27/1/2012, Hurriyet
Daily, Turquia
Traduzido
pelo pessoal da Vila Vudu
Ver também
9/10/2011,
“Resistência
e guerra sem fim, na Líbia”, Pepe Escobar
31/12/2011, “2012: guerras tribais na Líbia?”, Franklin Lamb
27/1/2012, “O islã norte-americano avança no Oriente Médio”, MK Bhadrakumar
31/12/2011, “2012: guerras tribais na Líbia?”, Franklin Lamb
27/1/2012, “O islã norte-americano avança no Oriente Médio”, MK Bhadrakumar
Entreouvido
na Vila Vudu:
“É
IMPRESSIONANTE: sempre houve imensa quantidade de “jornalistas” ocidentais a
postos, quando se tratou de divulgar os ‘feitos’ bélicos de EUA-OTAN na Líbia,
ou a fundação do Banco Central do Conselho de Transição Nacional (a Líbia é o
único caso na história da humanidade, na qual,
antes até de haver novo poder constituído, os golpistas fundaram seu
próprio banco!).
E
agora, quando se trata de noticiar o fracasso político do golpe contra a Líbia e
do tal “Conselho Nacional de Transição”, inventado pela secretária Hilária dos
EUA, a Vila Vudu tem de recorrer a um JORNAL DA TURQUIA, para encontrar alguma
notícia, insuficiente e truncada, mas, pelo menos, alguma notícia que tenha a
ver com o que REALMENTE está acontecendo na Líbia. E nem se trata de
investigação jornalística: quem está investigando a verdadeira situação da Líbia
hoje não é nenhum jornal ou jornalista: é a ONU”.
Bani Walid – Apesar do noticiário conflitante, o governo líbio reconheceu um governo de tribos em Bani Walid, comprovando o que a ONU tem relatado, que as chamadas “milícias” estão fora de controle, ao questionar a capacidade do Conselho Nacional de Transição para estabelecer a ordem no país. “Irrupções similares de violência podem espalhar-se pelo país” – diz a ONU, depois que combatentes pró-Gaddafi tomaram, dia 25/1/2011 um posto de controle militar próximo de uma mesquita, a
O
Governo Nacional de Transição reconheceu um governo de caráter tribal em Bani
Walid no dia 25/1, o que comprova a força de líderes tribais, que começam a
fazer oposição ativa contra o frágil governo de transição. No mesmo dia,
relatórios da ONU informam que outras milícias armadas mantêm milhares de
prisioneiros em prisões secretas, sem que o governo de transição consiga impor
qualquer ordem.
Essa
semana, membros armados da tribo Warfallah, dominante na região de Bani Walid e
a mais numerosa tribo líbia, expulsou da área a milícia que ali havia. Salah
al-Maayuf, membro do Conselho de Anciãos dos Warfallah em Bani Walid, disse que
a tribo designou um novo conselho local e que o ministro da Defesa do Conselho
Nacional de Transição, em conversações com a tribo dia 25/1, já reconheceu o
novo governo em Bani Walid.
“O
ministro da Defesa nos disse que se nós, como tribo, acreditamos que o novo
conselho local conseguirá governar, ele também acredita” – disse Maayuf à
agência Reuters falando de Bani Walid, região que concentrava grande número de
apoiadores do governo de Gaddafi durante os ataques do ano passado. “Dissemos a
ele que nosso desejo é manter a paz em todo o país, e que a unidade da Líbia é
nossa prioridade” – Maayuf acrescentou. Funcionário do ministério da Defesa
confirmou que o ministério havia aceitado o novo conselho, mas não acrescentou
detalhes.
O
Conselho Nacional de Transição desmente
Apesar
de haver confirmado as notícias, al-Juwali disse à Agência France-Presse que
Bani Walid continuava controlada pelo CNT, quando visitou a cidade.
“A
cidade continua sob controle do governo líbio” – disse al-Juwali. – “O problema
que houve lá já foi resolvido” – continuou, referindo-se aos confrontos
violentos na cidade no dia 23/1, que deixou cinco mortos.
Repetindo
as mesmas queixas de moradores, segundo os quais soldados do Conselho Nacional
de Transição haviam perseguido moradores, feito prisões e torturado
prisioneiros, um dos anciãos do conselho da cidade disse, dia 24/1, que a cidade
não aceitaria interferência das autoridades de Trípoli nem dos representantes do
Conselho Nacional de Transição. Essas reações reacenderam as dúvidas quanto à
capacidade do CNT para estabelecer qualquer controle sobre os grupos milicianos
armados.
Representantes
da ONU confirmam os conflitos
A
Comissária para Direitos Humanos da ONU Navi Pillay e o Representante Especial
da ONU na Líbia Ian Martin manifestaram preocupação quanto à ação dos milicianos
que foram arregimentados para combater as tropas leais a Gaddafi mas que, depois
do estabelecimento do Conselho Nacional de Transição, não foram desmobilizadas
nem desarmadas pelas autoridades legais em Trípoli. Martin informou que os
confrontos em Bani Walid – que inicialmente haviam sido atribuídos a gaddafistas
– aconteceram entre a população local e uma unidade de soldados de Trípoli.
Disse também que essa brigada foi responsável por ataques com mortes em Trípoli
e em outras cidades, ao longo do mês. (...)
Pillay
disse estar “extremamente preocupada” com milhares de pessoas que as brigadas
mantêm em centros de detenção, muitos dos quais de outros países africanos,
acusados de serem partidários de Gadhafi. Pillay disse que mais de 8.000
partidários de Gaddafi são mantidos prisioneiros das milícias, e que há
denúncias de torturas.
(comentário enviado por e-mail e postado por Castor)
ResponderExcluirA Polônia, onde vivi por mais um pouco de quatro anos (1967-71), lembra um certo país imenso, situado na América do Sul: é conservadora por índole, reacionária por vocação e fascistizante por formação. Fascinante como sua história se repete...
Abraços do
ArnaC