domingo, 6 de maio de 2012

CARTA ABERTA a François Hollande


Sábado, 5/5/2012, Fédération pour une Alternative Sociale et Ecologique
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

A Fédération des Tunisiens pour une Citoyenneté des deux Rives (FTCR), com a Association des Travailleurs Maghrébins de France (ATMF) firmam essa carta aberta a François Hollande, na qual exigem que, se eleito dia 6/5/2012 – como espera a esmagadora maioria dos e das militantes autônomos e autônomas que lutam por direitos dos imigrados – considere os 11 pontos abaixo expostos.

Contamos firmemente que não nos decepcionaremos e continuamos mobilizados pelo fim da xenofobia, do racismo, da islamofobia e por uma igualdade de direitos plena e efetiva.

CARTA ABERTA a François Hollande

Senhor François Hollande,

Vimos à sua presença para lembrá-lo do agravamento das discriminações que sofrem os cidadãos imigrados e suas famílias, além da inquietante banalização da ideologia da xenofobia e do racismo, que põe em risco a coesão social e a igualdade de direitos.

Aliados a outras estruturas associativas, sindicais e políticas, trabalhamos há muito tempo contra as leis de repressão, que restringem direitos dos cidadãos imigrados.

Para corrigir essas injustiças, os pontos seguintes nos parecem exigências justas e dignas, motivo pelo qual defendemos:

1. Regularização de todos os sans-papiers [cidadãos sem documento].

2. Fechamento de todos os centros de retenção administrativa de imigrados [Centres de Rétentions Administratives (CRA)].

3. Luta efetiva contra todas as desigualdades sociais e econômicas, erradicando-se todas as discriminações. 

4. Anulação da Carta de Residente dos aposentados, para que possam receber todos os direitos sociais de atendimento à saúde, moradia, pensões, aluguéis etc..

5. Alguma verdadeira política de integração econômica e social para as mulheres imigradas.

6. Direito de votar e de ser eleito, para estrangeiros extracomunitários, nas eleições locais e europeias.

7. Direito de livre circulação e instalação para trabalhadores e trabalhadoras imigrados e imigradas não comunitários em toda a Europa.

8. Atenção às reivindicações dos residentes nos lares de trabalhadores imigrados.

9. Renegociação de todos os acordos bilaterais com os países do Maghreb, ouvindo-se a sociedade civil e as associações democráticas.

10. Apoio aos democratas, homens e mulheres progressistas, que lutam pela liberdade e por melhor democracia nos países do Sul.

11. Ratificação da Convenção Internacional para Proteção dos Migrantes.

Certos de que seremos ouvidos, apresentamos nossos melhores votos de boa sorte.

Atenciosamente,

Elkerchi Driss
Presidente


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