O Brasil começa a distribuir os equipamentos do projeto Um Computador por Aluno
Por Ricardo Carvalho
Por Ricardo Carvalho
Em setembro, após o projeto piloto, teve início a entrega de 150 mil micros para 300 escolas de todo o território nacional. Foto: Fabiana Carvalho
No fim de setembro, 300 escolas de todo o país começaram a receber 150 mil computadores portáteis por meio do projeto piloto Um Computador por Aluno (UCA), capitaneado pelo Ministério da Educação. A ideia de que seria possível distribuir uma máquina de baixo custo por aluno foi apresentada pela ONG norteamericana One Laptop Per Child (OLPC), durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Na ocasião, a OLPC afirmou que o preço de 100 dólares poderia ser alcançado na medida em que fossem projetados softwares mais simples do que os utilizados em equipamentos convencionais, com funções limitadas às necessidades dos estudantes e com uma alta demanda de produção. “Das atividades educativas, 95% podem ser feitas com computadores de menor custo. Os outros 5% das atividades são realizadas no laboratório de informática. Tecnologicamente já era possível, mas não ocorria por falta de interesse dos mercados”, afirma a professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Roseli de Deus Lopes, que participou da implantação do UCA no país.
No Brasil, ocorre desde 2007 um teste do projeto piloto (pré-piloto) do UCA em cinco escolas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Tocantins, cada uma supervisionada por especialistas de universidades ou secretarias da Educação.
Em determinadas ocasiões, os alunos puderam levar os laptops para casa e a atividades extracurriculares, como visitas a museus, o que contribuiu para a criação de uma situação móvel de colaboração e aprendizagem.
Em um primeiro momento, a ONG OLPC pensou a proposta de distribuir um computador por aluno como estímulo à educação em países que ainda têm um processo de inclusão digital a ser percorrido. Até agora, diversos países adotaram a idéia, em maior ou menor escala, dentre eles Argentina, Peru e Portugal. Entretanto, o único que universalizou a proposta para toda a rede de ensino pública foi o Uruguai, por meio da distribuição de equipamentos a mais de 600 mil alunos das escolas do país.
O secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky, revelou que metade das 300 escolas já recebeu os computadores, fabricados pela CCE, vencedora do pregão para a compra. O edital estabeleceu que os laptops devam ter, pelo menos, 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de no mínimo 7 polegadas e autonomia de bateria mínima de três horas. O valor por máquina ficou em 550 reais. Todas as escolas beneficiadas pelo programa terão de ter o corpo docente capacitado na nova ferramenta. O secretário afirma ainda que o BNDES financiará uma terceira fase do projeto, que visa oferecer os laptops a um preço menor a estados e municípios interessados.
Saiba mais: UCA - Um Computador por Aluno
Assista vídeos em: Projeto UCA
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enviado por Jotamorim – original em CartaCapital
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