Entenda a investigação que levou
ao fechamento do MegaUpload - FBI
fechou serviço de compartilhamento de arquivos ontem (19/01). Em represália,
hackers do Anonymous derrubaram diversos sites
O
governo dos Estados Unidos fechou ontem (19/01) o site de
compartilhamento de arquivos MegaUpload, acusando o serviço de facilitar a troca
de conteúdo protegido por direitos autorais e prendendo seus fundadores e
funcionários por incentivar a pirataria.
Apesar
do serviço usar servidores nos Estados Unidos, os indiciados pelo FBI não são
residentes dos EUA. Em um release disponibilizado pela agência norte-americana, são
citados os nomes de Kim Schmitz, o fundador do serviço, que é morador de Hong
Kong e Nova Zelândia; Finn Batato, gerente de marketing que mora na Alemanha;
Julius Bencko, designer que mora na Eslováquia; Sven Echternach, gerente de
negócios residente na Alemanha; Andrus Nomm, programador da Estônia; e Bram van
der Kolk, responsável pela rede do MegaUpload que mora também na Nova
Zelândia.
Os três que moram na
Nova Zelândia foram presos ontem mesmo pela polícia neozelandeza. O site está
sendo acusado de dever mais de US$ 500 milhões para detentores de direitos
autorais. Os fundadores se defendem afirmando que sempre retiram material ilegal
quando é feito um pedido por parte das empresas detentoras do
conteúdo.
Investigação
Segundo
o GigaOM, o MegaUpload era hospedado
principalmente na Virginia, nos Estados Unidos, em um local com mais de 1000
servidores que tinham mais de 25 petabytes de conteúdo enviado pelos usuários do
serviço. A Holanda sediava outros mais de 700 servidores que hospedavam os
arquivos do site.
Além de enviar
arquivos, os usuários do MegaUpload também pagaram mais de US$ 110 milhões para
os fundadores via PayPal. O FBI e autoridades internacionais encontraram mais de
60 contas bancárias espalhadas pelo mundo e vários cadastros no PayPal em nome
do serviço. Em nome dos fundadores do MegaUpload também existem cerca de 30
carros e motocicletas, incluindo modelos da Mercedes-Benz com placas como GUILTY
(culpado, em inglês), MAFIA, HACKER, GOOD (bom) e EVIL
(mal).
Segundo arquivos do
FBI, os próprios funcionários do MegaUpload se aproveitavam do conteúdo enviado
pelos usuários para baixar arquivos ilegalmente. E-mails trocados entre
executivos do serviço mostram discussões sobre cópias de diversos álbuns e
episódios de séries como The Sopranos baixados a partir de links colocados por
membros do site. Em conversas, eles chegaram a afirmar que possuem "um negócio
divertido... somos piratas dos tempos modernos."
Anonymous
Em represália ao
fechamento do serviço, e também como forma de protesto ao SOPA e ao PIPA, o
grupo hacker Anonymous fez a sua maior ação. Em poucas horas, eles derrubaram os
sites da RIAA (Record Industry Association of America), da MPAA (Motion Picture
Association of America), da Universal Music (responsável pela acusação de
pirataria do Megaupload), do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, do US
Copyright Office, da Warner Music Group e até mesmo o do FBI. Hoje (20/01), 2
alvos já caíram: a loja da MGM e do Ministério da Justiça da Nova
Zelândia.
Durante os ataques
do grupo, o tráfego na internet chegou a ficar 24% superior ao normal para o
horário.
Para saber
mais:
- Veja como o Brasil está se
preparando para possíveis guerras cibernéticas
- Entenda como se dá um ataque
hacker, como o dos Anonymous
- SOPA/PIPA: os protestos
funcionaram? Veja alguns números
Enviado pelo sítio Olhar Digital
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