1/7/2014, [*] David P Goldman, “Spengler”, Asia Times Online
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
"O Homem sem qualidades" (capas originais) |
O Ocidente
não estava grávido, em agosto de 1914; só estava com prisão de ventre. Em vez
de parir o futuro, esvaziou os intestinos com fúria.
Robert Musil |
Nenhum
desastre na história do mundo foi mais previsível nem de preparação mais
demorada. O grande romance de Robert Musil, O homem sem qualidades, [1]
mostra a elite vienense nos meses antes da guerra, com suas preocupações
pequenas, sem se dar conta de que o mundo dela estava às vésperas de sumir. É o
maior antirromance europeu, porque a premissa autorreferencial – os
protagonistas não sabem o que todos os leitores sabem – impede que o romance
tenha fim. Não há escolhas certas, porque nada pode impedir que aquele
mundo-bolha exploda. Depois de Musil – meta-Musil, por assim dizer – vem a
grande evacuação. O romance é considerado obra-prima no mundo de língua alemã.
Poucos norte-americanos o conhecem e, dentre esses, ainda menos são os que
compreendem o romance.
Agora, quando
se aproxima o 100º aniversário da Iª Guerra Mundial, ouviremos número
infindável de variações de lamentos pela Civilização Ocidental. Todos dirão
mais ou menos o seguinte: no auge de sua prosperidade, de descobertas
científicas e de realizações de grande arte, as nações europeias, de repente,
inexplicavelmente, mergulharam em massacres mútuos e prepararam o terreno para
o grande massacre que viria, de 1939
a 1945. Nada disso. Está errado, simplesmente errado.
A Europa já
fizera a mesma coisa antes, por duas vezes: primeiro, na Guerra dos 30 Anos, de
1618-1648; e depois, outra vez, nas Guerras Napoleônicas, de 1797-1814.
Napoleão Bonaparte |
As baixas francesas
nas Guerras Napoleônicas foram comparáveis às da Iª Guerra Mundial, em relação
à população. A França perdeu de 1,4
a 1,7 milhões de homens, sob Napoleão, de uma população
total de 29 milhões. Tipicamente, no século XVIII, homens de 17-49 anos constituíam
1/5 da população. O total de contingente militar humano da França Napoleônica
era de menos de 6 milhões de homens, o que significa que as baixas alcançaram
23-28% do total da população masculina ativa, mais do que na Iª Guerra Mundial.
Muitos mais de outras nações também morreram; dos 500 mil soldados do exército
poliglota de Napoleão que marchou para a Rússia em junho de 1812, só 16 mil
voltaram.
Os eventos de
1914-1939, como Winston Churchill disse bem, foram “uma segunda Guerra dos 30
Anos”. De fato, a primeira Guerra dos 30 Anos foi, em vários sentidos, pior.
Matou quase metade da população da Europa Central e deixou vazias grandes áreas
da Espanha e da França.
Obnubilados
como somos pela ideia de Progresso, do Iluminismo, rapidamente apagamos o
precedente de nossos próprios problemas. Na leitura “das Luzes”, a Guerra dos
30 anos foi conflito religioso, a última orgia de sangue da superstição
medieval, antes que a Idade da Razão varresse de vez as teias do fanatismo. É
absolutamente falso: depois da revolta inicial, abortada, dos Protestantes da
Boêmia contra o Império Austríaco, a Guerra dos 30 Anos tornou-se conflito
franco-espanhol, luta de fanáticos dos dois lados, que acreditavam que a
respectiva nação teria sido escolhida por Deus para ser agente Dele na Terra.
Foi guerra religiosa, afinal de contas, mas guerra entre duas leituras
nacionalistas pervertidas do cristianismo católico. A mesma megalomania
etnocêntrica impeliu as nações da Europa na direção de 1914.
A guerra
poderia ter sido evitada, afinal; e montar cenários nos quais teria sido
evitada é uma espécie de prática artesanal doméstica, para historiadores. Esses
cenários são mal disfarçadas ‘lições’ de política para o presente. Sou autor de
um livro desses, de cenário em que a guerra seria evitada, a saber, uma guerra
alemã preventiva contra a França durante a Primeira Crise do Marrocos de 1906
(vide “Why war comes when no one wants it”, Asia Times
Online, 2/5/2006).
As causas
objetivas da guerra são bem conhecidas e infindavelmente analisadas. A Alemanha
tinha a economia e população que mais rapidamente cresciam; os rivais, para
conter sua influência, a cercaram.
● – Com a
população estagnada, a França não poderia esperar reconquistar para si as
províncias de Alsácia e Lorena que perdera para a Alemanha em 1870 – nem
vencer qualquer guerra futura, a menos que fosse guerra imediata. Da paridade
em meados do século 19, em 1914
a população alemã já era 1,5 vezes maior que a da
França.
Mapa da França (Alsácia e Lorena no NE, em vermelho) |
● – A
Alemanha não poderia concentrar seu exército num ataque esmagador contra a
França, se esperasse até a Rússia ter construído sua rede ferroviária interna.
● – A Áustria
não conseguiria manter as etnias fracionadas dentro do Império, sem castigar a
Sérvia. Não poderia garantir direitos iguais aos sérvios, sem provocar os
húngaros, que tinham posição privilegiada no império; só restava suprimi-los.
● – A Rússia
não poderia manter controle sobre a parte oeste industrializada do império –
Polônia, Ucrânia, os estados do Báltico e a Finlândia – se a Áustria humilhasse
seu aliado sérvio, e a Rússia dependia dessas províncias para o grosso dos
impostos que arrecadava.
● – A
Inglaterra não poderia manter o equilíbrio de poder na Europa, se a Alemanha
esmagasse a França.
Alianças na Ia. Guerra Mundial (1914-1918) |
Nenhuma
dessas potências conseguiria prosseguir sem encarar risco existencial: no caso
da França, uma posição enfraquecida, sem esperanças, ante a Alemanha; no caso
da Alemanha, uma eventual ameaça por uma Rússia industrializada; no caso da
Áustria, rompimento do Império, por efeito de agitação eslavófila; no caso da
Rússia, a perda das províncias do oeste, que cairiam na órbita teutônica; e no
caso da Inglaterra, a irrelevância no continente, com desafio inevitável contra
seu poderio nos mares.
Há vários
excelentes relatos dos eventos que levaram à eclosão da guerra em agosto de
1914, um mais recente dos quais é Os
Sonâmbulos, de Christopher Clark.
[2] Cada um dos combatentes, de
fato, dar-se-ia melhor se conseguisse declinar dos combates. Mas isso
significaria abrir mão da reivindicação de superioridade nacional que motivara
os combates. Combateram, em outras palavras, não porque tivessem, no sentido
estrito da palavra, de combater, mas por causa do tipo de gente que eram. Evan
deixa implícito que não estariam raciocinando. Mas com o quê, então, estariam
sonhando?
Os europeus
lutaram a Grande Guerra de 1914 para evitar converterem-se no que são hoje.
Mas, como o homem na história de Somerset Maughan, [3] que tinha encontro com a morte em
Samarra, deram um jeito de apressar o encontro.
Thomas Mann |
Ainda causa
escândalo na Alemanha, que o maior romancista alemão do século XX, Thomas Mann,
tenha saudado com entusiasmo a chegada da guerra. Tinha o “coração incendiado”
na declaração de guerra, e “sinto-me em triunfo com o colapso do odiado mundo
da paz, com a desgraça da corrompida “civilização” mercantil-burguesa,
eternamente inimiga do heroísmo e do gênio”. Mann louvou o “indispensável
papel, como missionário”, da Alemanha; contrastou a Kultur alemã à
mercenária Zivilisation ocidental.
Mann
capturara o humor nacional. A Alemanha combateu a Iª Guerra Mundial sob o
estandarte da Kultur. Em 1915, 93 dos principais intelectuais e artistas
alemães assinaram manifesto em que justificavam o clamor da Alemanha por
guerra, em nome da superioridade cultural. Esse é o cerne de uma fala de feia
fama de Hans Johst, autor de uma peça teatral de propaganda nazista, Schlageter, [4]
apresentada no aniversário de Hitler, depois de os nazistas terem chegado ao
poder, em 1933: “Quando ouço a palavra cultura,
solto a trava da minha pistola”. Entende-se, em geral, que essa fala mostraria
que os nazistas eram analfabetos, o que não é verdade; Hitler era pintor, mau
pintor, mas pintor; e amante da música. Na verdade, sempre manifestou rancor
contra o sacrifício inominável que o velho regime exigia, a serviço dos velhos
ideais.
Thomas Mann
entusiasmava-se com a estética da guerra: as mesmas qualidades e as mesmas
atitudes que dão forma à arte dão forma à guerra. Por estranho que soe, por
mais que perturbe, Mann estava absolutamente certo: a arte e a guerra exigem o
mesmo irrestrito comprometimento existencial.
Num
artigo de 2010, argumentei que isso ajuda a explicar por que
os israelenses tão frequentemente são músicos tão notáveis, os melhores
musicistas do mundo clássico. Não apenas herdaram muitos dos melhores
professores da Europa Central, mas, como nação, amam e buscam, muito mais do
que temem e rejeitam, o risco; e o que faz as grandes interpretações musicais é
um senso de risco. “Und setzet ihr nicht das Leben ein/Nie wird euch das
Leben gewonnen sein” cantam os soldados da cavalaria de Wallenstein, no
drama de Schiller, de 1799, sobre a Guerra dos 30 Anos: se você não aposta a
própria vida, não ganha a vida para você mesmo. Com a Alemanha destroçada em
1945, Mann declarou então que a cultura alemã chegara ao fim. Esse é o ponto de
seu grande romance do pós-guerra, Doutor Fausto: [5]
o protagonista, Adrian Leverkuhn, enlouquece compondo uma cantata atonal cujo
objetivo é “retomar” a 9ª Sinfonia de Beethoven – para substituir por
aleatoriedade vazia, a harmonia ordenada do passado europeu.
Europa durante a Guerra dos 30 anos (1618-1648) (Clique na imagem para aumentar) |
Os asiáticos,
que abraçaram em grandes números a música clássica ocidental, devem estranhar
muito que essa arte magnífica seja tão negligenciada em suas terras de origem.
A resposta é que nós, no ocidente, nós todos, soltamos a trava da pistola
quando ouvimos a palavra “cultura”. A cultura harmoniosa, ordeira e otimista da
Europa de pré-1914 é carregada de lealdade à tradição, quer dizer: de atitudes
que nos levaram para as trincheiras. Desprezamos a cultura, porque abominamos a
autoridade, a tradição, a lealdade, quer dizer, virtudes que os asiáticos ainda
cultivam. Abominamos arte que exija de nós que reconheçamos autoridade superior
– do gênio subordinado à tradição, ao precedente – e preferimos uma cultura
popular que tudo nivelaria, com a qual nós podemos nos identificar como
supostos iguais (vide American Idolatry, Asia
Times Online, 29/8/2006). Mas há uma dimensão da arte ocidental – a
abertura para o risco – que a maioria dos asiáticos tem muita dificuldade para
entender.
George Weigel |
O importante
historiador católico George
Weigel observa que, em 1914, até o clericato
católico “bebeu fundo no poço de um nacionalismo que parecia além do alcance da
crítica cristã moral. Assim, quando o Colégio de Cardeais reuniu-se em setembro
de 1914 para eleger um sucessor do Papa Pio (...), o cardeal alemão Felix von
Hartmann disse ao cardeal belga Desiré Mercier “Espero que não tenhamos de
falar de guerra”, ao que Mercier respondeu de bate pronto: “E eu espero que não
tenhamos de falar de paz”.
Weigel cita o
capelão alemão que cantava “Fúria sobre a Alemanha! Oh, grande guerra santa da
liberdade!”, e o bispo anglicano de Londres, que conclamava os fiéis de sua
congregação a matar alemães: “Matem-nos, não matar por matar, mas matar para
salvar o mundo; matar os bons, e também os maus. Matar”. Weigel pensa que esse
nacionalismo maligno tem raízes no século anterior à Iª Guerra Mundial. Não
concordo. A megalomania da “nação eleita” motivou franceses e espanhóis, os
dois lados da Guerra dos 30 Anos. Como escrevi em meu livro de 2011, How
Civilizations Die (and Why Islam is Dying, Too) [Como as civilizações
morrem (e por que o Islã também está morrendo)]:
Não só os interesses temporais do estado
francês, mas a crença apaixonada em que a França seria A Nação Eleita,
motivaram Richelieu e Tremblay a prolongar as guerras religiosas dos anos 1620s
por trinta anos, matando vasta proporção da população da Europa Central (…) Se
a Guerra dos 30 Anos foi genuinamente guerra religiosa, de católicos contra
protestantes, a França, como o mais poderoso país católico, deveria ter apoiado
a Áustria católica. Mas a França não podia apoiar a demanda das dinastias
Habsburgo austríaca e espanhola, que queriam o título imperial e o direito de
representar a Cristandade. E a França, em vez de apoiar, decidiu arruinar a
Áustria e a Espanha, para estabelecer-se ela mesma.
Como os franceses (...) a corte espanhola
também acreditava que a Espanha era a nação escolhida por Deus como sua
Procuradoria terrena. O monge e teórico político Juan de Salazar escreveu, em
1619, em seu tratado Politica Española
que “os espanhóis foram eleitos para realizar o Novo Testamento assim como
Israel foi eleita para realizar o Velho Testamento. Os milagres com que a
Providência favoreceu a política espanhola confirmam essa analogia do povo
espanhol com o povo judeu, de modo que a similaridade dos eventos em todas as
épocas, e o modo singular como Deus manteve a escolha e o governo do povo
espanhol, declaram que esse é o povo escolhido pela lei da graça, assim como o
outro foi o escolhido antes, no tempo das escrituras (...) Daí se pode
concluir, das atuais circunstâncias, como das sagradas Escrituras, que a
monarquia espanhola perdurará por muitos séculos e será a última monarquia”.
Segundo Stanley Payne, aí se vê “atitude não incomum na corte e em parte da
elite de Castela”.
E adiante:
A atormentada urgência de cada nação de ser “a
escolhida”, experimentada na pele, começou com a primeira conversão de pagãos
europeus; estava incorporada na Cristandade Europeia, na fundação. Cronistas
cristãos põem os monarcas europeus recém batizados no papel de reis bíblicos; e
suas nações, no papel da Israel bíblica. A primeira vez que se ouviu
autoproclamação como “nação escolhida” foi no auge da primeira das Idades das
Trevas: do cronista do século VIº, São Gregório de Tours (538-594); e do
clérigo ibérico do século VIIº, Santo Isidoro de Sevilha.
Os Santos Isidoro de Sevilha e Gregório de
Tours foram, de certo modo, os Bialystock e Bloom, [6] da Idade das Trevas; os Produtores do show “a fundação da Europa”:
venderam 100% do show a cada um e a todos os reizinhos. Não se pode culpar os
produtores. Transmutar os invasores bárbaros que infestavam o arruinado império
dos romanos, em cristãos, foi talvez o mais notável feito político de toda a
história mundial, mas requereu muita lábia, que teria consequências
assustadoras, chocantes, no longo prazo. Os restos das imundícies do velho
paganismo europeu acumularam-se nos enroscados intestinos da Europa, até que os
terríveis eventos de 1914-1945 puseram tudo para fora.
Sigmund Freud |
A visão
autenticamente católica de um império universal não conseguiu impor-se, ela
própria, sobre os reclamos mais tangíveis de sangue e terra. Os europeus não
lutaram as guerras de 1618, 1814 ou 1914 como cristãos, mas como criptopagãos.
Essa foi a discussão entre os críticos judeus, de Heinrich Heine a Franz
Rosenzweig e Siegmund Freud. Freud escreveu:
Não podemos esquecer que todos os povos que
hoje se destacaram na prática do antissemitismo só se tornaram cristãos em
tempos relativamente recentes, às vezes obrigados por compulsão sangrenta.
Pode-se dizer que todos foram ‘mal batizados’ [também “mal cristianizados” (NTs)]; sob um fino verniz de cristianismo,
permaneceram o que seus ancestrais sempre foram, barbaramente politeístas.
Ainda não superaram o ressentimento e a rejeição que lhes inspira a nova
religião, que foi imposta a eles; e que eles projetaram sobre a fonte da qual
veio a eles o cristianismo. [7]
Os homens não
são moderados. Não somos tão diferentes de nossos pais como gostamos de crer.
Os europeus hedonistas, sem filhos, de hoje, são o mesmo povo que lutou e
morreu aos milhões pelo rei pelo país em 1618 ou 1814. Qualquer coisa pela qual
valha a pena viver vale também que se morra por ela; se não se consegue pensar
em nada por que morreríamos, implica que tampouco temos algo por que viver –
exatamente como os europeus de hoje. A Europa aprendeu por muito tempo que
sangue e terra, Kultur e Grandeur, eram itens pelos quais não
valeria a pena lutar. Mas a Europa nada encontrou, pelo qual viver, depois que
rejeitou para sempre os deuses nacionais de seu passado violento. Está morrendo
de nervoso e tédio, desgostosa do próprio passado e descuidosa do próprio
futuro, sem querer pôr filhos no mundo nem, que fosse, para assegurar a própria
sobrevivência por mais um século.
“Muito foi
salvo”, escreveu um soldado da Grande Guerra, J R R Tolkien, mas “muito tem
agora de morrer”. Apesar de Hans Johst, a cultura europeia não morrerá: como
aconteceu com a guarda da cultura grega clássica, que passou para as mãos de
europeus, a arte europeia – pelo menos, com certeza, sua música – passará para
as mãos de asiáticos.
Notas dos tradutores
[1] MUSIL, Robert [1880-1942], O homem sem
qualidades (1930-33-43), Nova Fronteira, 1978, trad. Lya Luft e
Carlos Abbenseth, 2 vol., 786 pp (romance inacabado).
[2] CLARK, Christopher. Os sonâmbulos: como eclodiu a primeira guerra
mundial, 1914. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
[3] “Encontro com a morte em Samarra”.
É o trecho final de uma peça escrita por Somerset Maughan em 1932. Lê-se, em
português
.
[4] Schlageter, Albert
Leo: sobre o personagem título.
[5] MANN, Thomas
[1875-1955]. Doutor Fausto (1947), Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, trad. Herbert Caro, s/d.
[6] Referência aos personagens do filme The Producers,
primeiro filme de Mel Brooks, de 1968 (Zero Mostel faz o papel de Max
Bialystock, produtor de uma peça teatral; e Gene Wilder é Leo Bloom, seu
secretário). Em português, lê-se alguma coisa (de
segunda mão) em O Estado de S.Paulo, em 1969 sobre a peça
teatral (“Os Produtores”) que foi montada no Brasil; talvez ajude a entender a
metáfora.
[7] FREUD, S. Moisés e o monoteísmo (1939 [1934-38]). In: Edição
Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio
de Janeiro: Imago, 1976. v. XXIII.
_________________________________
[*] Spengler, apelido de David P. Goldman, escreve a coluna Spengler para o Asia Times Online e contribui frequentemente para as publicações The Tablet, First Things (2009-2011) e outras. Foi Chefe Global de Pesquisa de Dívida do Bank of America (2002-2005), Diretor Global de Estratégia
de Crédito do Credit Suisse (1998-2002).
Ocupou cargos importantes nas organizações financeiras Bear Stearns e Cantor
Fitzgerald. Foi colunista da revista Forbes (1994-2001). Seu livro How Civilizations Die (and why Islam is
Dying, Too) foi
lançado em setembro de 2011.
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