6/2/2012,
David Kravets,
Wired
Traduzido
e comentado pelo pessoal da Vila
Vudu
Entreouvido
na Vila Vudu:
Fiquem espertos, porque, nesse mundo, só uma verdade é garantida. Nós NÃO SOMOS
consumidores de produtos e serviços de empresas como Google, Twitter, YouTube e toooooodas as chamadas
“empresas de comunicação” – inclusive as redes de televisão e as
empresas-imprensa – que vivem de anúncios publicitários.
NÓS
SOMOS A MERCADORIA que essas empresas vendem!
A
situação-arapuca (pensando bem... é engraçado!) na qual estamos todos presos
hoje é a seguinte:
Que
instrumentos e poderes e teorias e partidos tem (teria? Algum dia terá?!) A
MERCADORIA INJUSTIÇADA, para “exigir” liberdade de expressão”,
“democratização da comunicação” e “marcos regulatórios”?!
[Como?!
Como?! Entendi bem?!] Se não entendeu, releia até entender.
Um
blogueiro está ameaçado de ter de pagar centenas de milhares de dólares por
danos provocados contra a empresa em que trabalhava, depois de a empresa o ter
acusado de sequestrar os seguidores do patrão no Twitter.
O site da empresa Phone-Dog Media, da Carolina do Sul,
levantou questão legal sem precedentes, com uma simples pergunta – quem é o dono
dos “seguidores” de alguém no Twitter: o empregado ou o empregador? No
pé em que estão as coisas hoje, parece que a balança da justiça penderá a favor
do empregador.
O site The
PhoneDog processou um ex-blogueiro do
site, Noah Kravitz de Oakland, California, sob a acusação de que,
depois de demitir-se em 2010, Noah levou com ele os mais de 17 mil seguidores da
conta do site, que passaram a
seguir a conta, no Twitter, da
empresa TechnoBuffalo, concorrente da
PhoneDog, que contratou Kravitz. No
processo, Kravitz é acusado de mudar seu nome de usuário, de @PhoneDog_Noah,
para @noahkravitz.
O site The
PhoneDog está exigindo indenização de 340 mil dólares: $2,50 por seguidor
por mês, ao longo de oito meses. PhoneDog alega que forneceu a Kravitz o
nome de usuário-Twitter original,
como fornece a outros empregados, no padrão
@PhoneDog_(nome).
“Como efeito direto das práticas ilegais do acusado, a
empresa PhoneDog sofreu danos
comerciais, ao perder renda de publicidade [em função da diminuição de acessos]”
– como se lê na íntegra da petição
inicial do processo contra Kravitz apresentada à corte federal em San
Francisco.
A
empresa The PhoneDog acrescenta que,
por efeito da conduta criminosa de Kravitz, “houve significativa redução de
tráfego na página Internet, o que, por sua vez, reduziu o número de visitas e
acessos, redução que fez caírem os preços cobrados por inserção publicitária na
página The
PhoneDog.”
A
juíza Maria-Elena James, da corte federal de San Francisco, decidiu, semana
passada, que o processo pode ser levado adiante, dado que, como escreveu na
sentença, “o dano que PhoneDog alega
ter sofrido, na relação com seus potenciais anunciantes está suficientemente
demonstrado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.