segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Bandeira Olímpica... e Marina Silva, a “ética” e “ecológica” entregou a bandeira olímpica a soldados da OTAN?!


29/7/2012, Manlio Dinucci (recebido por e-mail em italiano; enviado simultaneamente, pelo autor, para Il Manifesto, Itália, sob o título La bandiera olimpica in mano ai militari , aqui modificado)
Enviado e traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Manlio Dinicci
As Olimpíadas podem ser “tempo de amizades novas e renovadas, onde se forjam a paz e o entendimento”. Assim o Arcebispo de Westminster saudou os atletas chegados a Londres, vindos de todas as partes do mundo. Para manifestar esse espírito, na cerimônia de abertura, o governo de Sua Majestade entregou a bandeira com os cinco círculos olímpicos, símbolo de paz... a um esquadrão de 16 soldados britânicos, selecionados entre os que mais se destacaram em guerras em curso.

À frente do esquadrão, formado de oficiais e soldados das três armas, vinha Tal Lambert, diretor de comunicações das bases aéreas de Lyneham e Brize Norton, usada ano passado na guerra contra a Líbia.
Dentre outros militares da Real Força Aérea britânica, ali estava o Sargento Suneil Raval, condecorado por participação nas guerras dos Balcãs e do Iraque. Dentre os da Marinha e das Forças Especiais, vinha o oficial John Hiscock, condecorado pela Rainha com a Medalha da Galanteria, por ação na invasão do Iraque. Dentre os do Exército, o sargento Kyle Reains, condecorado por ação em combate no Iraque e no Afeganistão, onde foi ferido; e o cabo Josh Rainey, com duas missões de alto risco no Afeganistão, no currículo.

Exibir um esquadrão militar a carregar não só a bandeira britânica, mas também a bandeira olímpica foi gesto altamente simbólico: a reafirmação de que os exércitos da Grã-Bretanha e de outros países da OTAN não fariam guerra de agressão e só operariam no interesse da paz e da humanidade.

Causa escândalo e vergonha que o Comitê Olímpico Internacional tenha admitido essa manifestação de forças militares, que deve ser proibida, para o futuro, em qualquer país no qual se realizem as Olimpíadas.

Também causa escândalo e vergonha que a imprensa internacional tenha ignorado essa manifestação, embora toda a imprensa mundial tenha testemunhado o gesto belicista. Mas jornais, televisões e jornalistas profissionais estavam ocupados em comentar o chapéu da rainha, no momento em que militares hasteavam a bandeira olímpica, reafirmando a glória do Império Britânico.

Em tempo: Entre as “entidades” vestidas de branco, que entregaram a bandeira olímpica aos cuidados de soldados da OTAN, vinha, surpreendentemente, D. Marina Silva, brasileira, sem NENHUM atributo que a qualifique para estar naquele lugar pressuposto honroso e que absolutamente NADA representa no Brasil.
Dado que ainda não se sabe, no Brasil, POR QUE foi convidada, aproveitamos a oportunidade para registrar, por hora, o nosso escândalo e a nossa vergonha apenas PESSOAIS. Voltaremos a esse assunto [Nota dos tradutores brasileiros].

3 comentários:

  1. Com regularidade leio este blog e tenho gostado muito das informações, principalmente relacionadas com o mundo arabe e muculmano. Contudo me surpreende as vezes, interpretações como esta das pessoas que carregaram aquela bandeira olimpica, inclusive a Marina. Tenho reservas com a postura da Marina, a meu ver muito individualista, porem temos que ser um pouco democraticos para nao cair na critica futil e elevar a qualidade do debate. Concordo com a abordagem do jornalista que é impessoal e fala do gesto simbolico do COI em entregar uma bandeira olimpica a militares, porem não consigo concordar em relacionar as pessoas que estavam la, principalmente o maestro Baremboim, com o gesto do COI.
    Francisco Souza

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  2. (comentário enviado por e-mail e postado por Castor)

    A gente precisa botar na cabeça que vivemos num País sem imagem. Jamais cuidamos de criá-la convenientemente, porque as "elites" têm vergonha do seu povo. Aí os outros aproveitam e inventam qualquer coisa, que vamos aceitando. Se houver recusa (quase nunca), essa qualquer coisa nos é metida goela abaixo e a gente se esquece da purga resultante.

    Abraços do
    ArnaC.

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  3. (Comentário enviado por e-mail e postado por Castor))


    Pois é. Marina Silva sempre se comportou como agente do império britânico, ajudando a segregar do território nacional enormes espaços, a pretexto de criar parques nacionais e de reconhecer áreas gigantescas como pertencentes a reduzidas populações indígenas, algumas das quais importadas para essas áreas, como aconteceu com a reserva “ianomâmi”, etnia que nunca existiu.

    Ela é, portanto, da laia de FHC e de numerosos outros servidores do império, gente que não faz isso só pela convicção deles de que os gringos são superiores aos brasileiros, mas também porque o império os recompensa regiamente, uma boa palavra para uma mulher que se comporta como serviçal da família real britânica.

    Esta, juntamente com os banqueiros oligárquicos a que está umbilicalmente ligada, só pensa em minérios preciosos e estratégicos, dos quais detém, inclusive no Brasil, a maior parte e trata de estender e aprofundar suas conquistas monopolísticas.

    Injetaram, inclusive, muito dinheiro na campanha dessa mulher à presidência da República com a dupla finalidade de encher a bola dela e de fazer a eleição ir para o segundo turno.

    Muita gente foi enganada com a imagem de gente humilde e honesta que os profissionais de marketing e a mídia promovem maciçamente.

    E que faz o “governo”, quando o império britânico tripudia do Brasil homenageando uma traidora de nosso País? Ao que eu saiba, assiste a tudo quieto.

    Abraços,

    Adriano Benayon

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