domingo, 22 de abril de 2012

A MALDIÇÃO DE CUNHAMBEBE (I)


Ubatuba – Se não puder evitar, seja breve                                                                                                                           
*Raul Longo

É costume se responsabilizar o histórico líder tupinambá pela degradação social e urbana de Ubatuba, último município do litoral norte do Estado de São Paulo. Besteira!

Cunhambebe, como ilustrado por
André Thevet, um cosmógrafo francês
que acompanhou a expedição de
Nicolas Durand de Villegaignon
Cunhambebe foi o signatário do primeiro tratado de paz celebrado nas Américas. Pela contraparte assinou o padre que escrevia poemas à Virgem na praia de Iperoig. Tão efêmera quanto os versos na areia beira-mar, a paz prometida por Anchieta foi traída por ele próprio e essa é a maldição que denigre e degrada a sociedade e a cidade de Ubatuba até hoje, sempre empurrando a culpa para o traído Cunhambebe.

Próprio do Brasil e de todas as Américas, aliás, do mundo inteiro, é os invasores e colonizadores que destruíram, escravizaram, mataram, estupraram, e mentiram, sempre conferirem a culpa de suas próprias mazelas a negros, índios, aborígenes, nativos, etc.; alegando-se como salvo conduto um dúbio e contraditório cristianismo.

No caso específico de Ubatuba passei nas últimas semanas por experiências terríveis que demonstram claramente a expansão dos poderes podres que há décadas se instaura no Estado de São Paulo.

Tudo começou quando fui notificado por um telefonema de que meu pai estava hospitalizado na Santa Casa de Ubatuba, vitimado por um AVC. Chegamos ali, eu e Sônia, a enteada de meu pai, recebidos pela notícia de que lhe fora dada a alta médica. Mas chocamo-nos com seu estado. A imagem que me ocorreu para descrevê-lo foi a de um papel celofane amassado, desdobrando-se em movimentos involuntários. Seus movimentos e raciocínio eram retrações e distensões sem propósito, ininteligíveis e inaudíveis.

Quando fui morar em Ubatuba, concretizando um idílio de infância, os corredores daquela Santa Casa eram identificados pelos próprios funcionários como “Corredor do Vietnam”. Mas então a instituição contava com uma equipe médica que prestava atendimento diário a uma população de 35 mil habitantes. Hoje, Ubatuba extrapola 100 mil habitantes e o ainda único hospital da cidade agora está restrito a apenas dois médicos mais experientes e outros mais novos para o pronto atendimento. Ainda que os ianques não a tenham invadido, o aumento populacional de Ubatuba e o abandono de seu hospital reúnem ali os corredores do Vietnam somados aos do Afeganistão.

Por essa razão, naquele mesmo dia em que encontrei meu pai e Sônia o seu padrasto, decidimos retirá-lo daquela cidade assim que as condições o permitissem e para isso concluímos as primeiras providências a serem tomadas:

- questionar a alta visivelmente precipitada, já que o paciente apresentava          39 graus de febre.
– tentar obter um lugar para onde pudesse ser transferido.
3º – levantar as condições financeiras para transferi-lo a São Paulo.

Sônia trabalha e reside na capital de São Paulo e não poderia me ajudar nestas tarefas, mas se incumbiu de pesquisar uma instituição que correspondesse à realidade de nossas condições. Ela própria reivindicando a urgência dessa transferência para que meu pai pudesse ser atendido pelo Hospital do Servidor, sendo funcionário público aposentado.

Finalizamos a conversa com meu telefonema a uma amiga fisioterapeuta a quem relatei o caso solicitando o número de telefone de uma conhecida comum, diretora da que fora enquanto morei por lá a única instituição de acolhimento de anciãos.

A diretora estava em viagem, mas já no dia seguinte a amiga entrara em contato com a presidente da tradicional instituição e fora informada da inexistência de vagas. Fui pessoalmente até o antiga e agradável construção com quase 4 décadas de existência e a responsável pela contabilidade confirmou que, exclusiva para acolhimento de idosos desamparados, não teriam como aceitar o internamento de meu pai. No entanto, devido à minha amizade com a diretora, aconselhou que a procurasse em seu retorno para que me desse alguma orientação.

Nos dias subsequentes, enquanto aguardava o regresso da diretora e, em São Paulo, Sônia iniciava uma peregrinação por instituições que ofereçam alguma dignidade em acordo com nossas reais disponibilidades financeira e comecei a levantar os provimentos econômicos de meu pai. Paralelamente, tentei amenizar as falhas de atendimento aos seus 87 anos. Por exemplo, quando transferido de quarto, ainda mais prostrado pelo abafamento e calor da cidade por onde passa o Trópico de Capricórnio e sem um único ventilador para os três pacientes ali depositados, percorri as filiais das cadeias nacionais de lojas que se espalham por todo o país. Esgotado em todas elas, só encontrei o equipamento quando me indicaram uma pequena loja ali mesmo, próxima ao hospital.

Hospital que segundo a amiga fisioterapeuta, depois de privatizado deixou de ser Santa Casa da Misericórdia e ficou apenas por conta da Misericórdia.

Maldição de Cunhambebe?

Num final de tarde confiro que o pai arde em febre. Procuro a enfermeira de plantão que consulta o prontuário onde se inscrevem as temperaturas de cada paciente daquela ala, medidas poucos instantes antes. A moça insiste que a temperatura de meu pai se limita a 37 graus e não requer qualquer providência. Saio do hospital, vou à farmácia e compro um termômetro. Procuro novamente a enfermeira sugerindo compararmos a aferição dos aparelhos, pois o que comprei indicava 39,4º. Ela sequer questionou sobre a possibilidade de erros com os demais apontamentos de seus prontuários e imediatamente informou que administraria a medicação.

Aguardo as três enfermeiras que sob suas ordens conectam meu pai a um frasco de soro, o que eu ainda não vira ocorrer. Desde aí o atendimento melhorou bastante, mas acredito que principalmente devido à visita de minha amiga fisioterapeuta. Embora não atenda aos pacientes da Santa Casa, a amiga é muito respeitada por todos os profissionais de saúde da cidade e foi quem conseguiu se avistar com o médico que o atendia, informando-me o que diagnosticaram: AVC Isquêmico Difuso.

Antes disso, sabendo de um ortopedista a quem meu pai consultava e em nossas conversas telefônicas usava das recomendações deste médico para recusar meus convites a vir morar comigo, contando terem desenvolvido uma relação de amizade; procurei este doutor pretendo explicar as péssimas condições da casa de meu pai, para conferir qual a possibilidade de mantê-lo ali até que conseguisse, ao menos, limpar o excesso de poeira espalhada por toda a casa que, embora pequena, estava em estado de abandono.

O hospital instala-se no meio de uma quadra e se estende de uma à outra rua do centro de Ubatuba. Por indicação de seus funcionários percorri a quadra de um lado a outro umas cinco vezes até que um dos impacientes funcionários se livrou de mim avisando que a única forma de conversar com os médicos seria marcando consulta. Teria de aguardar as semanas ou os meses que se fizessem necessários para realização da consulta, pois os médicos de Ubatuba não tem tempo a perder com parentes de pacientes.

Comento o despropósito com a acompanhante do colega de quarto de meu pai e para minha sorte a mulher aponta um rapaz que se aproxima do bebedouro próximo, informando ser um enfermeiro em dia de folga. Aproximo do rapaz e explico minha necessidade. Talvez por ser sua folga, prestou alguma atenção a minha existência e mandou que o seguisse. Descemos as escadas para o primeiro pavimento, entramos em um corredor que dá para um beco externo. Adiantando o rapaz olha furtivamente e retorna rápido, sussurrando: “- É aquele que está ali”. Ali era o fumódromo do hospital, onde o médico amigo de meu pai baforava um cigarro.

Achando que transmito alguma nova informação, conto da condição de meu pai como paciente internado. “- Ainda?” – espanta-se, desestimulando-me de qualquer pedido.

Num outro dia, quando chego na portaria do hospital às 8:30 da manhã, antes que pudesse proferir “Bom dia!” o porteiro me enfia o indicador na cara e aos berros diz que não posso entrar e sair a hora que queira. Como naquele dia ainda não havia sequer entrado, também aos berros tentei fazê-lo compreender que o que determinaria meu direito de entrar e sair seria as necessidades de meu pai, e que reconhecesse as diferenças entre as funções de porteiro de hospital e de carcereiro.

Maldição de Cunhambebe?

Não são exclusividades da Santa Casa do Senhor dos (maus) Passos de Ubatuba. Através de papel timbrado da República Federativa do Brasil a procuração que tive de providenciar ao custo de R$ 300,00 pela diligência cartorial, me conferiu plenos poderes para poder recolher benefícios junto ao ISS e movimentar a conta no Banco do Brasil. Tudo imediato, afinal a procuração, com as devidas testemunhas e assinaturas de representantes das autoridades competentes, é inquestionável. Mas não foi para o gerente da agência da Caixa Econômica Federal onde o velho mantinha uma poupança que a princípio julguei ser interessante permanecer ali para eventual necessidade de um empréstimo, possibilitando sua almejada transferência de cidade.

Entrei naquela agência pouco depois das duas horas da tarde e só próximo às 17:30 hs. a senhora que minuciosamente leu todos os termos, vírgulas e pontos do documento, me indicou que deveria retornar no dia seguinte com as devidas cópias e originais de meus documentos, dos documentos de meu pai e daquela procuração, após o que ainda teria de aguardar mais dois dias.

Estranhei não ter perdido sequer dez minutos no Banco do Brasil para obter exatamente a mesma coisa, sem necessitar de cópia alguma, mas no dia seguinte compareci no horário de abertura das agências bancárias de Ubatuba: 11 da manhã. No pronto atendimento indicado pela senhora do dia anterior, um funcionário mal humorado folheou bruscamente as 3 páginas do documento que disse não servir. Questiono a razão e afirma que ali não se inscreve o nome daquela instituição bancária. Tento destacar-lhe o parágrafo onde se descrimina plenos poderes de representação para movimentação em qualquer instituição bancária do país, inclusive junto ao Ministério da Fazenda e a Receita Federal.

Impaciente, me manda reclamar ao gerente. Chego à mesa do gerente que interrompe o atendimento a alguém em sua frente para responder ao telefone. Atende e seus olhos se voltam para os meus, depois descem até o documento em minha mão. Murmura alguma coisa ao telefone e desliga. Retorna ao cliente do outro lado de sua mesa num atendimento que se arrasta por longos minutos que me preocupam pela proximidade do horário de almoço no hospital. Aproveitando um momento em que o gerente se levanta, tento interpelá-lo, mas apontando a procuração em minha mão, de longe já adianta a informação de que aquele documento não serve. Pergunto o que serviria, diz que devo esperar que finalize o atendimento em curso. Explico ter passado à tarde anterior naquela agência e que teria de servir o almoço ao meu pai impossibilitado de se alimentar sozinho e hospitalizado na Santa Casa, onde é comum pacientes ficarem sem as refeições quando não têm acompanhantes, por simples falta de pessoal para auxiliá-los nessa necessidade básica e vital a um doente.

O rapazote não se comove e impressionado com sua incapacidade compreensão ao que exponho, mais uma vez desisto.

Do que tanto se desiste em Ubatuba? De enfrentar a Maldição de Cunhambebe?

À tarde volto ao cartório, em busca da informação que me faltou na Caixa Econômica e também sem condições de oferecer qualquer justificativa, a escrevente sugere que procure o PROCON. Na manhã seguinte dali se telefonou para o mesmo gerente a quem se releu o parágrafo referente aos poderes a mim transferidos.  Do outro lado da linha pediu que me encaminhassem de volta à sua mesa e dessa vez encontrei-o sozinho. Sem qualquer questionamento juntou as cópias requeridas por um clipe com um bilhetinho ao caixa que me atendesse para que procedesse imediata transferência da poupança à conta do mesmo titular no Banco do Brasil, conforme me convencera ser o melhor a ser feito.

Ao se despedir, confessou: “- Também... Nem olhei essa procuração!” Poderia ter perguntado como sabia que ela não serviria se reconhecia não a ter sequer olhado, mas preferi conferir minhas experiências dos tempos em que morava em Ubatuba, indagando: “- Você é de Taubaté, não é?”

Confirmou, sorri, e deixei-o intrigado sobre meu poder de adivinhação. Só poderia entender-me se houvesse lido “Os Donos do Poder” de Raymundo Faoro, no capítulo em que trata da Confederação de Taubaté. Mas não se confunda os poderes podres herdados das antigas elites latifundiárias de cafeicultores paulistas com a Confederação dos Tamoios. Cunhambebe era tapuia e não taubateota como Hebe Camargo, Cid Moreira, o gerente da Caixa Econômica de Ubatuba e aquela velhinha estúpida, personagem do Luís Fernando Veríssimo do final da ditadura militar, como tantos outros que invadiram Ubatuba e ocuparam os cargos chaves de direção dos destinos e desatinos do pequeno município.

Transformada em parque de diversões de Taubaté, Ubatuba deixou de ser a bucólica cidade cantada em verso e prosa como fez o pernambucano Osman Lins ao exaltar a hospitalidade acolhedora das pérgulas de Ubatuba.  Não há mais pérgula alguma e as belas casas coloniais, com seus frisos decorativos, foram todas substituídas por pesados galpões retilíneos, sem a menor função atrativa. Pelo contrário! Se quiser ver algo de bonito, o turista que se refugie nas praias mais distantes. Essas, sim, lindas.

“Ubatuba é linda! Pena que fede.” - escreveu o publicitário Paulo Poleh na chamada de uma campanha que tentaria conscientizar aqueles que lançavam seus esgotos nos rios da cidade. Poleh foi considerado radical e agressivo e nunca se atacou o problema satisfatoriamente.

Não encontrei, embora as procurasse por diversas vezes, uma única lixeira na cidade também sem girassóis, mas por onde profusos bandos de urubus voejam tardes inteiras. Na verdade, são os únicos a colaborar com alguma limpeza em Ubatuba. E, sem dúvida, dos mais sinceros seres que ali habitam.

Na outrora bucólica Ubatuba que tantos comparavam a um presépio e inspirou muitos poetas, escritores e cantadores, entre os feiosos caixotões de concreto abundam, a cada quarteirão, borracharia e oficina mecânica, igreja evangélica e boteco. As primeiras se justificam pela situação das ruas, só comparáveis às de Bagdá bombardeada, mas para entender a profusão dos demais itens é preciso conviver um pouco mais, como me ocorreu em consequência ao encontro com a diretora da instituição de acolhimento de idosos desamparados.

Como meu pai não é propriamente um desamparado, expliquei que precisava da indicação de profissionais que me auxiliassem naquele primeiro momento de urgência, pois não tendo capacidade de se suster sequer sentado, com minha total inexperiência não teria condições de atendê-lo e ao mesmo tempo assumir as diversas pendências deixadas por alguém imprevidentemente impossibilitado de consciência, memória e movimentos físicos.

A diretora me surpreendeu indo em desacordo a todas as previsões de impossibilidade de acolhimento de meu pai, afirmando ser loucura imaginar pagar pessoas que não dariam conta do problema e não corresponderiam a confiança e segurança necessária. Praticamente ordenou que o levasse para lá. Reafirmando o caráter emergencial e temporário da providência, foi o que fiz em 19 de março, mas ao retornar na manhã seguinte ela se disse arrependida por não ter imaginado que meu pai fosse tão pesado.

Uma semana antes de ocorrer o acidente vascular, com seus 87 anos ele reclamou através de telefonema que lhe fazia regularmente, da falta de um dispositivo que permitisse levar seu caiaque à praia, lamentando por apenas poder nadar. Na altura o homem é ainda menor do que eu, mas constituído de puros músculos e se alimentando como atleta, nem eu nem o único atendente de enfermagem homem do asilo seriamos páreos para seus mais de 80 kg, acrescidos pelo enrijecimento de sua coluna vertebral.

Foi a responsável pela contabilidade quem propôs a solução do problema. Explicando que os recursos previdenciários dos ali asilados são mantidos pela instituição que os provê de tudo o que necessitam para suas sobrevivências, sugeriu um complemento, um acréscimo ao valor de sua aposentadoria como funcionário público. Esse acréscimo reverteria ao pagamento de outro técnico do sexo masculino, substituindo o que atua apenas em dias alternados. Um sim e outro não.

Evidente que o substituto não atenderia exclusivamente meu pai, mas mesmo considerando isso mais do que justo tive de explicar que os R$ 1.500,00 propostos completam exatamente os recebimentos previdenciários mensais de meu pai e parte dessa renda pretendia utilizar para viabilizar a transferência para São Paulo. Formulei a contraproposta de R$ 1.000,00 mensais e assim acordamos. Paguei e mantenho o recibo datado de 20 de abril, reafirmando, em contrapartida, a intenção de transferi-lo o quanto antes sem requerer reembolso de diferença relativa ao período realmente utilizado.

Quando o amigo que me acompanhou diariamente em minhas maratonas por Ubatuba, me deixou na rodoviária para o embarque a São Paulo, de onde partiria para um breve e imprescindível retorno à Florianópolis, não deu mais pra segurar: debulhei.  Ninguém viu, mas se vissem não importava, pois chorei de comoção em agradecimento àquele amigo tão prestativo. E também em agradecimento à amiga fisioterapeuta que, sem que lhe pedisse, prontificou-se a atender meu pai gratuitamente e através de sua especialidade tão vital aos acometidos por AVC. Chorei em agradecimento a compreensão da amiga diretora da casa de repouso e também a de sua contabilista. Também pela amiga escrevente do cartório e todos os que apesar dos 15 anos que não os via, me ofereceram solidariedade. Chorei pelo Zé e a Dona Amélia, vizinhos e amigos de meu pai que também tanto ajudaram. Chorei comovido de agradecimento a todos os que tornaram aqueles dias suportáveis, apesar do jeitão embrutecido da maioria das pessoas daquela cidade degradada, seja moral ou socialmente, urbana ou administrativamente.

Só duas semanas depois percebi que subestimara a lenda que diz que Ubatuba só sairá do atraso e retornará a ser uma cidade que ofereça alguma qualidade de vida e de relacionamento humano, quando encontrarem e desenterrarem a caveira de Cunhambebe. Mas aí já é outro capítulo dessa história que se aparenta muito pessoal para ser assim distribuída pela internet, no entanto na segunda parte se demonstrará um alerta a todos que por alguma razão tenham de atravessar do sul ao norte do país, ou vice-versa, passando pelo Estado de São Paulo.

Não há nenhum aviso nas fronteiras, mas as duas décadas de poder tucano tornam São Paulo um risco ao qual eu e meu pai sobrevivemos a duras penas para escrever o próximo capítulo dessa novela. Espero que seja o último, mas enquanto aguardam pelo final, não vacilem e sigam o conselho de minha experiência nestas últimas semanas: adentrando as fronteiras paulistas, não bobeie. Acelere até encontrar a próxima divisa.

Crônica enviada pelo autor, Raul Longo, e corroborada por Urariano Motta

*Raul Longo é paulistano, jornalista e ficcionista, Raul Longo reside em Sambaqui (Florianópolis) desde 1997. Começou a atividade profissional em 1967 publicando contos infantis na revista Recreio (Editora Abril).

Nas décadas seguintes atuou em diversos veículos da imprensa alternativa. Foi repórter, redator, articulista e editor de jornais e revistas em São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, Campo Grande, Rio de Janeiro e Ubatuba. Hoje com 59 anos, autor de livros, publica a maior parte da produção em sites e blogs.

Um comentário:

  1. Caro Raul Longo, apreciei ler seu texto. Não compreendo também como Ubatuta não conta com um bom hospital. Os pacientes mais graves, quando tem sorte, são transferidos hospitais de São José dos Campos e Taubaté. É um problema crônico em todo o país, mas difícil de se aceitar, em especial em São Paulo, o estado mais rico da federação. É na Saúde que mais percebemos a podridão governamental.

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