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E Marina Silva, a “ética” e “ecológica” entregou a bandeira olímpica a soldados
da OTAN?!
29/7/2012, Manlio Dinucci (recebido por e-mail em
italiano; enviado simultaneamente, para o autor, para Il Manifesto, Itália, sob
o título “La bandiera olimpica in mano ai militari” , aqui modificado)
Enviado e traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Enviado e traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Manlio Dinucci |
As
Olimpíadas podem ser “tempo de amizades novas e renovadas, onde se forjam a paz
e o entendimento”. Assim o Arcebispo de Westminster saudou os atletas chegados a
Londres, vindos de todas as partes do mundo. Para manifestar esse espírito, na
cerimônia de abertura, o governo de Sua Majestade entregou a bandeira com os
cinco círculos olímpicos, símbolo de paz... a um esquadrão de 16 soldados
britânicos, selecionados entre os que mais se destacaram em guerras em curso.
À
frente do esquadrão, formado de oficiais e soldados das três armas, vinha Tal
Lambert, diretor de comunicações das bases aéreas de Lyneham e Brize Norton,
usada ano passada na guerra contra a Líbia.
Dentre outros militares da Real
Força Aérea britânica, ali estava o Sargento Suneil Raval, condecorado por
participação nas guerras dos Balcãs e do Iraque. Dentre os da Marinha e das
Forças Especiais, vinha o oficial John Hiscock, condecorado pela Rainha com a
Medalha da Galanteria, por ação na invasão do Iraque. Dentre os do Exército, o
sargento Kyle Reains, condecorado por ação em combate no Iraque e no
Afeganistão, onde foi ferido; e o cabo Josh Rainey, com duas missões de alto
risco no Afeganistão, no currículo.
Exibir
um esquadrão militar a carregar não só a bandeira britânica, mas também a
bandeira olímpica foi gesto altamente simbólico: a reafirmação de que os
exércitos da Grã-Bretanha e de outros países da OTAN não fariam guerra de
agressão e só operariam no interesse da paz e da humanidade.
Causa
escândalo e vergonha que o Comitê Olímpico Internacional tenha admitido essa
manifestação de forças militares, que deve ser proibida, para o futuro, em
qualquer país no qual se realizem as Olimpíadas.
Também
causa escândalo e vergonha que a imprensa internacional tenha ignorado essa
manifestação, embora toda a imprensa mundial tenha testemunhado o gesto
belicista. Mas jornais, televisões e jornalistas profissionais estavam ocupados
em comentar o chapéu da rainha, no momento em que militares hasteavam a bandeira
olímpica, reafirmando a glória do Império Britânico.
Em
tempo:
Entre as “entidades” vestidas de branco, que entregaram a bandeira olímpica aos cuidados
de soldados da OTAN, vinha, surpreendentemente, D. Marina Silva, brasileira,
sem NENHUM atributo que a qualifique para estar naquele lugar pressuposto
honroso e que absolutamente NADA representa no
Brasil.
Dado
que ainda não se sabe, no Brasil, POR QUÊ foi convidada, aproveitamos a
oportunidade para registrar, por hora, o nosso escândalo e a nossa vergonha
apenas PESSOAIS. Voltaremos a esse assunto [Nota dos tradutores
brasileiros].
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