quarta-feira, 28 de maio de 2014

Conflicts Fórum: Comentário semanal de 16 a 23/5/2014

23/5/2014, [*] Conflicts Forum
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Medvedev e Putin assistem TV no refeitório dos atletas durante as olimpíadas de Sochi
Estamos a caminho de um quente “verão de descontentamento”? [1] Parece que sim. A situação política geoestratégica certamente empurra as próprias agulhas na direção de mais e mais tensões, e está andando na direção do “vermelho” em vários fronts. Claramente, a imprevisibilidade volátil, caótica da crise ucraniana continua como possível gatilho a disparar uma confrontação dos EUA contra a Rússia – conflito “não desejado e desnecessário” como observa com amargura o primeiro-ministro russo e atlanticista muito empenhado, Dmitri Medvedev.

A avançada norte-americana na direção de isolar e sancionar a Rússia – tomada em paralelo com a conduta passivo-agressiva dos EUA em relação à China (agora, os EUA acusaram funcionários do governo chinês de cometerem – é quase inacreditável! – ciber crimes) – atualizou finalmente o “pivô” estratégico do presidente Putin em direção à China. E (apesar de muito ceticismo ocidental a priori), parece que os globalmente insignificantes negócios de uma Ucrânia falida podem vir a ser a gota d’água que fará transbordar o cálice da ordem global pós-guerra: e reunir, numa única força, Rússia e China, em aliança oposicional contra o monopólio dos EUA sobre a ordem mundial e o sistema financeiro, e marcar o fim da triangulação pela qual EUA conseguiam, antes, jogar uma potência contra a outra.

Cartaz de "procurados" com retratos dos chineses acusados de "cyberespionagem" nos EUA
Os megacontratos de gás assinados entre Rússia e China não mudarão a situação da energia na Europa (o gás para a China vem quase todo do leste da Rússia, e o gás para a Europa vem de fontes no oeste da Rússia), mas a significação para a Europa está mais com o tipo de moeda no qual se farão os pagamentos (dólares ou outras moedas), e também se a Rússia planeja vincular esse suposto novo sistema de compensações financeiras ao sistema chinês existente, UnionPay (o segundo maior banco russo já assinou acordo com o Banco da China, que deixa de lado o sistema internacional de compensações). Se o contrato de gás Rússia-China chega realmente a cristalizar o movimento desses estados para longe do sistema financeiro controlado pelos EUA, então, sim, as implicações são gigantescas.

O presidente Obama pode até, instintivamente e intelectualmente, sentir o aquecimento que se observa na ordem geopolítica e compreender, melhor que todos, os riscos potenciais desse aquecimento, mas ele está visivelmente fora do pé de apoio, em temos políticos (sob pesadas pressões domésticas). Consequentemente, tem de prestar reverência ao mito de que os EUA conseguiram vencer a Guerra Fria, lidando, especialmente, com questões tão emocionais quanto as reações da Rússia na Crimeia e Ucrânia.

Trita Parsi, escrevendo no contexto mais limitado das negociações com o Irã, começa por observar que “nos termos do mito que talvez seja o mito central da Guerra Fria, o presidente John F. Kennedy teria “subjugado” Nikita Khrushchev durante a Crise dos Mísseis Cubanos; e não teria cedido nem uma polegada... obrigando [Khrushchev] a capitular (...) [Na versão meme-mitológica norte-americana] Khrushchev cedeu tudo e Kennedy cedeu nada. (...) A verdade, é claro, é que Kennedy, sim cedeu e concedeu. Ao retirar silenciosamente os seus mísseis Júpiter que estavam estacionados na Turquia, os EUA evitaram uma confrontação nuclear com a União Soviética”. Mas por várias décadas esse movimento de Kennedy, em que concedeu o que os soviéticos exigiam, permaneceu secreto. Quando afinal se revelaram os fatos reais, o mito já crescera tanto e já era tão forte, que nem a verdade revelada e comprovada conseguiu abalá-lo.

Leslie Gelb
Esse “falso padrão”, tornou-se o “padrão-ouro” para a avançada das políticas de estado norte-americanas: jamais ceder; olhar os inimigos de cima para baixo e forçá-los a capitular − segundo Leslie Gelb do Conselho de Relações Exteriores [orig. Council for Foreign Relations (CFR).

Obama e outros “não-crentes”, como Dempsey, podem até ter visão um pouco mais nuançada das capacidades dos EUA, mas mesmo assim permanecem fatal e necessariamente cativos daquele mito que tudo invade e contamina no plano político.

O povo russo, é claro, tem sua própria (e diferente) versão dessa seminal crise cubana, e absolutamente não sente que a URSS tenha “capitulado”, nem então (durante a crise cubana) nem em momento algum, no início da Guerra Fria. Muitos jamais se veriam, eles mesmo, como derrotados pelos superiores méritos do modelo norte-americano de sociedade (vide nosso Comentário Semanal). E, como os alemães se ressentiram do acordo pós-Iª Guerra Mundial (Acordo de Versailles), assim também os russos ressentiram os termos do “acerto” que pôs fim à Guerra Fria e o fato de serem tratados como povo derrotado.

Phillippe Grasset, analista francês, observou corretamente, em resposta a esse ponto, que, embora em condições muito diferentes, os mesmos sentimentos aplicam-se à China:

Philippe Grasset
(...) na China, escreve ele, o sentimento é de enfrentar dinâmica antagonista irresistível, contra a qual nenhuma das duas potências [China e Rússia] consegue encontrar a chave [para mitigar seus efeitos]. Deus sabe que, como o povo russo, os chineses querem fazer tudo que seja possível para evitar esse confronto! Mas nada, absolutamente nada, parece ajudar.

As correntes ameaças contra a Rússia parecem ter galvanizado as duas potências: temos a assinatura do longamente adiado negócio de gás, por 30 anos, entre Rússia e China, e ao mesmo tempo temos o general Fang (reação raríssima, em funcionários do governo chinês e hóspede em Washington) a reagir furiosamente contra o envolvimento ou a mediação dos EUA nos Mares do Sul da China, e a dizer diretamente a Washington:

Na China, nós não fazemos confusão. Não criamos confusão. Mas os chineses não temos medo de confusão.

Tudo isso levou a revista Forbes, citando várias outras análises por analistas bem informados, a prever que

Dmitry Trenin
(...) está emergindo uma aliança Rússia-China. E será um desastre para o Ocidente.

Por grande parte das últimas duas décadas, os liberais russos dizem a interlocutores ocidentais que bater demais na Rússia, provocar a Rússia ou ignorar os interesses da Rússia são comportamentos que levarão Moscou a buscar relação mais íntima com a Chinaescreve Dmitry Trenin, diretor do Carnegie Moscow Center, acrescentando que: todos os seus alertas foram ignorados, [agora] ante pressão geopolítica comandada pelos EUA no leste da Europa e no leste da Ásia, Rússia e China certamente passarão a cooperar cada vez mais intimamente (...). Esse resultado com certeza beneficia a China, mas dará à Rússia uma oportunidade para fazer frente à pressão geopolítica dos EUA, compensar pela reorientação da energia na União Europeia, desenvolver a Sibéria e o Extremo Leste da Rússia e ligar-se à região do Pacífico-Asiático. Os liberais russos sobreviventes dos anos 1990s [i.e. os atlanticistas] terão rido por último – antes de sumir de cena.

E aqui precisamente – com os liberais dando sua última risada “antes de sumir de cena” – está o elo que conecta ao Oriente Médio.

Também no Oriente Médio há promessa de longo verão, e muito “quente”. O governo dos EUA permitirá que mais armas cheguem à Síria, embora o governo não creia que essa ação alcance sua meta primária de derrotar os grupos jihadistas takfiri. (Encontrar solução para a questão síria é item que despencou para o fim da lista das prioridades dos EUA). Acrescentar mais armamento é obra que visa, só, a conter a crescente crítica doméstica, nos EUA, contra a fraqueza dos EUA na Síria (quer dizer: a falta de efetividade dos EUA na Síria, que não combina bem com o mito da Guerra Fria que ensina(ria) que os EUA “mandam e fazem acontecer”...).

Mas a verdadeira compreensão que o governo tem da situação aparece mais claramente refletida na (hoje) prioridade colateral que atribuíram à meta de manter o exército e as instituições na Síria intactos e em operação. Em resumo, é como dizer que os políticos norte-americanos entendem que só o exército sírio é capaz de derrotar os jihadistas (o que, aliás, é exatamente o que já está acontecendo) – e as armas extras para os “moderados” não passam de “objetos de cena” numa montagem de teatro político (embora, sim, impliquem mais e mais extraordinário sofrimento, bem real, para o povo sírio). Os sírios “moderados” verão confirmados o próprio crescente cinismo – antes de também eles saírem de cena (dano colateral no novo grande plano de jogo dos EUA para derrotar os jihadistas).

Negociações Irã - P5+1 na sede europeia da ONU em Genebra
Quanto ao Irã e às negociações com o P5+1, há semelhanças com a tendência de sentimentos na Rússia e na China sobre como administrar esse novo “padrão-ouro” da ação estatal dos EUA, mas há também dessemelhanças. Também nesse caso, há fortes probabilidades de um “verão de descontentamento”; e também aqui há possibilidade de realinhamento estratégico, ou, melhor dizendo, de alinhamentos que já estão em processo, acontecendo. Porque, de modo geral, no Irã, o consenso é que quanto mais persistirem as tensões em torno da Ucrânia, mais a crise opera a favor dos interesses do Irã e com vantagem para o Irã.

Em grande parte de Washington, contudo, a narrativa é lida ao contrário: a crise na Ucrânia (i.e. qualquer “isolamento” da Rússia) é uma oportunidade para que o ocidente afaste o Irã da esfera russa e, assim, amplifique e aprofunde o tal “isolamento” da Rússia.

E, embora esse suposto “isolamento” da Rússia talvez seja mais pensamento desejante que fato & realidade; a leitura deformada implicada na noção de que a Ucrânia seja alguma espécie de “oportunidade” para o ocidente remodelar geoestrategicamente o Irã é mais uma mina pronta para explodir nesse verão.

O que foi verdade para a Rússia, em termos do mito da “capitulação” de Khrushchev aplica-se agora também ao caso do Irã. Como Parsi escreve:

Hoje, está sendo forjado outro mito igualmente destrutivo. O novo mito reza que sanções incapacitantes teriam forçado o regime iraniano a ajoelhar-se ante os EUA; e teriam obrigado o regime iraniano a acorrer à mesa de negociações para suplicar por algum – qualquer – acordo. Segundo essa narrativa mítica, o terremoto nas conversações nucleares é creditado à pressão econômica sem precedentes que o governo teria aplicado ao Irã – que teria expulsado o Irã do sistema financeiro internacional. E, feito JFK antes dele, Obama nada cedeu, nunca, ao Irã. O padrão-ouro mítico [do poder dos EUA na governação do mundo] foi novamente imposto. (O artigo de Parsi é importante, também, porque explica como e por que o mito de que as sanções teriam “subjugado” o Irã e teriam obrigado o país a “negociar” não passa, mesmo, de mito; e que nada explica, como “explicação”; é “explicação” falsa).

Mas a “narrativa” norte-americana é mais do que a “história” de como os EUA teriam obrigado a liderança iraniana a baixar a cabeça, e de que os iranianos seriam “povo derrotado”. E aqui, talvez, iranianos bem-intencionados acrescentaram sua própria contribuição e tempero: uma nuance que visava talvez a ajudar, mas que acabou por contribuir para o fracasso final das conversações – e para a própria “saída de cena”, também desses iranianos.

A narrativa liberal iraniana adicional que se ouve nos EUA e na União Europeia (muito disseminada) reza que, embora as eleições de 2009 tenham sido “fraudulentas”, mesmo assim os reformistas conseguiram importante “retorno” – graças, largamente, à excepcional boa sorte de os conservadores terem abraçado a ideia de um “voto estratégico” – estratégia que acabou por lhes sair espetacularmente pela culatra. Em resumo, os Reformistas são apresentados como “verdejantes”, pró-ocidente, pragmáticos no campo econômico, gente, em resumo, com quem o ocidente pode obter um acordo. Interessa(ria) muito ao ocidente fazer tal acordo, dizem aqueles liberais iranianos, porque uma negociação nuclear bem-sucedida acabaria por entronizar “pró-atlanticistas” no poder em Teerã, por, no mínimo, toda a próxima década.

Irã e a "oposição verdejante...
Para ser justos, muitos desses interlocutores que, sem dúvida, têm conexões em Teerã são sinceros; eles creem que esse “boato” ajudará o Irã a alcançar o acordo que conseguirá fazer sumir as sanções – e permitirá “estilos de vida” mais cosmopolitas para eles e seus amigos. Mas os furos que há nessa narrativa são muito visíveis: os dados nos quais repousa a narrativa limitam-se à tal tese do “retorno estratégico dos Reformistas” (e de uma pesquisa feita na Universidade de Teerã); paradoxalmente, esse “retorno estratégico” é ideia criada no mesmo reputado instituto de pesquisa que, antes, demonstrara que a eleição de Ahmadinejad fora legal e legítima – que não houve fraude alguma.

Mas, mais fundamentalmente, essa narrativa só faz super polarizar a política iraniana em dois campos. Essa narrativa mistura os Verdes (que foram amplamente desmoralizados depois de 2009) e os Reformistas. Mas os Reformistas de hoje não são, na maioria, Verdes. Incluem gente de um espectro muito mais amplo de pensamento político e de diferentes correntes políticas. E nem todos os Reformistas são “atlanticistas” por inclinação – como pode sugerir a narrativa que apresenta Rouhani como “conclusão tensa do capítulo de 2009”. De fato, as mesmas pesquisas usadas para mostrar que Rouhani teria derrotado os conservadores, mostraram, de modo mais significativo, que Rouhani obteve apoio cada vez maior do campo dos fundamentalistas principistas, à medida em que as eleições se aproximavam.

Hassan Rouhani
O presidente Rouhani NÃO É REFORMISTA. Ele obteve apoio do exterior, que lhe veio de vários lados. A ideia de que Rouhani teria emergido da dissidência Verde de 2009 é portando descabidamente polarizada e pode levar a mais desinformação e, daí, a mais desconfiança. Observadores bem informados veem, eles próprios, que o atual governo iraniano não é alguma espécie de “desenvolvimento” do movimento dos Verdes. Pretender coisa diferente só fará exacerbar suspeitas de duplicidade.

Essa narrativa “liberal” é, em resumo, é do tipo “nos ajude, por favor, a ajudá-lo”, que o Fatah muito usou com os israelenses. Ainda mais preocupante, essa narrativa – embora bem intencionada – dá aos interlocutores ocidentais a impressão de que a equipe de negociadores iranianos está a cada minuto mais desesperada para obter um acordo. O perigo aqui é que o mito de ter “olhado os iranianos de cima para baixo” e de tê-los “obrigado” a negociar vai aos poucos misturando-se a uma segunda narrativa de fraqueza e desespero: nessas circunstâncias nada há de “heróico” ou de “potente”, em os EUA endurecerem a sua posição. Ante sinais de fraqueza esperar-se-iam mais pressões dos EUA sobre o Irã, não concessões e “compreensão”. Assim, o argumento de “nenhuma capacidade para vir a construir a bomba no curto prazo” [orig. no short-term breakout potential] vai-se tornando cada vez mais atenuado, como diz o New York Times, tendendo a uma posição pela qual o Irã será autorizado apenas a fazer um enriquecimento “simbólico” – suficiente apenas para que os negociadores possam alegar (pretensamente) que preservaram os direitos nucleares do Irã, mas sem produzir a energia necessária da qual a indústria iraniana carece.

Essa fórmula simplesmente não funcionará. Não levará a solução alguma: é simplesmente incompatível com o enriquecimento em escala industrial de que o Irã precisa para gerar eletricidade. Não é o caso de que as conversações fracassarão porque os conservadores opõem-se ideologicamente a qualquer acordo com os EUA. O argumento apresentado pelos que se opõem às atuais negociações não se baseia em recusar qualquer negociação com os EUA per se, mas nos termos e contextualização das conversações.

O que falta na análise (compreensivelmente obscurecido pela narrativa-boato delineada acima) é o seguinte: Assim como os russos que advogam melhores relações com EUA e Europa viram sua posição ser erodida e entrar em colapso ao longo dos anos na Rússia, assim também, no Irã (e na China!) o mesmo dilema está empurrando os iranianos como um todo na direção de laços estratégicos mais estreitos com a Rússia e com a China. Todos esses estados partilham a mesma inabilidade para encontrar meio que lhes permita contornar a dinâmica de os EUA precisarem repetir sempre e sempre o “mito” da Guerra Fria – e, com isso se tornando mais e mais evidente, atlanticistas e liberais vão sendo marginalizados e enfraquecidos no mundo não ocidental (caso da Rússia).

O movimento de pivô da Rússia, que deixou de procurar melhores relações com os EUA é o motivo pelo qual muitos iranianos veem a Ucrânia como crise que beneficia seus interesses: entendem que a consequência disso será apoio maior e laço estratégico mais próximo com Rússia e China. Há algumas evidências também de que os eventos estão empurrando China e Rússia para maior apoio para o Irã e suas posições (RIA Novosti, por exemplo, está noticiando que a Rússia tem planos para construir mais oito reatores nucleares no Irã).

E se as conversações fracassarem... a culpa será atribuída ao Irã? As sanções simplesmente continuarão como estão? A resposta às duas perguntas é, com certeza quase total, “não” (embora, claro, EUA e Europa, sim, culparão o Irã). Mas o próprio fracasso das conversações afetará profundamente os sentimentos no Oriente Médio em relação aos EUA e ao P5+1, e cimentará o polo Irã e Síria (e outros) a qualquer polo emergente que lidere a luta contra uma unipolaridade encarnada nos EUA e sempre a buscar a repetição infindável de sua tal mitologia da Guerra Fria.
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Nota dos tradutores
[1] Há ecos aqui de O inverno de nosso descontentamento [orig. The Winter of Our Discontent], de 1961, título do último romance de John Steinbeck, como foi traduzido em Portugal. Foi traduzido no Brasil como O inverno de nossa desesperança, não se sabe por quê, porque a coisa, no romance, é sempre “descontentamento”, nunca, nem uma vez, “desesperança”. Em inglês, a expressão Winter Of Our Discontent aparece no início de Ricardo III, de Shakespeare, também em contexto em que nada autoriza a traduzir como “inverno de nossa desesperança”. Há coisas que não se consegue entender, mesmo, abaixo do Equador. Essa nota pareceu necessária porque, se se aceita a tradução do título de Steinbeck como “verão de nossa desesperança”, é preciso apagá-la da frase de abertura do ensaio de Conflicts Forum. Mas... mas... é cada uma, né-não?!.
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[*] Conflicts Fórum visa mudar a opinião ocidental em direção a uma compreensão mais profunda, menos rígida, linear e compartimentada do Islã e do Oriente Médio. Faz isso por olhar para as causas por trás de narrativas contrastantes: observando como as estruturas de linguagem e interpretações que são projetadas para eventos de um modelo de expectativas anteriores discretamente determinam a forma como pensamos - atravessando as pré-suposições, premissas ocultas e até mesmo metafísicas enterradas que se escondem por trás de certas narrativas, desafiando interpretações ocidentais de “extremismo” e as políticas resultantes; e por trabalhar com grupos políticos, movimentos e estados para abrir um novo pensamento sobre os potenciais políticos no mundo.

Um comentário:

  1. Mais um artigo excelente do Conflicts Forum!
    E uma nota sobre a nota: depois que o livro do Graham Greene "The heart of matter" foi traduzido no Brasil como "O coração da matéria", já não espero mais nada...

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