sexta-feira, 7 de março de 2014

E onde está a rampa para Obama sair dessa sua espiral de escalada?

7/3/2014, [*] Moon of Alabama  
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Barack Obama conversa com assessores de "Segurança Nacional". Sala Oval em 6/3/2014
Obama aponta para a rota de desescaladana Ucrânia, dizendo o seguinte:

Deixemos que monitores internacionais entrem na Ucrânia, inclusive na Crimeia, para garantir que os direitos de todos os ucranianos estão sendo respeitados, inclusive dos russos étnicos. Iniciemos consultas entre o governo da Rússia e da Ucrânia, com a participação da comunidade internacional.

A Rússia poderá manter seus direitos de ter bases na Crimeia, desde que obedeça aos acordos e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.

Vídeo completo (4’ 21”) − aqui, em inglês − na postagem seguinte pode-se ler a tradução da transcrição da fala completa de Obama:


Mas... mas... por favor, COMO um presidente dos EUA pode garantir um contrato que depende de a Ucrânia aceitar?

Obama valoriza tanto a “autodeterminação” e a “democracia” de país a 10 mil milhas de distância dos EUA, que já está ORDENANDO o que aquele país deve fazer, o que deve aceitar, com o que deve concordar, num caso ou noutro?! Só se for doida, a Rússia acreditará em “garantias” de Obama.

Obama quer tanto alguma desescalada, que já ordenou sanções contra cidadãos russos e seu respectivo dinheiro, e pressiona países europeus para que façam o mesmo. A Rússia retaliará com medidas similares.

Obama envia mais jatos de combate para a Lituânia e a Polônia e já enviou mais um destroyer para o Mar Negro. A Rússia reforçará suas forças ocidentais. O fantoche que o governo Obama instalou em Kiev, para ajudar na “desescalada”, convidou a OTAN a Kiev, prometendo assinar partes de um acordo de associação com a União Europeia, já antes de que aconteçam novas eleições na Ucrânia. Pesquisas estão mostrando que nenhum dos lados na Ucrânia tem maioria. Contrariando as votações no Parlamento russo, para aceitar a Crimeia na Federação Russa.

Se Obama e seu fantoche “Yuk” continuarem nessa “rota de desescalada”, em poucas semanas os EUA estarão sob risco máximo de ataque iminente (orig. DEFCON-1). [1]

Obama disse que oferecia à Rússia uma “rampa de saída”. Mas a tal “rampa de saída” inclui pedir à Rússia que reconheça governo ilegítimo, não eleito, governo fantoche, em Kiev. A Rússia jamais aceitará tal coisa. O troca-troca portanto prosseguirá. Onde está a rampa para Obama cair fora dessa sua espiral de escalada?
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Nota dos tradutores

[1] Defense Readiness Condition (DEFCON) [condição de prontidão para defender-se] é um alerta usado pelas forças armadas dos EUA. O sistema DEFCON foi desenvolvido pelos Comandantes do Estado-maior e comandos especificados de combate. O sistema prescreve cinco níveis de alerta para os militares dos EUA, que vão de situação menos grave (DEFCON 5) à situação mais grave (DEFCON 1), para fazer frente a diferentes ameaças.
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[*] “Moon of Alabama” é título popular de “Alabama Song” (também conhecida como “Whisky Bar” ou “Moon over Alabama”) dentre outras formas. Essa canção aparece na peça Hauspostille (1927) de Bertolt Brecht, com música de Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês. Foi regravada por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e The Doors (1967). No Brasil, produzimos versão SENSACIONAL, na voz de Cida Moreira, gravada em “Cida Moreira canta Brecht”, que incorporamos às nossas traduções desse blogMoon of Alabama, à guisa de homenagem. Pode ser ouvida a seguir:


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