tudo isso se perde completamente na tradução, a menos que cada um dos versos aqui mal traduzidos pudessem ser objeto de cuidadosíssima tradução poética. E ainda seria preciso encontrar tradutor-poeta talentoso. O que aí vai traduzido, além de poder estar bem errado, mal se aproxima dos versos de Bowie. Não há solução. Então... solucionado está (anotamos todos os endereços, onde todos podem ouvir tudo – trabalhão que Pepe Escobar não se deu, com certeza porque bem adivinhou que de pouco adiantaria...) [NTs]

[24]  Assiste-se a seguir:

[25] Orig. From ashes to ashes. Assiste-se a seguir:  

[26] Orig. she will be your living end. De Lady Grinning Soul (nota 1) 

[27] Orig. Young Americans (I got a suite and you got defeat) a seguir:

E, com John Lennon, ao vivo, em New York City, fevereiro de 1975, na página do YouTube de Stevie Ricks 
[28] 16/4/2013, Huffington Post, em: Thatcher and the Inner City Riots.

[29] Orig. David Bowie, Ouve-se em Fame, what's your name?  


[32] Orig. Tramp the Dirt Down. Ouve-se a seguir:

[33] 13/4/2013, La Nación, em: Robert Smith y una frase sobre la muerte de Thatcher

[34] Em Quetzal Editores: Dinheiro.

[35] Orig. But the film is a saddening bore/ cause I wrote it ten times or more/it's about to be writ again./ And I ask you to focus on. David Bowie, “Life On Mars”. Ouve-se a seguir:


[37] Orig. Gloom and Doom. Dos Rolling Stone.  
[38] Orig. Perhaps you’re smiling now, smiling through this darkness/ But all I have to give is guilt for dreaming . “Time”, David Bowie. Ouve-se a seguir:

[39] Orig.Waiting so long, I’ve been waiting so, waiting so/Look back in anger, driven by the night. David Bowie, Look back in anger 
[40] Orig. I thought you died alone, a long, long time ago/Oh no, not me, I never lost control./ You're face to face/ With the man who sold the world. David Bowie, The man who sold the world 
[41] Orig. It’s time to leave the capsule if you dare. David Bowie, “Space Oddity”. Ouve-se a seguir:

[42] Orig. All the young dudes/ carry the news. David Bowie, All The Young Dudes 
[43] Orig. brother back at home with his Beatles and his Stones/we never got it off on that revolution stuff/what a drag, too many snags. But across the fence, one still may find these children that you spit on/as they try to change their worlds/ they're quite aware of what they're going through. David Bowie, All the young dudes (outra versão).  
[44] Orig. Where are we now. David Bowie.  
[45] Orig. “Sometimes you get so lonely/sometimes you get nowhere/I’ve lived all over the world/I've lived every place”. David Bowie, Be my wife 
[46] Orig. boys keep swinging, boys always work it out. David Bowie, “Os rapazes continuam agitando”. Ouve-se em Boys Keep Swinging  
[47]  Orig. O no love! You're not alone/ No matter what or who you’ve been/ No matter when or where you’ve seen/ All the knives seem to lacerate your brain/ I’ve had my share, I’ll help you with the pain/ You’re not alone. David Bowie. Rock’n Roll Suicide 
[48]  Orig. we can beat them/ for ever and ever. (...) We’re nothing, and nothing will help us. (...) Cause we can be heroes/ just for one day. David Bowie. Ouve-se em Heroes 

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