segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Comentários ao debate Obama x Romney de 3/10/2012


4/10/2012, Pepe Escobar, Asia Times Online (em tradução)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Pepe Escobar
1-. Boa dica a aproveitar nos debates (se houver!) em SP

COMENTÁRIO de Clyde Duncan, works at Cn Nl railway

O gov. Romney veio preparado para provocar o presidente Obama e o jornalista-coordenador do debate, e para mentir a 67 milhões de telespectadores. Se o pres. Obama tivesse optado por responder àquela estratégica, teria sido apresentado na linha de “negro ressentido e irado” (já havia manchetes prontas).

Obama optou por deixar o gov. Romney mentir à vontade. O jornalista-coordenador ou estava também adestrado ou decidiu, por decisão sua, pessoal, apoiar a estratégia de Romney.

A única alternativa, para o presidente Obama, seria interromper a fala do gov. Romney. Esse tipo de movimento distrai a atenção dos telespectadores, chama a atenção mais para a “briga” do que para qualquer discussão mais séria. Distrair a atenção dos telespectadores era exatamente o objetivo de Romney.

O presidente Obama é professor de Direito e sabe argumentar em público. Fez muito bem em não se deixar envolver na estratégia “de briga” e não se deixou prender na arapuca armada por Romney e seus marketeiros. Que eles trabalhem melhor da próxima vez – se ainda esperam ganhar alguma eleição!

Semana passada alguém disse na televisão é que cedo para dar Romney por derrotado. Pois eu digo que é cedo demais para dar por derrotado o presidente Obama.
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2-. Para avaliar a extensão do DESASTRE nos EUA

Sheikh Waqasuddin Al-Pakistani K (Comentarista do jornal)

Os Republicanos escolheram Mitt Romney, o pior candidato possível, o mais derrotável que encontraram, por boas razões. Os Republicanos conhecem perfeitamente a extensão da catástrofe econômica e militar rumo à qual os EUA caminham e à qual logo chegarão, em futuro próximo. OS REPUBLICANOS NÃO QUEREM A PRESIDÊNCIA.

E acho que o presidente Obama, intelectual ingênuo, mas capaz de avaliar a fragilidade da posição dos EUA no mundo, teve, mais ou menos, a mesma ideia: optou por sabotar a própria candidatura, na luta para PERDER A ELEIÇÃO.

Os EUA aproximam-se de seu momento Kucuk Kaynarca [tratado de paz assinado dia 21/7/1774, entre o Império Russo e o Império Otomano, que pôs fim à guerra russo-turca de 1768-1774 e ao Império Otomano (NTs)]. A derrota catastrófica no Iraque e, agora, no Afeganistão, e os consequentes colapso econômico e torvelinho político, expõem hoje aos olhos do mundo, pela primeira vez, a real extensão do declínio dos EUA.

Nessa eleição nos EUA, não há o que ganhar. É eleição para definir qual o mais esperto, que mais rapidamente consiga perder a eleição. Porque quem perder a eleição ainda poderá sonhar com algum futuro político. Mas quem vencer a eleição, será o presidente do fracasso norte-americano e estará acabado.

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