22/7/2012, M K
Bhadrakumar*, Asia Times Online
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
A
emergência de Israel, que sai da paisagem de fundo, só pode significar uma
coisa: que a crise síria encaminha-se para a fase decisiva. Acenderam-se as
luzes no palco de operações, e começou a operação de esculpir a Síria. O que vem
por aí não será bonito de ver. O paciente não será anestesiado, e o
cirurgião-chefe prefere liderar das coxias, enquanto seus capangas fazem o
serviço sujo.
Bashar al-Assad |
Até
agora, Turquia, Arábia Saudita e Qatar fizeram tudo o que podiam para
desestabilizar a Síria e remover de lá o regime chefiado pelo presidente Bashar
al-Assad. E Bashar continua vivo. Daqui em diante, só a expertise dos
israelenses, para completar o serviço.
Alguém
terá de enfiar a faca, bem fundo, nas costas de Bashar. O rei da Jordânia não
pode fazer o serviço: mal chega aos joelhos de Bashar. Os xeiques sauditas e
quataris, flácidos e gorduchos, não são dados a agitação física. A Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) prefere ser deixada de fora, depois que
queimou os dedos na Líbia, em operação limítrofe com crime de guerra. Sobra a
Turquia.
Em
princípio, a Turquia tem poder muscular, mas intervenção na Síria é missão de
altíssimo risco, e uma das heranças mais duradouras de Kemal Ataturk é que a
Turquia evite expor-se a riscos. Além do quê, os militares turcos não estão lá
em muito boa forma.
Recep Tayyip Erdogan |
O
primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan tampouco tem conseguido arrastar a
maioria dos turcos na direção de aceitarem fazer guerra contra a Síria. O
próprio Erdogan navega águas perigosas, tentando aprovar emendas na Constituição
turca que farão dele um verdadeiro sultão – como se o presidente François
Hollande da França passasse, de repente, a acumular as funções do
primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault e de Martine Aubry, presidente do Partido
Socialista, além da presidência da França.
Obviamente,
Erdogan não porá em risco a própria carreira política. Além do mais, há
imponderáveis – uma potencial volta do chicote para dentro da própria Turquia,
pela minoria alawita (que ressente o crescimento do salafismo no governo de
Erdogan); e o perigo perene de cair numa armadilha armada por militantes curdos.
Al-Jazeera entrevistou um
líder alawita na Turquia, semana passada, que manifestou preocupação crescente
com o tom cada vez mais sectário da disputa interna na Síria, inspirada por
sunitas salafistas. Temem um levante salafista dentro da Turquia. Para os
alawitas turcos, Assad “tenta manter coesa uma Síria pluralista e tolerante”.
Planos
de contingência
Mas tudo isso se
vai tornando irrelevante. Na 6ª-feira, o New York Times noticiava,
citando funcionários do governo em Washington, que o presidente Barack Obama dos
EUA “está aumentando a ajuda aos rebeldes e redobrando esforços para construir
uma coalizão de países com pensamento assemelhado ao dos EUA, para derrubar à
força o governo [da Síria]”. [2]
Noticiava
também que agentes da CIA que estão no sul da Turquia “já há várias semanas”
serão mantidos na missão de criar cada vez mais violência contra o regime sírio.
Enquanto isso, EUA e Turquia também estão trabalhando juntos para implantar um
“governo provisório pós-Assad” na Síria.
Na
mesma direção, líderes da Fraternidade Muçulmana proscrita na Síria organizaram
um conclave de quatro dias em Istambul para criar “um partido islâmico”.
“Estamos prontos para a era pós-Assad, temos planos para a economia, as cortes
de justiça, a política” – anunciou o porta-voz da Fraternidade Muçulmana.
Diz
o New York Times que Washington mantém-se em íntimo contato com Ankara e
Telavive, para discutir “uma ampla gama de planos de contingência” sobre “como
administrar um colapso do governo sírio”.
O
plano operacional que está emergindo prevê que, enquanto Ankara avança nas
operações clandestinas dentro da Síria (pagos pela Arábia Saudita e Qatar),
Israel cruzará a fronteira, entrando na Síria pelo sul e atacará Bashar
militarmente, para degradar sua capacidade de resistir à ameaça turca.
A Turquia também
avançou na guerra psicológica, projetando – com televisões, jornais e
jornalistas – a ideia de que o regime sírio começa a rachar. Jornalistas e
comentaristas turcos já disseminam a palavra. Murat Yetkin, do Hurriyet,
jornal diário pró-establishment, reproduziu palavras de um oficial turco
que dizia que,
Nosso pessoal [a
inteligência turca] em campo já observa que a maioria urbana, que até agora
estava preferindo manter-se neutra, começa a apoiar os grupos da oposição.
Acreditamos que o povo sírio começa a perceber que o governo está
rachando.
De
fato, essas emocionantes versões também refletem a preocupação, no
establishment turco, ante a evidência de que o regime sírio não dá
qualquer sinal de capitulação, apesar dos incansáveis golpes que tem sofrido dos
“rebeldes”.
Missão para
Moscou
A
melhor esperança de Erdogan é que a inteligência turca consiga orquestrar algum
tipo de “golpe palaciano” em Damasco, nos próximos dias ou semanas. O que mais
alegraria Ankara seria ver Bashar substituído por uma estrutura de transição que
conserve elementos da atual estrutura Baathista do estado, o que facilitaria uma
transferência ordeira de poder para novo governo – quer dizer, em termos ideais,
uma transição em nada diferente do que houve no Egito depois da saída de Hosni
Mubarak.
Mas
Erdogan não tem certeza de que a Turquia consiga armar um golpe à moda Egito, em
Damasco. A corrida de Erdogan a Moscou, 4ª-feira passada, foi tentativa de
sondar Moscou para saber se seria possível montar uma estrutura de transição,
nova e estável, em Damasco, mediante algum tipo de cooperação internacional.
(Obama investiu o próprio peso na missão de Erdogan: na 5ª-feira, telefonou
pessoalmente ao presidente Vladimir Putin da Rússia, para discutir a Síria).
Curiosamente, pouco
antes de Erdogan sair para o encontro agendado com Putin no Kremlin, aconteceu
em Damasco um massivo ataque terrorista, que matou o ministro da Defesa da Síria
e seu chefe de Inteligência. Considerado aquele evento, Moscou ouviu polidamente
o que Erdogan tivesse a dizer e assegurou-lhe que manteria separação clínica
entre os laços estratégicos que unem Rússia e Turquia, de um lado; e, de outro,
a questão síria. E a posição russa manteve-se inalterada – como se viu bem
claramente, no veto no Conselho de Segurança da ONU, uma semana depois do
encontro com Erdogan.
Vitaly Churkin |
Não há dúvidas de
que Moscou já percebeu que o jogo aproxima-se do fim, na Síria. Em entrevista à
rede de televisão Rússia Today na 6ª-feira, o embaixador da Rússia à ONU,
Vitaly Churkin, [3] falou em termos
excepcionalmente fortes sobre o que está acontecendo:
Infelizmente, a
estratégia de nossos colegas ocidentais parece estar sendo encaminhada
exclusivamente para fazer aumentar as tensões na Síria e em torno da Síria.
Não perdem uma oportunidade. Dessa vez, aproveitaram a
circunstância de ser necessário prorrogar o mandato da missão de monitoramento
que opera na Síria, e acrescentaram, no mesmo projeto de Resolução rascunhado
por eles, inúmeras outras cláusulas inaceitáveis.
E continuou,
trazendo à cena também o Iraque:
Não há quem não
saiba que os maiores interventores humanitários do planeta – EUA e Grã-Bretanha
– intervieram no Iraque, por exemplo, declamando os mais nobres pretextos
(naquele caso, a existência de armas de destruição em massa que jamais
existiram). O resultado, no Iraque, foram 150 mil mortes, só entre os civis;
além de milhões de refugiados e legiões de seres humanos cujas vidas foram
arruinadas e vagam pelo país. Por tudo isso, não se deixem enganar pela retórica
do humanitarismo ocidental. Na política ocidental para a Síria, há muito mais
geopolítica, que humanismo.
Antes
de ir a Moscou, Erdogan foi a Pequim, que também já sente que os EUA estão
batendo o martelo sobre a Síria. O Global Times comentou, em editorial,
na 6ª-feira, que:
É provável que o
governo de Assad seja derrubado (...) diminuem muito rapidamente as chances de
solução política (...) as coisas na Síria podem mudar bem
rapidamente. [4]
Tom Donilon |
Tom Donilon, Conselheiro para Segurança Nacional dos EUA, está viajando para Pequim:
vai tentar descobrir se há alguma chance de conseguir que os chineses moderem a
posição sobre a Síria.
Rússia
e China veem com bons olhos a era Erdogan, que ampliou os laços entre esses
países e a Turquia. A Rússia obteve um contrato de $20-$25 bilhões de dólares
para a construção de usinas nucleares na Turquia. A China atraiu a Turquia, como
parceiro para os diálogos da Organização de Cooperação de Xangai. A Turquia
realizou um segundo exercício de manobras militares com a China, recentemente; e
sonha com ser a ponte que venha a unir a OTAN e Pequim.
O homem que não
vendeu sua alma
[5]
Mesmo
assim ambas, Rússia e China, considerarão, na análise, que, com uma “nova guerra
fria” em
construção, Washington espera que a Turquia volte ao ninho
antigo e desempenhe o papel de aliada numa vasta faixa de terra que se estende
do Mar Negro ao Cáucaso e ao Cáspio e até a Ásia Central. Em última análise, os
EUA jogam com inúmeros trunfos, cortesia da era da Guerra Fria, para manipular
as políticas turcas. É o que se vê bem claro na centralidade que Washington
atribui ao líder curdo iraquiano Massoud Barzani, na estratégia geral dos EUA.
Massoud Barzani e Barack Obama na Casa Branca |
Obama
recebeu Barzani recentemente, na Casa Branca. Barzani passou a ser o “pino de
conexão” das políticas de EUA-Turquia para a Síria. Está acontecendo poucos
meses depois de a ExxonMobil assinar,
em outubro, contratos para desenvolver os fabulosos campos de petróleo
localizados no Curdistão, região controlada por Barzani, sem dar atenção aos
protestos de Bagdá, de que tal negócio, firmado com uma autoridade provincial,
atropelando o governo central, viola a soberania do Iraque.
Semana
passada, a Chevron, gigante do
petróleo dos EUA, anunciou que também adquirira 80% do controle de outra
companhia que opera na região, cobrindo área somada de 1.124 quilômetros
quadrados sob o controle de Barzani.
A
entrada das empresas ExxonMobile e Chevron muda o jogo na política regional
para a Síria. O ponto é que a melhor via para transportar até o mercado mundial
o que for extraído dos depósitos gigantes de gás e petróleo no Curdistão é o
porto sírio de Latakia, no Mediterrâneo oriental. Não há qualquer dúvida de que
aí está uma nova dimensão a considerar no plano de jogo de EUA-Turquia sobre a
Síria.
Massoud Barzani |
A
empresa turca de engenharia e construção Siyah Kalem apresentou projeto para o
transporte do gás natural extraído do Curdistão. Evidentemente, em algum lugar
do subsolo, os interesses do business corporativo da Anatolia (que tem
laços com o partido islâmico que governa a Turquia) e a orientação da política
externa turca passaram a convergir. Os interesses de EUA e Turquia sobrepõem-se
na geopolítica das reservas de energia do norte do Iraque.
Barzani
não é só parceiro comercial de Washington e Ankara; é também agente chave que
pode ajudar a encaminhar o problema que a Turquia enfrenta com os curdos. Com o
apoio de Washington, Barzani lançou um projeto para reposicionar as várias
facções curdas – turcos, iraquianos e sírios – numa nova trilha política.
Mês
passado, Barzani organizou reunião das facções curdas em Arbil. Em termos
claros: Barzani tentou subornar os líderes de várias facções curdas com fundos
que lhe chegaram de Ankara. Diz que conseguiu reconciliar os diferentes grupos
curdos sírios. (A insurgência curda na Turquia é comandada por sírios de etnia
curda.) Diz também que conseguiu convencer os curdos sírios a romper os laços
que os ligam a Bashar e a alinhar-se ao lado da oposição síria.
Esses ecos de Arbil
têm peso vital no que Erdogan venha a fazer sobre a Síria. Como lembrou
recentemente um importante analista do Washington Institute for Near East
Policy, Soner Cagaptay, o xis da questão é que “grande parte da minoria
curda, agitada e bem organizada na Síria, não confia na Turquia”. [7]
O
salafismo em asas israelenses
Fato é que, em
última análise, só Israel pode resolver o dilema de Erdogan. O ministro da
Defesa de Israel, Ehud Barak declarou no fim de semana que “a Síria tem mísseis antiaéreos e mísseis
terra-terra avançados e elementos de armas químicas. Ordenei que o Exército de
Israel prepare-se para uma situação na qual teremos de considerar a
possibilidade de um ataque”. [8]
Ehud Barak |
Barak
acrescentou que “no momento
em que
[Bashar ] começar a cair, nós [Israel] iniciaremos monitoramento
de inteligência e nos associaremos a outras agências”. Falou depois de uma
visita secreta de Donilon a Israel, na semana anterior. Nos calcanhares da
visita de Donilon, chegou a Telavive a secretária de Estado dos EUA Hillary
Clinton, depois de um encontro histórico no Cairo com o presidente recém eleito
Mohammed Mursi da Fraternidade Muçulmana, que garantiu a Washington que não
pensa criar qualquer problema para Israel, em futuro pensável.
As
declarações de Barak rompem o fino véu de indiferença que Telavive manteve até
aqui sobre os desenvolvimentos sírios. O que emerge, em retrospecto, é que
Washington manteve Israel em resguardo até o momento de demolir fisicamente a
maquinaria de guerra de Bashar – empreitada que Erdogan não quer assumir ou não
tem capacidade para assumir.
O
mais provável é que Erdogan já estivesse de sobreaviso, para aparecer ao lado de
Barak, mas, político arguto, manteve as aparências de quem muito sofria com a
crise síria – ao mesmo tempo em que, clandestinamente, a alimentava.
Em
versão simples, Washington passou a perna em Moscou e Pequim.
Sempre afirmou que a ideia de os EUA intervirem diretamente na
Síria, ou ao estilo da intervenção indireta, por operação da OTAN, como na
Líbia, jamais passara pela cabeça de Obama. Como agora se vê, Obama não mentia.
O
que se desdobra hoje é visão espantosamente interessante: o salafismo voa nas
asas da Força Aérea israelense e vai aterrar em Damasco. Erdogan voltará, com
renovado vigor, a sacudir a árvore de Bashar em Damasco. E, a qualquer momento,
em futuro próximo, de repente, Barak por-se-á a decepar os galhos da árvore,
varrendo-os como raio.
Erdogan
e Barak deixarão tão nua a árvore de Bashar, tão desamparada, que ela perceberá
a futilidade do esforço para manter-se ereta sobre a própria raiz. E nada de
“intervenção militar”, nada de operações da OTAN, ninguém terá analogia alguma a
fazer com o que foi feito na Líbia. Nem Erdogan ordenará que seu exército marche
sobre a Síria.
Hillary Clinton |
A secretária de Estado Clinton
diria que isso é o “poder esperto”. Em ensaio grandiloquente intitulado “A arte
do Smart Power”, de sua lavra, semana passada, analisando o curioso
desenlace do conto da Primavera Árabe, Clinton escreveu que os EUA, hoje,
“lideram por novas vias”. [6]
Clinton
esclarece que os EUA estão expandindo “sua caixa de ferramentas de política externa
para integrar todos os ativos e parceiros, e fundamentalmente mudamos o modo
como nós [os EUA] fazemos negócios. (...) A trilha que interliga todos os nossos
esforços é um compromisso com adaptar a liderança global dos EUA às necessidades
de um mundo em mudança”.
Ao
final do dia, Erdogan fará da pedra, sopa, que engolirá untada em banha de
porco. A verdade nua e crua é que Israel fará, por ele, o serviço sujo na Síria.
Nada
resta a Erdogan, além de aceitar o fato de que não passa de uma das ferramentas
na “caixa de ferramentas” de Washington – nada mais, nada menos. Nunca foi seu
destino liderar o Oriente Médio muçulmano. O ocidente apenas lhe deu corda, para
que se enforcasse na própria conhecida vaidade.
Liderar
o Oriente Médio muçulmano é prerrogativa exclusiva de
Washington.
Notas de
rodapé
[1] Orig. smart
power. Sobre a expressão, ver Eric Etheridge, New York Times,
14/1/2009, “How
‘Soft Power’ Got ‘Smart’” [como o ‘Poder Suave’ virou ‘Esperto’], onde
se lê: “No discurso que fez ao aceitar a indicação para o cargo de secretária de
Estado do governo Obama, Hillary Clinton usou quatro vezes a expressão smart
Power [geralmente traduzido no Brasil por “poder inteligente”, mas, mais
literalmente, poder ‘esperto’]; na declaração, que antecedeu o discurso de
aceitação do cargo, usou nove vezes a mesma expressão”.
[2] 21/7/2012, New York Times, Eric
SCHMITT e Helene
COOPER
em: “Stymied
at U.N., U.S. Refines Plan to Remove Assad”.
[3] 20/7/2012,
redecastorphoto em: “Não
se deixem enganar pela retórica do humanitarismo ocidental”, Vitaly
Churkin, embaixador da Rússia à ONU, à rede Russia Today (entrevista transcrita e
traduzida ao português).
[4] 20/7/2012, Global Times,
Pequim,
[5] Orig. A man for all seasons. É expressão do séc.
16 inglês, tradicionalmente aplicada a Thomas More. Dá título também a uma
biografia cinematográfica, que recebeu no Brasil o título de “O homem que não
vendeu sua alma” [que se aproveita nessa tradução]
[6] 18/6/2012, “The
art of smart power”, Hillary Clinton, New
Statesman. Aí se lê, na
conclusão do artigo: “Não há precedente
real na história para o papel que os EUA desempenhamos hoje ou para a
responsabilidade que assumimos sobre os ombros. Isso é o que torna tão
excepcional a liderança dos EUA. Por isso confio que continuaremos a servir e a
defender uma ordem global pacífica e próspera ainda por muitos anos no
futuro”.
[7] 20/7/2012, CNNWorld, Soner Cagaptay, em: “Should Turkey be
afraid of the Syrian Kurds?”
[8] 20/7/2012, Jerusalem Post, Israel, Herb
KEINON, Reuters, em: “Barak: Israel may
seize advanced weapons in Syria”.
MK
Bhadrakumar* foi diplomata de
carreira do Serviço Exterior da Índia. Prestou serviços na União Soviética,
Coreia do Sul, Sri Lanka, Alemanha, Afeganistão, Paquistão, Uzbequistão e
Turquia. É especialista em questões do
Afeganistão e Paquistão e escreve sobre temas de energia e
segurança para várias publicações, dentre as quais The
Hindu, Asia
Online e Indian Punchline.
É o filho mais velho de MK Kumaran (1915–1994), famoso escritor, jornalista,
tradutor e militante de Kerala.
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