Publicado em
18/5/2012
Enviado pelo senador Roberto Requião e nosso correspondente
Sílvio de Barros
Pinheiro
Senador Roberto Requião - PMDB/PR |
Em pronunciamento no plenário do
Senado nesta sexta-feira (18), o senador Roberto Requião insistiu que a recusa
da CPMI da Veja/Cachoeira em quebrar totalmente o sigilo da construtora Delta
enfraquece as investigações, e blinda políticos, agentes públicos e jornalistas
que possam estar envolvidos com os desvios da empresa.
Requião criticou especialmente a
rede de proteção armada em torno da chamada “grande imprensa”, notadamente da
revista “Veja” e de seu diretor em Brasília, o jornalista Policarpo Júnior que,
segundo as interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, era um
interlocutor frequentíssimo de Cachoeira.
Requião afirmou que a quebra do
sigilo total da Delta e do presidente da empresa, Fernando Cavendish, poderá
revelar as relações promíscuas entre políticos, governos e mídia com as
empreiteiras de obras públicas. Da mesma forma, Requião defendeu que os
governadores mencionados nas conversas de Cachoeira e de seu bando sejam também
ouvidos pela CPMI e tenham, igualmente, os seus sigilos quebrados.
Em um aparte ao senador Álvaro
Dias, líder do PSDB no Senado, Requião voltou ao assunto, dizendo que a pretexto
de defender a liberdade de imprensa a CPMI não pode proteger parte da mídia
claramente comprometida com os interesses da corrupção e com os interesses dos
grandes grupos econômicos
Acompanhe a seguir o
pronunciamento do senador Roberto Requião e seu aparte ao senador Álvaro
Dias.
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