domingo, 1 de junho de 2014

Ucrânia: Por que não há intervenção militar russa

30/5/2014, The Saker, The Vineyard of the Saker
Traduzido do inglês pelo pessoal da Vila Vudu (original em russo) [3]



The Saker

“O mês crítico, a esperar, é dezembro-2014”

Simon Uralov
O nível da discussão analítica pela Internet russa está perfeitamente avaliado pelo cientista político Simon Uralov: “Dizer que a crise ucraniana enlouqueceu a cabeça dos colegas em Kiev e os converteu em histéricos sedentos de sangue é fundamentalmente errado. Entre os colegas em Moscou também surgiu número incrível desse mesmo tipo de histéricos”

O objetivo desse artigo é dar um passo para fora da histeria e analisar friamente a situação na Ucrânia.

Começo pelos necessários esclarecimentos em vários tópicos emocionalmente importantes:

Por que não há intervenção militar russa? 

Igor Strelkov
Se esse artigo tivesse sido redigido há alguns poucos dias, parte significativa dele teria de ter sido dedicada a explicar por que enviar tropas à Ucrânia era não adequado; e que seria simples e puramente estúpido, mesmo depois do referendo. Por felicidade, o comando da Resistência em Slaviansk, Igor Strelkov, deu conta dessa missão melhor que eu: em sua mensagem por vídeo, ele claramente falou da inércia da população local de Lugansk e Donetsk em termos de ação real para defender os próprios interesses contra a Junta.

Antecipando discussões sobre o referendo, apresso-me a dizer que fazer uma marca na cédula de voto é certamente ótimo, mas não é muito diferente de outros tipos de comportamento de manada – como o “curtir” [ing. “like”] de Facebook.  Porque a marquinha “curtir” que se faz na célula do referendo não muda coisa alguma. O referendo foi ação necessária, mas não suficiente.

O quanto o Kremlin estava preparado para os eventos na Ucrânia e o quanto está tendo de improvisar, mesmo agora?

Aconselho que leiam o telegrama distribuído por WikiLeaks [1] – no qual se lê que o Kremlin já apontara claramente aos EUA em 2008 os cenários que se veem hoje em campo:

Especialistas nos dizem que a Rússia está particularmente preocupada com as fortes divisões que se veem na Ucrânia sobre o país integrar-se ou não à OTAN, com grande parte da comunidade russo-étnica posicionada contra a integração, o que pode levar a divisão do país, o que implicará violência e, no pior dos casos, guerra civil. Naquele caso, a Rússia terá de decidir se intervirá ou não; e é decisão que a Rússia não deseja ter de encarar.

É lógico assumir, portanto, que esse desenvolvimento absolutamente não foi surpresa para o Kremlin, e que agora estamos num script ainda mais desagradável, mas com menos nuanças: alguma coisa equivalente a um “Plano E”.

Para compreender o que o Kremlin fará a seguir, fixemos alguns objetivos:

  • Não permitir que a Ucrânia seja incorporada à OTAN.
  • Não permitir o estabelecimento e a estabilização, na Ucrânia, de um regime russófobo (o que pressupõe a des-nazificação).
  • Não permitir o genocídio da população russa do sudeste.
Idealmente, é indispensável implementar simultaneamente os três objetivos, ao mesmo tempo em que, enquanto são implementados, a economia russa não quebre, no momento em que vai sendo reorientada para a Ásia; e é preciso, também ao mesmo tempo, impedir que os EUA façam avançar seus objetivos econômicos à custa da União Europeia.

Como se podem alcançar todas essas metas?

Consideremos o cenário mais simples, e vejamos quais são as vulnerabilidades e as consequências negativas:

— Suponhamos que o exército russo entre na Ucrânia e, alguns dias depois, chegue a Kiev; e que, na sequência, logo assuma o controle de toda a Ucrânia. “Patriotas” festejarão muito, haverá desfiles na Khreschatyk e coisa-e-tal.

— Parecerá que os três objetivos acima teriam sido alcançados, mas teriam simultaneamente emergido os seguintes problemas:

1. Na União Europeia, a elite empresarial europeia já pisou delicadamente no pé de seus políticos e meteu o pé nos freios em relação às sanções; e o “Partido da Guerra” (também chamado “Partido dos EUA” ou, melhor dito, “Partido da Pax Americana”) vence bem evidentemente. Contra a Federação Russa, o efeito máximo de sanções reais aconteceu contra as próprias economias europeias, que entram em recessão. Mas não é evento que gere júbilo.

Cuidado com as minhas sanções!
Nesse contexto, os norte-americanos podem forçar a assinatura da versão norte-americana da “Parceria Trans-Atlântica para Comércio e Investimento” [orig. TTIP, Transatlantic Trade and Investment Partnership], pacto comercial, que converte a União Europeia em apêndice da economia dos EUA.

Nesse momento, as negociações daquele tratado estão em andamento e, para os EUA, a entrada de tropas russas na Ucrânia seria presente caído dos céus.

Sanções contra a Rússia destruiriam negócios europeus, e barreiras comerciais e de negócios contra os EUA completariam o serviço. No final, teríamos o quê? A União Europeia em estado semelhante a um pós-guerra; os EUA em festa e uniforme de gala, absorvendo mercados europeus nos quais não teriam concorrentes, nem agora, nem em curto prazo; a Federação Russa em situação que deixaria a desejar, longe da sua melhor forma. Alguém ainda não percebeu que, nesse contexto hipotético, o bobo da roda absolutamente não são os EUA?

Aliás, nem é preciso levar em consideração os argumentos de que os políticos europeus “não cometeriam” suicídio econômico. Os euroburocratas são capazes, sim, de cometer qualquer coisa, isso e coisa pior que isso, como a prática mostra.

2. À parte o fato de que o Kremlin estaria prestando um serviço a Washington, é preciso considerar o que aconteceria à própria Rússia.

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes de ser assinado o megacontrato de 30 anos com a China, nesse caso a China estaria em condições de negociar a partir de uma posição de força. De fato, estaria em posição ideal para fazer chantagem (o que se observa mesmo assim no comportamento da China, embora não claramente).

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes de ser assinado o megacontrato de petróleo com o Irã, mediante o qual a russa Rosneft controlará 500 mil barris adicionais de petróleo por dia, o Irã estaria em condições de negociar a partir de uma posição de força.

• Todas as tentativas subsequentes de construir qualquer coisa, até receber as importações de que os russos precisamos agora, nos custariam muito, muito caro.

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes da assinatura do acordo que cria a Comunidade Econômica Eurasiana, avaliem o trunfo com que contariam Lukashenko e Nazarbayev, para torcer o braço de Putin nas negociações. Um pouco mais disso, e Moscou, para criar a Comunidade Econômica Eurasiana, teria de pagar pelo próprio petróleo!

Ashton (UE): "Sanções contra a Rússia"
Putin: "Agito das Bucetas!" 
3. A Federação Russa teria de assumir total responsabilidade pela restauração da economia ucraniana e pela des-nazificação: e onde encontrar número suficiente de “des-nazificadores” (...[2]) para lutar contra grupos compactos de nazistas ucranianos, que terão apoio e suprimentos vindos do exterior?! Tudo isso somado, é claro que esse cenário muito beneficia os EUA e a China.

Caberiam à Rússia: uma sensação profunda de satisfação moral, problemas econômicos a resolver e anos de amaldiçoamentos futuros, que virão dos “generosos” (щирых) ucranianos, infelizes com “a vida sob ocupação”.

Quais os pontos vulneráveis da Rússia, no tempo?

  1. Contrato de gás com a China (maio-junho) (assinado dia 21/5/2014!)
  1. Contrato de petróleo com o Irã no verão (por isso os EUA levantaram o embargo, com a Rosneft muito intimamente conectada à British Petroleum, e nem tanto à Exxon Mobil. E para onde flui o petróleo? Para a China).
  1. Importante! Eleições para o Parlamento Europeu, que dará muitos votos a eurocéticos aliados da Rússia. Depois da eleição, reunir-se-á uma Comissão Europeia de composição muito diferente, com a qual será mais fácil trabalhar (eleições marcadas para 25 de maio). E ainda mais importante: depois do contrato de gás assinado com a China, será mais fácil empurrar a favor do [oleogasoduto] South Stream (Ramo Sul), os deputados recém eleitos.
  1. Coleta de todos os documentos/autorizações/licenças/etc. para a construção do [oleogasoduto] South Stream (Ramo Sul) – em maio/2014. 
Oleogasoduto South Stream  (em azul)
Isso é o que se pode ver a olho nu, mas há outros aspectos muito importantes, os quais, contudo, são difíceis de distribuir claramente em cronograma:

1.      Transição para pagamentos em rublos, por energia. Petróleo e gás não são sacos de batatas: o fornecimento depende de contratos de longo prazo e que não podem ser alterados unilateralmente, e exigem muito trabalho cada vez que têm de ser substituídos, ou, mesmo, apenas alterados.

2.     Transição para cotar preços em rublos, por energia (para negócios em rublos) nos mercados russos – é trabalho absolutamente enlouquecedor, além de ser muito, muito trabalho, por várias razões, uma das quais é que é trabalho que jamais foi feito antes, nem esse nem algum trabalho semelhante a esse.

3.     Um sistema próprio de pagamentos.

4.     Preparação para substituição de importações ou melhora do trabalho que fazemos  com fornecedores asiáticos (mas não é ação em contexto de emergência).

Essa lista prossegue. Até aí só o que consigo ver, e o Kremlin tem horizontes muito mais amplos.

Acrescentem-se aí interessantes iniciativas do Ministério de Relações Exteriores, que não está sentado ocioso, de braços cruzados.

Grigory Karasin
Por exemplo, o vice-ministro [de Relações Exteriores] Karasin esteve em Doha dia 6 de maio, em reunião com a elite qatari. Os resultados desse encontro, em minha opinião, são grande, enorme, surpresa. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o emir do Qatar declarou que muito aprecia a “política regional convincente e coerente da Federação Russa” – o que é altamente surpreendente, em país que não apenas é aliado dos EUA e braço político da Exxon Mobil no Oriente Médio como, também, é 100% adversário da Federação Russa na Síria.

Mas fato é que a caixa afinal foi aberta: os sonhos dos EUA de inundar o mundo com gás barato são sentença de morte para os sonhos de riqueza infinita do Qatar e sua elite. Sem preços ultra-altos para o gás, o Qatar não apenas perde qualquer esperança de grandeza regional, mas vira, ele próprio, cadáver. Doha reorienta-se rapidamente e já está oferecendo proposta que interessa: “Ao mesmo tempo [o emir do Qatar] enfatizou a importância de acelerar a coordenação do Fórum de Países Exportadores de Gás [orig. Forum of Gas Exporting Countries (GECF)” – cuja próxima reunião de cúpula acontecerá (que coincidência!) no Qatar.

Fórum de Países Exportadores de Gás é organização que inclui Rússia, Irã, Qatar, Venezuela, Bolívia e outros exportadores, e que o Kremlin, por muito tempo, mas sem sucesso, tentou converter em entidade “do gás”, análoga à OPEP. Talvez tenha chegado afinal a hora certa para um potencial cartel de gás. Para começar, os três maiores exportadores: Rússia, Qatar e Irã têm agora interesses muito assemelhados e devem conseguir trabalhar juntos para assumir partilhar e o mercado e os dutos do gás natural liquefeito. Esse cartel de gás, ainda que em formato reduzido (só com Federação Russa, Qatar, Irã) controlará no mínimo 55% das maiores reservas mundiais de gás e terá oportunidades significativas para influenciar fortemente os mercados de energia da União Europeia e Ásia.

É claro que tal projeto envolverá muitos problemas e enfrentará oposição, não há qualquer garantia de que venha a funcionar. Mas é importante ver que Moscou trabalha ativamente à procura de oportunidades das quais obtenha mais vantagens estratégicas na luta contra os EUA.

Espera-se que agora já esteja bem claro os itens aos quais o Kremlin está dedicando mais empenho – o que está tentando obter da situação ucraniana, e por que são itens que interessam.

Voltemos aos problemas diretamente relacionados à Ucrânia, para constatar que nem a implementação de todos os projetos importantes de política exterior ajudará na des-nazificação de Kiev ou fará com que tropas russas ou o exército rebelde de Novorossia sejam bem recebidos sequer na região central. Se o exército de Novorossia já tem problemas com mobilizar combatentes em Lugansk e Donetsk, trabalhar nas regiões zumbificadas será muito, muito difícil.

Mesmo assim, parece que, para combater ao lado da Federação Russa, logo aparecerão o “Coronel Fome” e as “Forças Especiais da Hiperinflação” – que mudarão dramaticamente o equilíbrio do poder.

A economia ucraniana está acabada. Dada a semeadura desastrosa da primavera, as colheitas de legumes destruídas (congeladas), a falta de crédito, problemas com o gás, o salto no preço dos combustíveis, pode-se dizer com segurança que a economia virá como a besta do norte, com toda a força e toda a fúria. Ninguém dará dinheiro à Junta de Kiev, nem o FMI, que prometeu algo em torno de US$17 bilhões (exatamente 50% do que a Ucrânia necessita para esse ano), mas incluiu no contrato uma “cláusula de escape”: se Kiev não controlar as regiões, Kiev não receberá um centavo. Fome, frio e hiperinflação (causada pelo colapso da hryvnia [moeda ucraniana], operarão ativamente para debilitar a Junta de Kiev corrigir a mente dos “generosos” [shchirykh] ucranianos: não passarão a amar a Rússia, mas verão que é fatalmente necessária. E também fatalmente começarão a recordar os tempos de Yanukovich como uma doce era de sonho já hoje inalcançável [por ação da Junta de Kiev].

O caos inevitável e o total colapso das estruturas sociais, combinados à guerra de baixa intensidade, asseguram que a OTAN não aceitará a Ucrânia, uma vez que a Europa, então, já estará “nos trilhos” e nem os políticos medianamente moderados dos EUA farão movimento algum, o que obviamente não levaria a nenhuma vitória norte-americana e só faria arrastar o país para uma guerra atômica.

Além do mais, no contexto de total colapso econômico, para os mineiros, os trabalhadores metalúrgicos e outros camaradas que estão hoje firmemente agarrados aos empregos, por medo de perdê-los e na esperança de “conseguir sobreviver e manter-se sempre (à beira do precipício, mas, pelo menos, não no fundo do precipício)”, já não haverá sequer essa possibilidade. Terão de participar de uma forma ou outra, nos problemas políticos e econômicos da Nova Rússia. E provavelmente terão de participar também em armas.

Ao mesmo tempo, Poroshenko-nomeado-pela-Junta de Kiev, imposto (ao país) pela União Europeia, terá forte incentivo para fazer concessões, para conseguir negociar com Moscou. A nova Comissão Europeia, que precisa de paz no leste e de trânsito estável para o gás, estará empurrando Poroshenko nessa direção.

Petro Poroshenko em seu discurso da vitória
Poroshenko também será empurrado nessa mesma direção por levantes da sociedades causados pelo Coronel Fome e por Hiperinflação, o Sabotador.

Todos esses fatores, em resumo, abrem grandes oportunidades para o Kremlin reformatar a ex-Ucrânia em algo apropriado aos interesses da Federação Russa. Esse é precisamente o cenário que os EUA tentam evitar; e é por isso que os EUA têm sérias razões para acelerar a translação do conflito para fase “mais quente”, com uso de tropas e derramamento massivo de sangue.

Se se somam o tempo necessário para que a Fome aja, e o tempo necessário para resolver problemas de política externa em termos de estabelecer o trabalho com China, Irã, sair do dólar, substituição de importações, etc. (em termos calculados muito em geral), pode chegar à conclusão de que se precisa de algo bem próximo de 5-9 meses (o que nos leva àquele mesmo dezembro pelo qual Yanukovich tentou negociar) para oferecer soluções à questão ucraniana e outras, de modo a obter vantagem máxima para a Rússia.

Durante esse período, é preciso que se preserve a Ucrânia, no mínimo, num estado de guerra civil (i.e., apoio aos partidos da Nova Rússia, mas não é necessário tomar Kiev depressa demais de modo a não criar problemas adicionais desnecessários) e idealmente, combinado com a guerra civil, negociações prolongadas, enroladas, dentro da Ucrânia, com a participação de observadores internacionais, algo semelhante ao formato 2 +4, quer dizer: Poroshenko + Tsarev + Rússia, União Europeia, OSCE, EUA.

E o toque final. Em meses recentes, os EUA seguraram a rédea de sua prensa de imprimir dinheiro, reduzindo a impressão de papel-dinheiro, de 85 para 55 bilhões de dólares por mês. Muitos e muitos esperam, que a máquina seja completamente desligada até o final desse ano. – Outra vez, o mesmo próximo mês de dezembro. – Isso é impossível, porque o dólar, dado que é a principal moeda internacional, não pode ser impresso indefinidamente.

Imprimindo tantos DÓLARES que logo só vão servir pra limpar seu traseiro
Segundo várias estimativas, os EUA já usaram quase completamente o “recurso força” do dólar, o que lhes permitiu fazer o diabo com a máquina (financeira). Além do mais, corolário e efeito inevitável desses truques é a redução de juros sobre os papéis dos EUA, o que, por um lado, ajuda Washington a pagar menos por suas dívidas, mas, por outro lado, está destruindo todo o sistema de aposentadorias dos EUA e o sistema de seguros, construído sobre a expectativa de retornos muito diferentes dos seus portfólios.

Em termos muito gerais, é o mesmo que dizer que, à altura do final do ano, os EUA poderão escolher entre explodir o sistema de assistência social para manter a máquina de imprimir dinheiro, ou reduzir enormemente o apetite dos que vivem de imprimir dinheiro, para preservar alguma chance de estabilidade em casa.

A julgar pela redução da quantidade de dólares que está sendo jogada dentro do sistema, Washington decidiu que impedir uma explosão é mais importante que suas ambições de política externa.

Agora, para completar o quebra-cabeças, aqui vão nossas previsões:

  1. Os EUA tentarão por todos os meios agravar a crise na Ucrânia, para enfraquecer a Rússia e pôr todo o mercado europeu sob seu “controle”, antes de ter de parar as máquinas que imprimem dinheiro.
  2. O Kremlin tentará traduzir a crise na Ucrânia, da forma aguda para a fase crônica (guerra civil, mais negociações arrastadas, em pleno colapso econômico da Ucrânia). Ao mesmo tempo, o Kremlin usará o tempo para criar condições favoráveis para a transição para a confrontação aguda com os EUA – o trabalho de separar-se do dólar com China, Irã, Qatar, criação da Comunidade Econômica Eurasiana, etc..
  3. Fim total da crise em dezembro de 2014, possivelmente antes, se os EUA desistirem de tentar exacerbar as hostilidades.
  4. E se os EUA não desistirem? – Nesse caso... uma grande, grande guerra... guerra por recursos, porque, como já se sabe, o tal “boom” do gás de xisto/fracking não passava de bolha, das mais ordinárias.

Notas dos tradutores

[1] Telegrama assinado pelo Emb. William J. Burns dos EUA e intitulado “ ‘Não’ é ‘não’: os russos não admitirão nenhum movimento de ampliação das linhas vermelhas da OTAN” – datado de 1/2/2008 (ing.).

[2] Trecho cujo significado metafórico não conseguimos decifrar: [where to get the needed number of “denazifiers”] in “dusty helmets” (if anyone has forgotten, according to Okudzhava, it was the commissars in dusty helmets that bent over the dead hero of the Civil War)”.

[3] Original. em russo, recomendado e traduzido ao inglês em The Vineyard of the Saker, 1/6/2014. Aqui se traduziu a versão em inglês. Todas as correções e traduções complementares colaborativas – sobretudo de leitores de russo que tenham acesso ao texto original – são bem-vindas.

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