“Saberes” dos
Republicanos-EUA (que chegam, de segunda mão, ao Grupo GAFE –
Globo, Abril, Folha, Estadão)
1/12/2011, Chris
Moody, The Ticket (Opednews) –
Traduzido pelo
pessoal da Vila
Vudu
Manifestantes formam uma parede de “posters” no acampamento “Occupy” no centro de Portland, Oregon
|
ORLANDO, Fla. – A Associação de Governadores Republicanos reuniu-se essa semana
na Florida, num treinamento para dirigentes e quadros de PR
(“relações públicas” e “marketeiros” em geral e jornalistas alinhados com
o Partido Republicano) que visa a rejuvenescer e tornar “estratégicos” os
discursos do grupo. Na sessão plenária da 4ª-feira, contudo, uma questão dominou
todos os trabalhos: “Como melhorar os discursos dos Republicanos (e do Grupo
GAFE – Globo-Abril-Folha-Estadão, em São Paulo) quando falam de/sobre/com Occupy Wall Street?”
“Estou muito
assustado com essa onda, dentro do Partido, contra o movimento Wall Street. Estou morto de medo” –
disse Frank Luntz, estrategista e marketeiro Republicano e uma das estrelas, nos
EUA, da carpintaria de discursos políticos e de campanha eleitoral, para
construir e distribuir mensagens políticas “perfeitas”. – “A verdade é que
Occupy Wall Street está conseguindo mudar o que
o americano médio pensa do capitalismo. Temos de reagir imediatamente”.
Luntz deu algumas
“dicas” de como os Republicanos devem discutir as reivindicações dos Ocupantes,
para ajudar os governadores e políticos Republicanos e os jornalistas alinhados
aos Republicanos a enfrentar questões novas para eles, como “desigualdade”,
“exploração” e “injusta distribuição da riqueza de todos”.
Yahoo News
assistiu a essa
sessão e reuniu 10 “dicas” de “sempre diga” e “jamais diga” sugeridos por Luntz,
em sua “aula” de como os Republicanos (e o Grupo GAFE –
Globo-Abril-Folha-Estadão, em São Paulo) devem falar, nas discussões
de/sobre/com o Movimento
Occupy Wall
Street.
1. Jamais utilize a
palavra “capitalismo”
“Estou tentando
remover totalmente a palavra “capitalismo” dos discursos do Partido (o Grupo
GAFE – Globo-Abril-Folha-Estadão, em São Paulo, teve a mesma ideia!), e
substituí-la por “liberdade econômica” ou “livre concorrência” ou “livre
mercado” – disse Luntz. “O público ainda usa a palavra “capitalismo”, mas, hoje,
muitos pensam no capitalismo como coisa imoral. Se os Republicanos (e o Grupo
GAFE – Globo-Abril-Folha-Estadão, em São Paulo) passarmos a ser vistos como
defensores de Wall Street... teremos
problemas eleitorais.”
2. Jamais diga que
os impostos “taxam os ricos”. Diga que os impostos “sacrificam os
ricos”
“Se se fala de
“impostos sacrificam os ricos”, o público responde favoravelmente” – alertou
Luntz. – Não digam que os impostos sacrificam os trabalhadores, porque o público
discordará de vocês. Mas se disserem que os ricos são sacrificados, o grande
público concordará com vocês.”
3. Digam sempre
“trabalhadores contribuintes”
“Os Republicanos
jamais vencerão a disputa, se se puserem contra os “trabalhadores
contribuintes”. O público não acreditará se dissermos que defendemos “a classe
média”. Para aumentar nossa vantagem, temos de dizer que defendemos “os
trabalhadores contribuintes”.
4. Jamais fale de
“empregos”. Fale sempre de “carreiras”
“Todos, nessa sala,
falam de “empregos” – disse Luntz. Em seguida, pediu que todos os que desejassem
um “emprego” levantassem a mão. Poucos se manifestaram. Em seguida pediu que
levantassem a mão os que desejassem uma “carreira”. Praticamente todos os
presentes levantaram a mão. “Estão vendo? Até os desempregados, podendo
escolher, preferirão “carreiras” a “empregos”.
5. Não falem de
“investimentos do governo”. Digam sempre “dinheiro mal administrado”, “dinheiro
mal gasto” ou “desperdício”
Jamais digam
“investimentos do governo”. A palavra tem de ser, sempre, “gastos”. E o problema
é o “desperdício”. O público apoia que o governo invista, mas fica furioso se
ouve falar de “gastos” e “desperdício”.
6. Jamais diga que
você fará “concessões”
“Se vocês falam de
fazer “concessões”, estão dizendo que cederão, que entregarão os pontos. Nossos
eleitores não querem nos ver nessa posição. Em vez de dizer que farão
“concessões”, digam que vocês “colaborarão” para algum acordo. Significa quase a
mesma coisa, Mas “colaboração” sugere que você conseguirá o que quer, sem mudar
de posição. “Fazer uma concessão” significa que você mudou de posição e abriu
mão de princípios”.
7. As duas palavras
mais importantes, que se devem repetir o mais possível, em discussões
de/sobre/com o Movimento Occupy,
são “Entendo perfeitamente”
“A fórmula é repetir
sempre “Entendo perfeitamente...” (que vocês estejam zangados). “Entendo
perfeitamente...” (que vocês protestem contra a desigualdade). “Entendo
perfeitamente...” (que vocês queiram consertar o
sistema).”
Em seguida – ensinou
o especialista – “ofereçam soluções do Partido Republicano, uma solução para
cada problema”.
8. Palavra proibida:
“Empreendedor”; troque-a por “criador de empregos”
Fale de “lojistas”,
“pequenos comerciantes” e “criadores de empregos, em vez de “empresários”,
“empreendedores” e “inovadores”.
9. Não peça
“sacrifícios” a ninguém
“Não há um
norte-americano hoje, em novembro de 2011, que não sinta que já fez todos os
sacrifícios possíveis. Se você lhe pedir mais “sacrifícios”, você só o
enfurecerá ainda mais. Repita sempre que: “...estamos juntos nessas
dificuldades. Venceremos juntos ou fracassaremos juntos”.
10. Culpe Washington
(Brasília). O governo Obama (Dilma) é culpado de tuuuudo!
Diga ao
Movimento Occupy: “Estão
perdendo tempo ocupando Wall Street.
Vocês deveriam estar ocupando Washington” (Brasília). “Ocupem a Casa Branca (o
Palácio do Planalto), porque as políticas que saem de lá! De lá! De láááá!”
(como guinchava o ex-Bob Jefferson, tambiqueiro “ético”, quando trabalhava com o
Grupo GAFE – Globo-Abril-Folha-Estadão, para construir a farsa do “mensalão”)
são a causa de todas as nossas dificuldades.
BÔNUS:
Nunca mais
pronunciem ou escrevam a palavra “bônus”! Luntz aconselhou que
sempre que os Republicanos façam pagamentos extras a seus empregados, a título
de recompensa de fim de ano (ou a qualquer título), jamais pronunciem a palavra
“bônus”. “Se
distribuírem “bônus” aos seus empregados no final do ano, em
tempos de graves dificuldades, só conseguirão enfurecer ainda mais o eleitorado.
Digam sempre “recompensa por desempenho” ou “prêmio por
produtividade”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.