quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Rede de televisão comercial da oposição multada na Venezuela

19/19/2011, Al-Jazeera, Qatar
Traduzido e comentado pelo pessoal da Vila Vudu

Nota dos tradutores

Após votação e pitacos variados o Coletivo da Vila Vudu decidiu e a redecastorphoto apoiou  que:

A tradução da matéria acima indicada e abaixo traduzida é fiel à ideia, deste coletivo de tradutores, de que empresas comerciais de imprensa e televisão não podem ser simultaneamente (1) beneficiadas por concessão de um Estado democrático; (2) usadas pelos proprietários privados como instrumento de propaganda política contra governos democraticamente ELEITOS e os interesses de consumidores PAGANTES; e (3) a favor, exclusivamente, dos interesses privados dos proprietários e jornalistas empregados dessas empresas comerciais de imprensa. 

Entendemos que empresa comercial concessionária que lucre nessas condições é daninha ao jornalismo, é daninha ao mercado, é daninha aos consumidores, é daninha à democracia e TEM DE SER BOICOTADA até deixar de ser ouvida ou lida. Ou tem de ser EXTINTA por ato democrático de estado democrático. 

Que seja empresa-imprensa ou empresa do tráfico de drogas, nada altera. 

Rede de televisão comercial que, como a Rede Globo, no Brasil, viva de pregar golpes e golpismos e, simultaneamente, se esconda sob as reinvindicações hipócritas de (1) uma liberdade de imprensa que a própria rede Globo não assegura a quem pense diferente da rede Globo e seus jornalistas empregados (“fascistas sinceros” ou fascistas-fascistas mesmo); e (2) uma muito hipócrita luta contra uma corrupção (sempre, a corrupção DOS OUTROS) e luta anticorrupção que a rede Globo jamais faz contra a ativa corrupção da opinião pública brasileira da qual a rede Globo fez meio de vida – TEM DE SER BOICOTADA até deixar de ser ouvida ou lida ou tem de ser EXTINTA por ato democrático de estado democrático.

Dado que a  al-Jazeera, nessa matéria, faz pesar a sua mão discursiva desjornalística a favor de uma liberdade de imprensa que, no Brasil, nenhuma empresa comercial de imprensa merece ter – porque todas são incompetentes para ser livres em estado democrático, como a al-Jazeera também é incompetente para ser livre em estado democrático, pelo que se lê no original – nós:

(1) traduzimos o fato REALMENTE ACONTECIDO e 

(2) não traduzimos a deslavada propaganda a favor da Globovisión e contra as autoridades democráticas da Venezuela, que há nessa matéria, em todas as linhas e entrelinhas discursivas. 

A opinião dos jornalistas e proprietários de Al-Jazeera sobre a liberdade de imprensa não é, absolutamente, matéria jornalística. Como opinião de jornalistas empregados a favor do patrão, é opinião que não tem nenhum fundamento fatual, não é relevante para fazer conhecer os fatos e absolutamente não nos interessa.

A liberdade democrática para alguma imprensa democrática que talvez haja, mas ainda não se viu no mundo, essa, sim, nos interessa muito, como projeto para um mundo possível ainda não construído, que terá de criar outro jornalismo, também possível, mas ainda inexistente. 

Justamente porque nos interessa a mais plena e democrática liberdade democrática para imprensa democrática, é que entendemos que empresas comerciais de imprensa como a Globovisión, a rede Globo brasileira e, infelizmente, pelo que se vê, também a al-Jazeera, TÊM DE SER BOICOTADAS até deixarem de ser ouvidas ou lidas, ou têm de ser EXTINTAS por ato democrático de estado democrático.

Até que se chegue lá, esse coletivo de tradutores continuará a (1) extrair das matérias “jornalísticas (de fato, não são matérias jornalísticas: são pura e deslavada propaganda de desdemocratização da opinião pública) o que nelas haja de FATOS que interessem à democracia e a (2) EXCLUIR das mesmas matérias o que não passe de propaganda de desdemocratização da opinião pública. 

Entendemos que, se uma empresa comercial pode noticiar, das notícias, apenas o que interesse aos seus objetivos comerciais e políticos desdemocráticos, com MUITO MAIS DIREITO nós podemos noticiar, das notícias que as empresas comerciais noticiam, só o que interesse aos nossos objetivos democráticos. E gratuitos.

Nesse espírito, eis a NOTÍCIA que há na matéria publicada pela Al-Jazeera (endereço acima), linhas e entrelinhas de propaganda de desdemocratização devidamente e democraticamente OMITIDAS.


Motim nas prisões de Rodeo, em junho deixou pelo menos 30 pessoas mortas
As autoridades venezuelanas multaram a rede Globovisión em $2,16 milhões de dólares, pela cobertura de tumultos numa prisão, que “disseminou o ódio e a intolerância”.

A multa, imposta ontem pelo Conatel, Regulador das Telecomunicações da Venezuela, à rede Globovisión, chega a 7,5% da renda total do canal no último ano fiscal.

Pedro Maldonado, diretor do Conatel, disse que a rede privada de televisão foi multada por “incitar o ódio e a intolerância” na cobertura dos tumultos que houve na prisão Rodeo, em junho, dos quais resultaram 30 mortos.

“Estamos punindo o comportamento editorial e a manipulação do noticiário” – disse Maldonado, que acrescentou que a cobertura gerou “ansiedade pública” e deixou clara impressão de ser motivada por “interesses políticos”.

Maria Fernanda Flores, vice-presidente da rede Globovision, disse que a multa é “impagável” e levaria ao “colapso da empresa”. Disse que a Globovision apelará na justiça contra a multa, que chamou de violação da liberdade de imprensa.

O diretor Maldonado disse que as violações ao código das telecomunicações da Venezuela estão configuradas na repetição (mais de 300 vezes) de entrevistas com familiares dos presos. As entrevistas foram editadas, de modo que se ouviam sons de tiros. E a rede não divulgou nenhuma das matérias e dos informes à população divulgados pela rede estatal. 

Guillermo Zuloaga, acionista majoritário da Globovisión disse que “asseguro que não nos derrubarão com uma multa.”'

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