Aiatolá Ali Khamenei - SOBRE GAZA |
29/7/2014, Solenidade de Aïd-el-Fitr − Fim do
Ramadã (excerto sobre Gaza)
Íntegra do discurso em inglês
em: “Supreme
Leader's Sermons at Eid ul-Fitr Prayers”
Transcrição, tradução e
legendas para francês por Sayed Hasan
Traduzido para português pelo pessoal da Vila Vudu
Traduzido para português pelo pessoal da Vila Vudu
Em nome de Deus,
o Clemente, o Misericordioso.
Glória a Deus,
Senhor dos Mundos, e que a paz paire sobre nosso Mestre e Profeta, Abu-al Qasem
al-Mostafa (pai de Qasim e o Eleito) Maomé, e sobre sua imaculada família, pura
e escolhida, e sobre o que está presente sobre a Terra (o Imã Al-Mahdi). E saudamos
também o Comandante dos Crentes (Imã Ali b. Abi Talib), a Verdadeira e Pura
(Fatima al-Zahra) – senhora das Senhoras dos Mundos –, e que a paz paire sobre
Hassan e Hussein – filhos da Misericórdia – e sobre os Imãs da Orientação e
Guia –Ali b. Hussein, Muhammad b. Ali, Ja'far b. Muhammad, Musa b. Ja'far, Ali
b. Musa, Muhammad b. Ali, Ali b. Muhammad, Hasan b. Ali e o Argumento de Deus
sobre a Terra (o Imã ocultado, Al-Mahdi Al-Montadhar – o Esperado).
Recomendo aos
amados irmãos e irmãs, a todo o povo do Irã e também a mim mesmo, a piedade e o
temor a Deus. Essa piedade é fonte de influência benéfica em todos os domínios,
inclusive nos julgamentos, tomadas de decisão e ações em todas as grandes
questões sociais e internacionais, assim como nas questões relacionadas ao Islã
e à humanidade.
Hoje, a principal
questão do mundo islâmico é a questão de Gaza. E talvez se possa dizer que Gaza
é a principal questão hoje do mundo e da humanidade.
Um cão hidrófobo,
um lobo selvagem atracou-se à carne de seres humanos inocentes e oprimidos.
Quem seria mais inocente e mais oprimido que essas crianças que morrem nos
ataques a Gaza? Quem seria mais inocente e mais oprimido que aquelas mães que
têm os filhos nos braços num instante e, no outro, os veem morrer, sentem seus
últimos estertores no colo delas, sob os olhos delas?
Hoje, o regime
sionista usurpador e incréu comete tais crimes, crimes odiosos, ante os olhos
do mundo e de toda a humanidade. Por isso a humanidade tem de reagir.
Há três pontos a
destacar sobre a questão de Gaza:
O primeiro é que o que hoje fazem os dirigentes
sionistas é genocídio. Uma imensa tragédia histórica. Os que perpetram esses
crimes e os que os apoiam têm de ser julgados no plano internacional e têm de
ser punidos.
O castigo deles deve
ser o que decidirem e exigirem os representantes dos povos, os justos e os que
têm consciência, em todo o mundo.
Nem todo o correr
do tempo lhes permitirá escapar ao castigo. É indispensável que sejam punidos.
E isso enquanto ainda estão no poder e depois de já estarem descartados e
derrubados do poder. Ao mesmo tempo também devem ser castigados os responsáveis
por esse massacre e os que os apoiam abertamente – os mesmos que vocês veem e
ouvem na ‘mídia’ – todos esses têm de ser punidos. Esse é o primeiro ponto.
O segundo ponto é que é preciso ver o quanto é grande a
resistência e a capacidade para resistir de um povo que defende o próprio
direito. É um povo cercado por todos os lados, que vive num pequeno território
limitado e isolado. O mar os cerca, a terra os cerca, todas as fronteiras lhes
estão fechadas. Nada garante que terão água para matar a sede, que terão
eletricidade, meios de sobrevivência. Todos esses desastres lhes foram
infligidos como efeito de ações hostis e ataques que lhes move o inimigo. E
ninguém no mundo move-se para vir ao socorro deles.
E esse povo tem
de fazer frente a inimigo super armado, vicioso, pervertido e sem piedade como
são o regime sionista e seus dirigentes, de baixeza impossível de qualificar,
demoníacos, impuros, que batem e destroem sem parar, dia e noite, sem alívio,
sem nenhuma contenção. Mas apesar de todos esses crimes, aquele povo resiste.
Mantém-se em pé e resiste! Essa é a grande lição! Prestem muita atenção, porque
aí está a grande lição.
Aquele povo nos mostra
a capacidade de resistir do ser humano – a força e a tenacidade de uma mãe que
vê seus filhos mortos diante dela; a força e a tenacidade de uma mãe que vê o
marido, o irmão, o pai serem oprimidos. Essa força é muito maior do que
podíamos concebê-la.
Deveríamos
conhecer, todos nós, nossa força interior. Os seres humanos podem ser fortes e
fazem prova de resistência gigante. Esse povo – uma população de cerca de 1,8
milhão de indivíduos – resiste e mantém-se de pé, apesar de viverem numa terra
isolada e atacada por todos os lados, numa superfície de 400, 500 quilômetros
quadrados. Resistem, apesar de suas casas, suas lojas, seus locais de trabalho
terem sido convertidos em alvos do inimigo. Mais que isso, tampouco podem
negociar com outros países. E nessa situação, nem por isso os ataques diminuem.
Mas eles resistem.
Assim se vê o
nível e a capacidade de resistência de um povo. E lhes digo: no final, se Deus
quiser e pela graça de Deus, esse povo vencerá o inimigo!
Já hoje o inimigo
agressor lamenta a ação que empreendeu, como um cachorro que também é capaz de
ver o que fez mal feito. Então endurece, sem saber o que fazer: se retrocede,
passa vergonha; se continua, a matança vai-se tornando mais difícil, para ele,
dia a dia.
Por isso vocês
veem hoje os EUA, a Europa, todos os criminosos do mundo, que se dão as mãos
para impor à força um cessar fogo à população de Gaza, para salvar aquele
regime. Mas até hoje nem isso funcionou, nem jamais funcionará. Esse é o
segundo ponto.
Em terceiro lugar, os dirigentes políticos da arrogância
mundial dizem que têm de desarmar o Hamás e a Jihad islâmica. Mas o que significa desarmar
esses grupos? É verdade que têm certa quantidade de foguetes, que lhes
permitem, de algum modo, defenderem-se, um mínimo que seja, dos ataques
incessantes do inimigo. E dizem que ainda seria o caso de tirar deles esses
poucos foguetes?!
Para o inimigo, o
ideal seria que a Palestina e Gaza, especialmente, fossem postas em situação
tal que, quando os sionistas decidam atacar, não importa onde ou quando, a
qualquer momento, os sionistas possam fazer como bem entendam, e os palestinos
não tenham nenhum meio para se defenderem! O que desejam é isso!
O presidente dos
EUA lançou uma fatwa: “É
preciso desarmar a Resistência”. É?! É mesmo?! Claro! Vocês querem a
Resistência desarmada para que a Resistência não tenha instrumento algum
para fazê-los responder pelos muitos crimes que vocês cometem contra os
palestinos.
Pois nossa
proposta é exatamente contrária à deles. Nossa proposta é que todo o mundo, e
sobretudo, mais que todos os demais, o mundo islâmico, temos o dever de fazer tudo que esteja ao nosso alcance
para fornecer à Palestina a maior quantidade possível de armas.
Oh, meu Deus, vem
em ajuda ao Islã e aos muçulmanos, assiste os exércitos dos muçulmanos, humilha
os incréus, os opressores e os hipócritas. Que Deus me ilumine e ilumine todos
nós.
(O Aiatolá Sayed
Khamenei recita a surata do Corão O
Culto Puro (n. 112). Que a Paz de Deus
esteja sobre vocês, e Sua Misericórdia e Sua Graça.
(Na sequência, o
Aiatolá Khamenei dirige a prece do Aïd.).
Eu e o mundo estamos doentes em ver esse horror praticado . Não são humanos os que armara, essa atrocidade produzida com a contribuição da ciência e de cientistas pós graduados - mercenários filhos de cão.
ResponderExcluirOdeio odiar e esta doença está também consumindo as melhores virtudes que tão longamente estávamos a cultivar. Agora, sem o apoio da fé na vida e na grandeza do homem , vamos atolando na insensibilidade pela imposição e banalização do mal ...e nada podemos diante do indescritível sofrimento de famílias e nações inteiras...
Todo o mundo se arma e quer mais armas para lutar e vencer...vencer o quê?
Estaríamos provando que nunca deixaremos de ser animalizados?
O que poderia erradicar essa estúpida mentalidade dos homens?
Até quando vamos aguentar a sangria da humanidade?