sexta-feira, 6 de junho de 2014

Propaganda do “Dia-D” apaga contribuição dos soviéticos

6/6/2014, [*] Moon of Alabama
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido no Quiosque do Brilhareco na Vila Vudu: E Obama, O Ridículo, faz cara de mau e bate o pezinho no palanque, fugindo de falar com Putin. Tem razão nosso amigo Moon of Alabama: dá vergonha, mesmo, o tal de Ocidente e sua facinorosa “imprensa-livre”. Santo Deus! Até quando essa “mídia” continuará a ser, além de imprensa-empresa e bandida, também imprensa livre?! [risos muitos & pano rápido]

Operação Overlord (desembarque na Normandia)
(clique na imagem para aumentar)
Dá-se sempre enorme destaque ao ponto de vista “ocidental” sobre a Operação Overlord da IIª. Guerra Mundial. De fato, a invasão do “Dia-D” e o mês subsequente de combates no Front Ocidental, foram estrategicamente muito menos importantes que as operações dos soviéticos no Front Oriental.

Sem a operação soviética paralela – Operação Bagration – a invasão da fortaleza da Europa no oeste teria falhado. Se se consideram os números das forças envolvidas e de forças alemãs destruídas, pode-se dizer, sim, que a Operação Overlord não passou de movimento para manter ocupadas as divisões alemãs, enquanto o ataque soviético no leste destruía todos os exércitos nazistas.

Operação Bragation - prisioneiros alemães desfilam em Moscou em 17/7/1944
(clique na imagem para aumentar)
Na Conferência de Teerã, no inverno de 1943, Churchill, Roosevelt e Stalin [nomes listados em ordem alfabética (NTs)] alinharam as suas estratégias:

A declaração distribuída pelos três líderes, na conclusão da conferência, dia 1/12/1943, registrava as seguintes conclusões militares:
...

A invasão da França pelo canal (“Operação Overlord”) seria lançada durante maio de 1944, em conjunto com uma operação contra o sul da França. Essa operação seria lançada com a força máxima possível com os equipamentos de desembarque existentes. Adiante, a conferência registrou a declaração de Joseph Stálin, de que as forças soviéticas lançariam uma ofensiva mais ou menos no mesmo momento, com o objetivo de impedir que as forças alemãs se transferissem do Front Oriental para o Front Ocidental”.

Conferência de Teerã de 28/11 a 1/12 de 1943
(clique na imagem para aumentar)
Stálin fez muito mais que cumprir o que prometera:

As brigadas do Exército Vermelho e combatentes da Resistência, entre os quais muitos judeus e foragidos de campos de concentração, plantaram 40 mil cargas de demolição. Devastaram as estradas de ferro, vitais para a conexão entre o Centro do Exército Alemão e suas bases na Polônia e no leste da Prússia.

Três dias depois, dia 22/6/1944, no terceiro aniversário da invasão de Hitler contra a União Soviética, o marechal Zhukov deu a ordem para o assalto principal contra as linhas alemãs. 26 mil armas pesadas pulverizaram as posições avançadas dos alemães. Os gritos dos foguetes Katyusha foram seguidos pelo rugido de 4 mil tanques e pelos gritos de combate (em mais de 40 línguas) dos 1,6 milhão de soldados soviéticos. Assim começou a Operação Bagration, assalto contra um front alemão de mais de 600 quilômetros.

General Georgy Zhukov, comandante do Exército Vermelho na IIa. Guerra Mundial
(clique na imagem para aumentar)
...

A ofensiva soviética do verão foi várias vezes maior que a Invasão da Normandia, tanto na escala das forças envolvidas quando no preço direto que custou aos alemães.

No final do verão, o Exército Vermelho chegara já às portas de Varsóvia e às trilhas entre os Cárpatos que levam à Europa Central. Tanques soviéticos já haviam tomado em movimento de pinça o Centro do Exército Alemão e o destruíram. Só na Bielorrússia, os alemães perderiam mais de 300 mil homens. Outro gigantesco exército alemão fora cercado e seria aniquilado ao longo da costa do Báltico. E estava aberta a estrada para Berlim.

No total, cerca de 70-80% das baixas alemãs aconteceram no Leste. Em junho, julho de agosto de 1944 os soviéticos, só eles, destruíram cerca de 28 divisões alemãs, força alemã maior que a que havia no Front Ocidental no Dia-D.

Dá vergonha ver a quantidade de propaganda que se consome sobre o Desembarque da Normandia, se comparada à ausência de qualquer reconhecimento e homenagem aos imensíssimos esforços dos soviéticos no Front Oriental.




[*] “Moon of Alabama” é título popular de “Alabama Song” (também conhecida como “Whisky Bar” ou “Moon over Alabama”) dentre outras formas. Essa canção aparece na peça  Hauspostille (1927) de Bertolt Brecht, com música de Kurt Weil; e foi novamente usada pelos dois autores, em 1930, na ópera A Ascensão e a Queda da Cidade de Mahoganny. Nessa utilização, aparece cantada pela personagem Jenny e suas colegas putas no primeiro ato. Apesar de a ópera ter sido escrita em alemão, essa canção sempre aparece cantada em inglês. Foi regravada por vários grandes artistas, dentre os quais David Bowie (1978) e The Doors (1967). A seguir podemos ouvir versão em performance de Tim van Broekhuizen.


2 comentários:

  1. No dia 6/6/1944, o dia do desembarque da Normandia, 6/7 de todo o contingente das forças armadas nazistas estavam na Frente Leste - leia-se: principalmente na União Soviética - e apenas 1/7 em toda a Europa Ocidental. A imprensa e rádios ocidentais e posteriormante os filmes-propaganda de Hollywood, insintiram e ainda insistem que a Segunda Guerra Mundial foi ganha por causa deste desembarque. Cerca de 28 milhões de cidadãos soviéticos, entre militares e civis, morreram lutando contra o nazismo. Pouco mais de 750 mil, soldados e civis, norte-americanos e inglêses também morreram durante a Segunda Guerra. Afinal, quem foi mais importante na Vitória dos Aliados? A União Soviética ou os "generais" Kirk Douglas e Burt Lancaster?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A máquina anglo-sionista de propaganda é muito poderosa E... MENTIROSA!

      Excluir

Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.