A equação brasileira: a saída para
o Pacífico
3/7/2012 (ing.) Adrian
Salbuchi, Russia
Today–
8/7/2012 (esp.) La
Haine.org –Adrian
Salbuchi
Excerto traduzido pelo pessoal da
Vila Vudu
Adrian Salbuchi |
Além
da semente transgênica da Monsanto, há também a necessidade de os EUA impedirem
o acesso do Brasil ao Oceano Pacífico (e à China).
Nada ali se refere
exclusivamente ao Paraguai que, apesar de ser nação pequena, localiza-se no
coração geopolítico e geoestratégico do continente sul-americano, como já
observaram estrategistas brasileiros do século passado. Controlar o Paraguai é
fator chave do controle sobre o continente, para os EUA, cuja principal meta é
frear o aumento crescente da influência do Brasil, integrante do chamado grupo
BRICS, com Rússia, China, Índia e África do Sul.
Recentemente,
o Brasil descobriu enormes reservas de petróleo em suas águas, na costa do
Atlântico, o que levou o país a melhorar e reforças suas forças navais e aéreas,
sobretudo depois de os EUA reativarem a IV Frota, do Atlântico Sul, criada
durante a IIa. Guerra Mundial, desativada em 1953 e novamente ativada durante o
governo de George W. Bush.
Manifestação anti-Golpe de Estado no Paraguai |
A
aproximação entre Brasil, Rússia, China e Índia exige que se estabeleçam novas
rotas pelo Pacífico, distantes do Atlântico cada vez mais controlado pela OTAN.
O controle político e militar norte-americano sobre o Paraguai é obstáculo
considerável no caminho desses interesses do Brasil e, além disso, é passo
preliminar nos projetos norte-americanos de constituir um bloco comercial com
países seus aliados na América Latina, especialmente México, Panamá (e o canal),
Colômbia, Peru, Chile e, agora, o Paraguai. Está sendo construído um verdadeiro
“muro do Pacífico”, que visa a cercar o Brasil e impedir que chegue ao Pacífico
e que caberá ao Brasil ultrapassar.
O
tipo de “democracia” que os EUA desejam...
Ao
longo do século 20, a América Latina assistiu a várias
tentativas de golpes de estado – civis e militares – orquestrados por EUA, Reino
Unido e suas respectivas agências de inteligência, CIA e MI6, que,
sistematicamente, orquestraram, financiaram, armaram e promoveram “mudanças de
regime” em vários países que resistiam a suas imposições.
Esses
golpes de “mudança de regime” instalaram no poder governos pró-EUA que lá
permaneceram ao longo de décadas, tendo à frente figuras de fama planetária,
como os generais Augusto Pinochet (Chile), Anastasio Somoza (Nicarágua),
Aramburu, Onganía e Videla (Argentina), Carlos Andrés Perez (Venezuela),
Fulgencio Batista (Cuba), Alfredo Stroessner (Paraguai), [e os generais MILICANALHAS BRASILEIROS - Nota da redecastorphoto] dentre muitos outros.
Dividir para governar. Também vale
na versão “enfraquecer para governar”. Essa parece ser a pauta fundamental de
uma bem provável espécie de ‘primavera latino-americana’, exatamente como também
já é pauta hoje da chamada ‘primavera árabe’.
É hora de alerta máximo. Há
novidades à vista.
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