17/10/2012, Infobae, Uruguay
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Por
estreita margem, o Congresso do Uruguai aprovou a interrupção da gravidez
durante as 12 primeiras semanas de gestação, lei que o presidente José Mujica já disse que promulgará.
Parlamento uruguaio |
O
projeto de lei recebeu 17 votos a favor
e 14 contra no Senado, depois de ter sido aprovado na Câmara, mês passado. O
partido da Frente Ampla, que está no governo, conseguiu aprovar o projeto graças
ao voto de um deputado do Partido Nacional, da oposição.
O
presidente José Mujica anunciou que
promulgará a lei. Em 2008, o então presidente Tabaré Vázquez vetou
iniciativa semelhante, aprovada pelo Congresso.
“Com
esta lei, o Uruguai entra para o bloco dos países desenvolvidos que, na maioria,
já adotaram critérios para liberar o aborto, reconhecendo o fracasso das normas
penais que tentam impedi-lo” – disse o senador Luis Gallo, da Frente Ampla,
em discurso no
Senado. A oposição ameaçou derrogar a lei “se recebermos a
confiança dos cidadãos para voltarmos ao governo em 2015” .
O
aborto era considerado crime do Uruguai desde 1938.
A lei agora aprovada permite à
mulher interromper a gravidez, depois de consultas que durarão cinco dias com um
grupo de profissionais da saúde, sobre sua decisão.
O
Presidente José Mujica já havia afirmado em setembro que despenalizar o aborto
“puede reduzir a quantidade de casos”, além de esclarecer que nunca vetaria uma lei sancionada pelo
Parlamento.
O
Uruguai, um país de tradição cristã, onde o Estado e a Igreja são independentes,
é o terceiro da América Latina a aprovar
a despenalização do aborto, depois de Cuba e Guiana. A estes se soma a
cidade do México.
Pesquisa
da Consultoria Cifra, divulgada há algumas semanas, indicou que 52% dos
uruguaios concordam com a despenalização do aborto; e 34% são
contrários.
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