21/10/2011, Agencia Popular Matriz del Sur
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Entreouvido hoje à tarde no churrasco de meca da redecastorphoto:
“As escolas militares da América Latina não formam oficiais comprometidos com seus povos. Formam canalhas golpistas comandados pela potência imperial e seus lacaios: são os MILICANALHAS. As exceções apenas confirmam a regra geral. E os Judiciários nada lhes ficam a dever em matéria de traição aos povos...”
Manuel Zelaya |
A Corte Suprema de Justiça de Honduras confirmou hoje a sentença de absolvição a favor dos ex-comandantes das Forças Armadas acusados de abuso de autoridade e crimes de sequestro e expatriação contra o ex-presidente Manuel Zelaya, cujo governo foi derrubado por golpe militar em junho de 2009.
Segundo notícia divulgada pela internet pela Radio del Sur, o ex-presidente Zelaya lamentou, em comunicado, que a Justiça dê cobertura a militares golpistas, que “persiga as vítimas e proteja os outros”, no que parece ser referência ao caso de seu ex-ministro Enrique Flores Lanza, acusado de desvio de dinheiro público e condenado a pagar fiança de 1,4 milhões de dólares e que está em prisão domiciliar.
“Os hondurenhos sabíamos que o resultado seria esse, mas mesmo assim nos entristece ver protegidos os autores de um golpe de Estado. Não penso em vingança, já perdoei e desejo boa sorte a todos os hondurenhos” – disse Zelaya.
Em setembro, Zelaya voltou a Tegucigalpa e refugiou-se na sede da Embaixada do Brasil, onde permaneceu até que Porfírio Lobo garantiu-lhe salvo conduto para ir para a República Dominicana, de onde regressou a Honduras em maio de 2011.
Dos 15 juízes que votam na Suprema Corte de Justiça, 12 confirmaram a absolvição definitiva da ex-junta militar de governo.
Os militares absolvidos são os generais Romeo Vásquez Velásquez e Venancio Cervantes, ex-chefe e ex-subchefe do Estado-Maior Conjunto; Miguel Angel García Padget, ex-comandante do Exército; Luis Javier Price Suazo, ex-comandante da Força Aérea; Juan Pablo Rodríguez, ex-comandante da Marinha de Honduras; e Carlos Cuellar García, inspector das Forças Armadas.
Esse grupo assaltou a residência de Zelaya, de madrugada; em vez de levá-lo preso para ser apresentado à Corte de Justiça, como disseram que fariam, sequestraram Zelaya e expatriaram-no, na mesma noite, para a Costa Rica.
O Ministério Público havia recorrido da sentença inicial que absolvera os golpistas, pedindo que aquela sentença fosse anulada. Mas o recurso não foi julgado na instância devida e foi levado imediatamente a julgamento pela Suprema Corte que, ontem, confirmou a sentença de absolvição dos ex-membros da cúpula militar de Honduras.
A acusação contra a junta de generais que derrubaram Zelaya e o sequestraram foi apresentada em janeiro de 2010 pelo Procurador Geral da República, Luis Alberto Rubí. A Frente Nacional de Resistência Popular denunciou que os atuais juízes da Suprema Corte de Honduras e o Procurador Geral Luis Alberto Rubí apoiaram os militares golpistas no golpe de 2009.
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