sexta-feira, 7 de março de 2014

Barack Obama dos EUA: “Sobre a Ucrânia”

7/3/2014, 9:32 a.m. (transcrito do vídeo em Kyiv Post, Ucrânia)
Traduzido da transcrição pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido num beco em New York lá pelo pelo meio-dia de hoje (7/3/2014): “Só uma coisa é certa: Obama pirô-total [orig. “went bananas”]. Se escaparmos dessa, deveremos uma a Putin, não a Obama”.


BARACK OBAMA, PRESIDENTE DOS EUA: “Quero atualizá-los rapidamente sobre nossos esforços para superar a crise atual na Ucrânia.

Desde a intervenção russa, trabalhamos para mobilizar a comunidade internacional para condenar essa violação da lei internacional e apoiar o povo e o governo da Ucrânia.

Essa manhã, assinei ordem executiva que autoriza sanções contra indivíduos e entidades responsáveis por violar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia ou por roubar patrimônio do povo ucraniano.

Segundo minha orientação, o Departamento de Estado também implantou restrições a viagens de certos indivíduos e funcionários. Essas decisões dão continuidade a nossos esforços para impor custos à Rússia e aos responsáveis pela atual situação na Crimeia.

Essas medidas também nos dão flexibilidade para ajustar nossa resposta adiante, baseados nas ações da Rússia. Essas medidas foram tomadas em coordenação estreita com nossos aliados europeus. Falei com vários de nossos mais próximos amigos em todo o mundo e vejo com satisfação que nossa unidade internacional está ativa nesse importante momento. 

Já nos movimentamos juntos para anunciar substancial assistência ao governo em Kiev e hoje em Bruxelas nossos aliados tomaram medidas semelhantes para impor custos à Rússia. Tenho confiança de que estamos avançando juntos, unidos em nossa determinação de nos opor a ações que violam a lei internacional e apoiar o governo e o povo da Ucrânia, e isso inclui defender o princípio da soberania do estado.

O referendo proposto sobre o futuro da Crimeia violaria a Constituição da Ucrânia e a lei internacional. Qualquer discussão sobre o futuro da Ucrânia deve incluir o governo legítimo da Ucrânia.

Em 2014, já estamos muito distantes dos dias em que as fronteiras eram redesenhadas por cima dos líderes democráticos. Ao tomarmos essas medidas, que deixar claro que há meio para resolver essa crise que respeita os interesses da Federação Russa e também do povo ucraniano.

Deixemos que monitores internacionais entrem na Ucrânia, inclusive na Crimeia, para garantir que os direitos de todos os ucranianos estão sendo respeitados, inclusive dos russos étnicos. Iniciemos consultas entre o governo da Rússia e da Ucrânia, com a participação da comunidade internacional.

A Rússia poderá manter seus direitos de ter bases na Crimeia, desde que obedeça aos acordos e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. E o mundo apoiará o povo da Ucrânia no caminho para eleições em maio.

Essa é a via para a desescalada e o secretário [de Estado John] Kerry está trabalhando em discussões com as partes relevantes, inclusive Rússia e Ucrânia, para adotarmos essa via. Mas se prosseguir essa violação da lei internacional, a determinação dos EUA e de nossos aliados e da comunidade internacional permanecerá firme.

Entrementes, já tomamos providências para reafirmar nosso compromisso com a segurança e a democracia de nossos aliados na Europa Oriental e para apoiar o povo da Ucrânia.

Um último ponto. Está havendo muita conversa no Congresso sobre essas questões. Hoje, mais uma vez, estou pedindo ao Congresso mais uma vez que dê prosseguimento a essas palavras, com ações. Especificamente, para apoiar a capacidade do FMI para emprestar recursos à Ucrânia e garantir assistência norte-americana ao governo da Ucrânia, para que possa atravessar essa tempestade e estabilizar sua economia, fazer as reformas necessárias, atender ao próprio povo, medidas as quais, todas elas, garantirão caminho mais suave para as eleições marcadas para maio.

Hoje o mundo pode ver que os EUA estão unidos aos nossos aliados e parceiros, na defesa da lei internacional e na busca de resultado justo que faça avançar a segurança global e o futuro que o povo da Ucrânia merece. É o que continuaremos a fazer nos dias vindouros, até que tenhamos essa crise resolvida.




Nota dos tradutores

[1] Fala de Obama publicada hoje em Kiev com link para o texto da Ordem Executiva que Obama também assinou hoje e que:

(...) congela bens de indivíduos envolvidos em roubo de patrimônio da Ucrânia e que contribuíram para a invasão pela Rússia da península da Crimeia, dentre outras sanções (...)


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