As
corporações midiáticas apostaram tudo na derrubada do ministro. Orlando Silva
bateu pé e se defendeu. O PC do B o apoiou. Mas o PIG repicou, e o ministro
caiu. Mesmo que a situação estivesse mais favorável a ele hoje que na
sexta-feira, quando a presidenta o confirmou no cargo.
De
lá pra cá, o que aconteceu? O STF mandou o Procurador-Geral trazer
provas contra o ministro, além de
recortes de jornais e revistas (sic).
A
Veja, que apresentaria provas, nada mostrou.
O
policial denunciante (mais sujo do que pau de galinheiro, acusado ou suspeito de
ene malfeitos - até de assassinato) também disse à Polícia
Federal que não tinha provas contra o ministro a quem acusara.
(comentário enviado por e-mail e postado por Castor)
ResponderExcluirTive um único contato com Orlando Silva, no escritório de Oscar Niemeyer, um ótimo contato. Nosso arquiteto-maior queria apresentar-lhe a proposta de um estádio-padrão para a Copa de 2014, algo da maior sobriedade e funcionalidade, sem aquele "cheguei!" cafona que vamos construindo pelaí. Lembro-me de ter dito ao Ministro que a arquitetura brasileira não era a mais a mesma, referindo-me àqueles grandes momentos (décadas de 1937-57) em que ela se inserira - tal como o Cinema Novo mais tarde - como episódio único do movimento pela renovação arquitetônica: Le Corbusier, Frank Lloyd Wright, Mies Van der Rohe e outros, até figuras contemporâneas, como Santiago Calatrava, Renzo Piano, Norman Foster, Frank Gehry, Christian de Portzamparc, Louis Kahn, I.M. Pei, tantos e tantos nomes, e a gente, que já teve tantos, reduzidos a quase nada, como a exceção de um Paulo Mendes da Rocha e poucos outros. Ele ficou me ouvindo, pensando que eu era arquiteto. Quando soube que não, abriu um sorriso, surpreendendo-se que um leigo se interessasse por "assunto tão técnico". Disse-lhe que não, que num País como o nosso, pobre, tínhamos erguido o primeiro edifício realizado segundo os padrões da Nova Arquitetura (Palácio Gustavo Capanema, ex-sede carioca do MES, depois MEC, hoje MinC); pobre ainda, erguera Brasília no cerrado, com as genialidades do Dr. Lucio e a do Oscar e os braços candangos. Por isso, caberia a cada cidadão brasileiro homenagearmos quem e o que tínhamos de melhor. Vejo, agora, que isso não aconteceu e nossos medíocres e safados administradores só fazem besteiras, como é o caso da demolição do sempre inacabado Estádio Mané Garrincha, que era o único de propósito olímpico que tínhamos. A demissão de Orlando Silva deve estar ligada a esses oportunismos que medram junto ao Poder Público. Eis aí.
Abraços do
ArnaC