25/8/2013,
Beto Almeida, Diretor da
Telesur,
Enviado pelo pessoal da Vila
Vudu
O
que brilha com luz própria, ninguém pode apagar
Seu
brilho pode alcançar a escuridão de outras costas
Que
pagará este pesar do tempo que se perdeu
Das
vidas que nos custou e das que nos podem custar
O
pagará a unidade dos povos em questão
E
a quem negar esta razão, a história condenará
Canción
por La Unidad Latinoamericana
por Pablo
Milanés
Não
faltaram emoção, lágrimas e dignidade na chegada dos 176 médicos cubanos, que
desembarcaram neste sábado à noite em Brasília, para um trabalho indispensável
em municípios brasileiros, mais de 700, ainda sem qualquer assistência médica.
Chegada do 1º grupo de médicos estrangeiros ao Brasil em 2013 |
Quando
aqueles cidadãos cubanos, muitos deles negros, muitas mulheres, com bandeirolas
brasileiras e cubanas nas mãos, pisaram o solo brasileiro, ali estava o retrato
do enorme progresso social, educacional e sanitário alcançado pela Revolução
Cubana. Mas, também, uma prova concreta de que a integração da América Latina
está avançando; não é só comércio, é também saúde.
O
Brasil coopera com Cuba na construção do Complexo Portuário de Mariel - sua mais
importante obra de infraestrutura atualmente - e Cuba coopera com o Brasil
preenchendo uma lacuna imensa: a falta de médicos.
Complexo portuário de Mariel em Cuba - Vista Aérea |
A
campanha conservadora contra a integração latino-americana sofrerá um revés
tremendo quando o programa Mais Médicos, começar a apresentar seus efeitos
concretos. Esses resultados terão a força para revelar o teor medieval das
críticas feitas pelas representações médicas e pela mídia teleguiada pela
publicidade da indústria farmacêutica.
Volumosa
desinformação
Tendo
em vista o volume de desinformação que circulou contra a vinda de médicos
estrangeiros, mas contra os médicos cubanos em especial, é obrigatório travar a
batalha das ideias, primeiramente, em defesa da Revolução Cubana como uma
conquista de toda a humanidade.
Cercada,
sabotada, agredida, a Revolução Cubana, que antes de 1959, possuía os mais
tenebrosos indicadores sociais, analfabetismo massivo, mortalidade infantil
indecente, desemprego e atraso social generalizado, consegue libertar-se da
condição de colônia, e, mesmo sem ter uma base industrial como a brasileira, por
exemplo, e passa a exportar médicos, professores, vacinas, desportistas.
Exporta, principalmente, exemplos!
Esse
salto histórico da Revolução Cubana deixa desconcertada a crítica, seja a
emanada pela mídia colonizada pelas lucrativas transnacionais fabricantes de
fármacos ou equipamentos hospitalares, seja a crítica oligárquica difundida
pelas representações médicas. Os que questionam a qualidade da formação
profissional dos médicos cubanos são desafiados a responder por que a
mortalidade infantil em Cuba é das mais baixas do mundo, sendo inferior,
inclusive, àquela registrada no Estado de Washington, nos EUA?
Cuba
e a libertação africana
Vale
lembrar que Cuba possuía, antes de 1959, pouco mais de 6 mil médicos, dos quais,
a metade deixou o país porque não queria perder privilégios, nem concordava com
a socialização da saúde. Apenas cinco décadas depois, é esta mesma Cuba que tem
capacidade de exportar milhares de médicos para socorrer o povo brasileiro de
uma indigência grave construída por um sistema de saúde ainda determinado pelos
poderosos interesses das indústrias hospitalar, farmacêutica e de equipamentos,
privilegiando a noção de uma medicina como um negócio, uma atividade empresarial
a mais, não como um direito, como determina nossa constituição.
Já
em 1963, quando a Revolução na Argélia precisou, iniciou-se a prática de cubana
de enviar brigadas médicas aos povos irmãos. Ensanguentada pela herança da
dominação francesa, a Revolução Argelina encontrou em Cuba a fraternidade
concreta, quando ainda não havia na Ilha um contingente médico tão numeroso como
o existente atualmente. Predominou sempre na Revolução Cubana a ideia de que em
matéria de solidariedade internacional comparte-se o que se tem, não o que lhe
sobra. Foi exatamente ali na Argélia que se estabeleceram laços indestrutíveis
entre a Revolução Cubana e os diversos movimentos de libertação da África. A
partir daí, Cuba participou com brigadas militares e médicas em diversos
processos de libertação nacional do continente. De tal sorte que, em 1966, a
primeira campanha de vacinação contra a poliomielite realizada no Congo, foi
organizada por médicos cubanos!
Os
CRMs não sabem que a poliomielite foi erradicada em Cuba décadas antes de ser
erradicada no Brasil?
Será
o Revalida capaz de avaliar a dimensão libertadora da medicina cubana?
Quando
Angola foi invadida por tropas do exército racista da África do Sul, baseado nas
supremas leis do internacionalismo proletário, Agostinho Neto, presidente
angolano, também médico e poeta, solicita a Fidel Castro ajuda militar para
garantir a soberania da nação africana. Uma das mais monumentais obras de
solidariedade foi realizada por Cuba que, ao todo, enviou a Angola, cerca de 400
mil homens e mulheres para, ao lado dos angolanos e namíbios, expulsar as tropas
imperialistas sul-africanas tanto de Angola como da Namíbia. E sob a ameaça de
uma bomba atômica, que Israel ofereceu à África do Sul, argumentando que as
tropas cubanas tinham que ser dizimadas porque pretendiam chegar até
Pretória...
Na
heroica Batalha de Cuito Cuanavale - que todos os jornalistas, historiadores,
militantes deveriam conhecer a fundo - lá estavam as tropas cubanas, mas lá
estavam também as brigadas médicas de Cuba, que se espalharam por várias pontos
de Angola. A vitória de Angola e da Namíbia contra a invasão da África do Sul,
foi também a derrota do regime do apartheid. Citemos Mandela: “A Batalha
de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do apartheid. Devemos o fim do apartheid a Cuba!”.
Qual
exame Revalida será capaz de dimensionar adequadamente o desempenho de um médico
cubano em Cuito Cuanavale, com sua maleta de instrumentos numa das mãos e na
outra uma metralhadora, livrando a humanidade da crueldade do apartheid? Como dimensionar o bem que o
fim do apartheid, com a decisiva
participação cubana, proporcionou para a saúde social da História da Humanidade?
As
crianças de Chernobyl em Cuba
O
sentido de solidariedade internacionalista está tão plasmado na sociedade cubana
que, quando aquele terrível acidente ocorreu na Usina Nuclear de Chernobyl, em
1986, o estado cubano recebeu, das organizações dos Pioneiros - que congregam
crianças e adolescentes cubanos - a proposta de oferecer tratamento médico às
crianças contaminadas pela radioatividade vazada no desastre.
Crianças vítimas de Chernibyl (Ucrânia) tratadas em Cuba |
Um
documentário realizado pelo extinto Programa Estação Ciência, dirigido pelo
jornalista Hélio Doyle, exibido com frequência TV Cidade Livre de Brasília,
registra como Cuba compartilhou seus recursos médicos e hospitalares, mas,
sobretudo, sua fraterna solidariedade com cerca de 24 mil crianças russas que
foram levadas para tratamento na Ilha, nas instalações dos Pioneiros, em Tarará.
Destaque-se,
primeiramente, que a ideia partiu dos Pioneiros. Segundo, que Cuba não se
colocava na condição de doadora, mas apenas cumprindo um dever solidário.
Lembravam que o povo soviético havia sido solidário com Cuba quando os EUA
iniciaram o bloqueio contra a Ilha cortando a cota de petróleo e do açúcar,
suspendendo o comércio bilateral, na década de 60. A URSS passou a comprar todo
o açúcar cubano, pelo dobro do preço do mercado internacional, e a abastecer
Cuba de petróleo, pela metade do preço de mercado mundial. São páginas escritas,
em outra lógica, solidária, fraterna, socialista. É de se imaginar o quanto os
dirigentes das representações médicas brasileiras poderiam aprender com aquelas
crianças cubanas que ofertaram tratamento às 3 mil crianças russas, um
contingente menor que o de médicos cubanos que virão para o
Brasil?
Impublicável
A
cooperação entre Brasil e Cuba em matéria de saúde não está iniciando-se agora.
Durante o governo Sarney, recém restabelecidas as relações bilaterais, em 1986,
foram as vacinas cubanas contra a meningite que permitiram ao nosso país
enfrentar aquele surto. Na época, a mídia teleguiada também fez uma sórdida
campanha contra o governo Sarney, primeiro por reatar as relações, mas também
por comprar grandes lotes da vacina desenvolvida pela avançada ciência de Cuba.
De
modo venenoso, tentou-se desqualificar as vacinas, afirmando serem de qualidade
duvidosa, tal como agora atacam a medicina cubana. Na época, foram as vacinas
cubanas que permitiram controlar aquele surto e salvar vidas. Mas, também
trouxeram, por meio do exemplo, a possibilidade de que aprendêssemos um pouco
dos valores e das conquistas de uma revolução.
Afinal,
por que um país com poucos recursos, com uma base industrial muito mais
reduzida, conseguia não apenas elevar vertiginosamente o padrão de saúde de seu
povo, mas, também desenvolver uma tecnologia com capacidade para produzir e
exportar vacinas, enquanto o Brasil, com uma indústria muito mais expandida,
capaz de produzir carros, navios e aviões, não tinha capacidade para defender
seu próprio povo de um surto de meningite?
São
sagradas as prioridades de uma revolução. E é por isso, que, ainda hoje, a sexta
maior economia do mundo, se vê na obrigação de recorrer a Cuba para não permitir
a continuidade de um crime social configurado na não prestação de atendimento
médico a milhões de brasileiros.
Mais
recentemente, quando a Organização Mundial da Saúde convocou a indústria
farmacêutica internacional a produzir vacinas para combater um tenebroso surto
de meningite que se espalhou pela África, obteve como resposta desta
indústria o mais sonoro e insensível NÃO.
Cinturão da meningite que atingiu a África debelada pelo fornecimento de vacinas pela cooperação Brasil Cuba |
Os
preços que a OMS podia pagar pelas vacinas não eram, segundo as transnacionais
farmacêuticas, apetitosos. Milhões de vidas africanas passaram correr risco, não
fosse a cooperação entre dois laboratórios estatais, o Instituto Bio Manguinhos, brasileiro, e o Instituto Finley, cubano. Essa cooperação permitiu a produção,
até o momento, de 19 milhões de doses da vacina que a África necessitava, a um
preço 90% menor que o preço do mercado internacional.
Onde
foi publicada esta informação? Apenas na Telesur e na imprensa
cubana.
A
ditadura dos anúncios da indústria farmacêutica, que dita a linha editorial da
mídia brasileira em relação ao programa Mais Médicos e à cooperação da Medicina
de Cuba, simplesmente impediu que o grande público brasileiro tomasse
conhecimento desta importantíssima cooperação estatal brasileiro-cubana.
Os
médicos cubanos e o furacão Katrina
Para
dimensionar a inqualificável onda de insultos que os médicos cubanos vêm
recebendo aqui na mídia oligárquica, lembremos um fato também sonegado por esta
mesma mídia, o que revela suas dificuldades monumentais para o exercício do
jornalismo como missão pública.
Quando
ocorre o trágico furacão Katrina, que devasta Nova Orleans, deixando uma
população negra e pobre ao abandono, dada a incapacidade e o desinteresse do
governo dos EUA naquela oportunidade, em prestar-lhe socorro, também foi Cuba
que colocou à disposição do governo estadunidense - malgrado toda a hostilidade
ilegal deste para com a Ilha - um contingente de 1300 médicos, postados no
Aeroporto de Havana, com capacidade de chegar prestar ajuda à população afetada
pelo furacão. Aguardavam apenas autorização para o embarque, e em questão de 3
horas de voo estariam em Nova Orleans salvando vidas.
Devastação causada pelo furacão Katrina em Long Beach - Mississipi Foto Wikipedia - (Clique na imagem para visualizar melhor) |
Esta autorização nunca
chegou da Casa Branca. A resposta animalesca do presidente George Bush foi um sonoro NÃO à oferta de Cuba, o que tampouco foi divulgado pela mídia
oligárquica, provavelmente para protegê-lo do vexame de ver difundido seu tosco
caráter, que tal recusa representava. Os EUA estão sempre prontos para enviar
militares e mercenários pelo mundo. Mas, são incapazes de prestar ajuda ao seu
próprio povo, e também arrogantes o suficiente para permitir uma ajuda de Cuba à
população pobre e negra afetada pelo furacão.
Uma
Escola de Medicina para outros povos
Também
não circulam informações aqui de que Cuba, após o furacão Mity, que devastou a
America Central e parte do Caribe, decide montar uma Escola Latino-americana de
Medicina, que, em pouco mais de 10 anos de funcionamento, já formou mais de 10
mil médicos estrangeiros, gratuitamente. Entre eles, 500 jovens negros e pobres
dos EUA, moradores dos bairros do Harlem e do Brooklin. Eles me revelaram que se
tivessem continuado a viver ali, eram fortes candidatos a serem presa fácil do
narcotráfico. Frisavam que, estar ali em Cuba, formando-se em medicina,
gratuitamente, era uma possibilidade que a maior potência capitalista do mundo
não lhes oferecia.
Campus da ELAM - Escola Latino Americana de Medicina |
Há, estudando na ELAM, cerca de uma centena de jovens do MST,
filhos de assentados da reforma agrária. Isto significa que Cuba compartilha com
vários países do mundo seus modestos recursos. Também estudam lá cerca de 600
jovens do Timor Leste, sendo que existem 40 médicos cubanos trabalhando já agora
no Timor.
O tipo de exame Revalida seria capaz de dimensionar esta solidariedade
cubana com a saúde dos povos?
Ampliar
a integração em outras áreas
Também
não se divulgou por aqui, que Cuba montou três Faculdades de Medicina na África,
(Eritreia, Gâmbia e Guiné Equatorial), em pleno funcionamento, com professores
cubanos. Toda esta campanha de insultos contra Cuba e os médicos cubanos, abre
uma boa possibilidade para discutir e conhecer mais a fundo todas estas
conquistas da Revolução Cubana, mas, especialmente, para que as forcas
progressistas reflitam sobre quantas outras possibilidades de cooperação existem
entre Brasil e Cuba, em muitas outras áreas.
Mas,
serve também para reavaliar a posição de certos parlamentares médicos da
esquerda no Brasil que se opõe, inexplicavelmente, ao Programa Mais Médicos,
alguns chegando, ao absurdo de terem apresentado projetos de lei proibindo, pelo
prazo de 10 anos, a abertura de qualquer novo curso de medicina no Brasil.
Qualificar
o debate sobre a integração
Enfim,
um debate democrático e qualificado em torno do programa Mais Médicos, da
presença de médicos cubanos aqui no Brasil e em mais de 70 países, e também,
sobre as conquistas da Revolução Cubana, deve ser organizado pelos partidos e
sindicatos, pelo movimento estudantil, pelos movimentos sociais, pela
Solidariedade a Cuba, pelas TVs e rádios comunitárias, como forma de impulsionar
a integração da America Latina, que, neste episódio, está demonstrando o quanto
pode ser útil à população mais pobre. A TV Brasil pode cumprir uma função muito
útil, pode divulgar documentários já existentes sobre o trabalho de médicos em
regiões inóspitas e adversas em diversos países.
É
preciso expandir esta integração, avançar pela educação, pela informação, não
havendo justificativas para que o Brasil ainda não esteja conectado com a
TELESUR, por exemplo, que divulgado amplo material jornalístico informando que 3
milhões e meio de cidadãos latino-americanos já foram salvos da cegueira graças
a Operação Milagro, pela qual médicos cubanos e venezuelanos realizam,
gratuitamente, cirurgias de cataratas em vários países da região.
TELESUR -Logo do Canal Capibaribe (Brasil) |
Enquanto
o povo argentino, por exemplo, já pode sintonizar gratuitamente a TELESUR e
informar-se de tudo isto, o povo brasileiro está impedido, praticamente, de
receber informações que revelam o andamento da integração da America Latina.
Mas, com a chegada dos médicos cubanos, a integração será cada vez mais pauta da
agenda do debate político nacional e receberá , certamente, um impulso político
e social, notável, pois o povo brasileiro, saberá , com nobreza e humanismo,
valorizar e apoiar o programa Mais Médicos. Alias, é exatamente isto o que tanto
apavora a medicina capitalista.
Há
70 mil engenheiros estrangeiros no Brasil hoje!
Segundo
dados recentes do Ministério do Trabalho, existem hoje trabalhando no Brasil
cerca de 70 mil engenheiros estrangeiros. Nenhuma gritaria foi feita. Neste
caso, trata-se de petróleo e outros projetos, muito lucrativos para as
multinacionais. Mas, quando se trata de salvar vidas, acendem-se todas as
fogueiras do inferno da nova inquisição contra uma cooperação que é lógica e
indispensável, solidária e humanitária. Por que é aceitável a importação de
telefones, equipamentos médicos, remédios, cosméticos, roupas, caviar, bebidas,
vacinas e não se aceita a cooperação de médicos de Cuba, sendo este o único país
em condições objetivas de apresentar-se prontamente e de maneira eficaz com
profissionais experimentados. Será que as representações médicas brasileiras
possuem sequer uma remota ideia de que estão proferindo insultos a esta bela
história da medicina socialista de Cuba?
Quem
pagará a conta da demora?
A
presidenta Dilma tem inteira razão em convocar os Médicos Cubanos, algo que já
poderia ter sido feito há mais tempo, amenizando a dor e o sofrimento de milhões
de brasileiros abandonados por um sistema de saúde e por uma mentalidade de
parcelas das representações médicas que, por mais absurdo que pareça, ainda
tentam justificar este abandono. Aliás, com a determinação da presidenta Dilma
está absolutamente revelada a importância da integração da América Latina, não
havendo justificativas para que esta modalidade de integração nas esferas
sociais, não avance também para outras áreas, como a educação, por exemplo.
Foi
exatamente com o método cubano denominado “Yo, si, puedo”, que Venezuela,
Bolívia, Equador são países declarados pela UNESCO como “Territórios Livres do
Analfabetismo”, sempre com a participação direta de professores cubanos.
Muito
em breve, será a Nicarágua, que vai recuperar aquele galardão, que já havia
conquistado durante a Revolução Sandinista, mas depois perdeu, na era
neoliberal.
Por
quanto tempo o Brasil terá apenas projetos pilotos, em apenas 3 cidades, com o
método de alfabetização cubano, que, aliás, já tem absoluta comprovação e
reconhecimento mundiais? Que espera a sexta economia do mundo em convocar ainda
mais a cooperação cubana para erradicar o analfabetismo? Quem pagará a conta
desta injustificável demora?
Dra. Milagro Cárdenas Lopes - médica cubana |
Termino
com a declaração da Dra. Milagro Cárdenas Lopes, cubana, negra, 61 anos “Somos
médicos por vocação, não nos interessa um salário, fazemos por amor”, afirmou.
Em seguida, dirigiu-se com seus companheiros para os ônibus organizados pelo
Exército Brasileiro, que cuida de seu alojamento. Sinal de que a integração está
escrevendo uma nova página na história da América Latina.
______________________
[*] Beto
Almeida
(Carlos Alberto Almeida), membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato, é
jornalista premiado com a Medalha Félix Elmuza pela União dos Jornalistas de
Cuba (UPEC); atualmente atua como membro da Junta Diretiva da La Nueva Televisión Del Sur (Telesur) e
da Comissão de Justiça e Paz da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB). Também é correspondente da Radio de Madres Plaza de Mayo na Argentina.
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